Um caça chinês chegou perigosamente perto de um avião de patrulha dos Estados Unidos sobre águas internacionais ao leste da ilha Hainan na China, disse o Pentágono.
O porta-voz John Kirby, disse que os EUA haviam protestado com os militares chineses sobre a interceptação aérea, chamando as ações do piloto do caça como “insegura e pouco profissional”.
Ele disse que a aeronave chinesa chegou a 10 metros do P-8A Poseidon da Marinha dos EUA.
Correspondentes dizem que ele é o quarto incidente do tipo desde março. Até o momento não houve nenhum comentário sobre o relatado near-miss da China.
O contra-almirante Kirby disse que o incidente aconteceu na terça-feira quando um caça Shenyang J-11B interceptou um P-8A Poseidon da US navy que estava em uma missão de rotina.
“Temos registrado as nossas fortes preocupações junto aos chineses sobre esta interceptação insegura e pouco profissional, o que representou um risco para a segurança e o bem-estar da tripulação aérea, além de ser incompatível com o direito consuetudinário internacional”, disse ele.
Ele disse que a manobra chinesa prejudicou os esforços para melhorar as relações militares americanas com a China.
O caça Shenyang J-11B voou perto do avião de vigilância três vezes, disse ele, voando acima, abaixo e ao lado dela. Em um ponto ele apresentou “uma derrapada” para uma exibição de suas armas.
O contra-almirante Kirby disse que a manobra chinesa foi “muito, muito perto, muito perigosa”. Quase-acidentes entre aeronaves e embarcações navais de os EUA e a China são comuns na costa da China.
Em dezembro a China disse que um dos seus navios de guerra “encontrou” um cruzador de mísseis guiados dos EUA, confirmando relatos americanos de uma quase colisão no Mar do Sul da China.
Pouco antes deste incidente, a China configurou uma Zona Aérea de Identificação e Defesa(ADIZ), no Mar da China Oriental, e disse que as aeronaves que voassem através da zona, devem seguir suas regras, incluindo a apresentação de planos de voo.
Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul rejeitaram esta zona aérea da China, e voam aviões militares sem especifica-los. Os EUA chamou o movimento de uma tentativa unilateral de mudar o “status quo” na região.
O incidente mais grave nos últimos anos no entanto ocorreu em 2001, quando um avião de caça chinês colidiu com um EP-3 avião espião da Marinha dos EUA, matando o piloto chinês.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FONTE: BBC News
A velha retórica sobre as ações e consequência destas manobras de interceptação…as alas aéreas da U.S.NAVY bem que gosta destes ” contatos diretos de primeiro grau”, vide o número de ocorrências, seja no Pacífico / Báltico / Mar do Norte / Japão etc…
Mas se alguém vacilar e cair um destes, a história deste encontros poderá mudar radicalmente. Depois da Lei do Abate, a Lei do Approaching…
Forte abraço ao DAN.
Esta matéria, como o próprio título indica, trata exclusivamente da versão estadunidense.
Já a versão chinesa dos acontecimentos é outra:
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“O Ministério da Defesa da China rejeitou as acusações dos EUA de que um caça, SU-27 chinês interceptou de forma perigosa uma aeronave de Patrulha Marítima, P-8 Poseidon na costa do sul da China.
O porta-voz do Ministério Yang Yujun chamou as acusações americanas de “infundadas” em um comunicado divulgado na noite de sábado. Ele disse que o piloto chinês realizou as manobras de forma profissional e manteve o jato chinês a uma distância segura do avião norte-americano.” Yang afirmou que vôos chineses são de rotina.”
O piloto chinês provavelmente agiu por conta própria e não
autorizado pelo Ministério da Defesa então nada mais natural
que o episódio seja negado.
Há uma completa descrição do que o piloto chinês fez e não
fosse isso não haveria motivo algum de nem ao menos ter
saído uma mísera nota qualquer sobre uma interceptação
de rotina, mas, até por conta do incidente em 2001 que
resultou em uma morte não daria para deixar passar.
Também é interessante notar que os chineses acham-se
donos de tudo o que está abaixo da Ilha Hainan, já o Vietnã
pensa diferentemente.
Provavelmente é muito diferente de certamente…
E aí entramos no reino imponderável da fé…Onde cada um tem suas crenças…Aleluia, aleluia!
Vocês de fato não compreenderam o teor da matéria.
Existem certos procedimentos para interceptação de uma aeronave
aceitos internacionalmente, como, aproximar-se pela retaguarda e
manter uma distância segura da aeronave interceptada.
Não foi o que o piloto chinês fez.
Russos e chineses tem sido muito provocativos e lembro que poucos anos
atrás a fragata USS Taylor foi convidada pelos próprios russos para uma
visita a Murmansk para comemorações do fim da II Guerra, afinal, eram
na ocasião aliados.
Tão logo a USS Taylor deixou o porto foi sobrevoada “provocativamente” por
aeronaves de asa fixa e rotativa o que levou a uma consulta entre ambos os países
sobre o ocorrido.
Nos tempos da guerra fria eram comuns tais coisas, mas, o que dizer sobre uma
fragata, um navio relativamente pequeno cujo lançador de mísseis até já havia sido
retirado anos antes visitando uma cidade russa a convite dos próprios russos ?
É muita cara-de-pau dos americanos em reclamar que seus voos de espionagem sejam alvos de admoestação por parte da China. Queriam o quê? Que esses voos continuassem livres? Alguns dirão? “Ah mas os aviões americanos voam em águas internacionais”. Aposto que esse detalhe “técnico” logo se resolverá, ainda mais que a China vem se firmando como uma potência econômica e por isso tal fato se resolverá pela força da economia.
Samuca,
A reclamação não é contra o ato em si, mas contra a forma como foi levado a efeito.
Em uma intercepção, não é necessário manobras tão “arrojadas” como as que foram relatadas.
Incidentes com russos são talvez mais comuns e nem por isso os americanos ou os russos se estressam… Pelo contrário, já li pelo menos um relato de um piloto americano ( que voou em esquadrões de Phanton na Guerra Fria ), que atesta a profissionalidade e disciplina com a qual os russos e americanos normalmente conduziam seus voos quando ocorria uma interceptação.
Um mapa colocando em perspectiva as localizações das distâncias de 135 km das bases de Hainan (China) e Kings Bay (EUA), nos pontos vermelhos…
http://i.imgur.com/rhdb91d.jpg
Nada que um par de AIM-9X nas asas do P-8 não resolva. Há planos de instalá-los futuramente.
Os EUA não acharam ruim a interceptação…os chineses tem todo o direito
de faze-la e sim acharam ruim a forma como ela foi feita colocando em
risco ambas as aeronaves como aconteceu em 2001 ocasionando a
morte de um piloto chinês e danos a uma aeronave da US Navy que fez
um pouso de emergência na ilha de Hainan.
Exatamente isso. Os chineses não precisavam ficar fazendo manobras perto do P8.
que piada esses americanos, voam um avião de guerra antissubmarino proximo a uma base de submarinos chineses e vão achar ruim que tenha interceptação?
“Correspondentes dizem que este é o quarto incidente do tipo desde março.”
“Pouco antes deste incidente, a China configurou uma Zona Aérea de Identificação e Defesa(ADIZ), no Mar da China Oriental, e disse que as aeronaves que voassem através da zona, devem seguir suas regras, incluindo a apresentação de planos de voo.
Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul rejeitaram esta zona aérea da China, e voam aviões militares sem especificá-los. ”
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A Ilha de Hainan abriga uma grande base naval chinesa e também de submarinos.
A questão é se o EUA aceitariam um avião militar de espionagem voando sem identificação a 73 milhas de sua grande base de submarinos nucleares em Kings Bay-Georgia…
Cara, os pilotos dos EUA muito cheios de “não me toque” também! Já li sobre interceptações mais perigosas vindas da Rússia. Todavia a china não tá nem aí com a opinião Estado Unidense, vale a máxima “Manda quem pode e obedece quem tem juízo.”
Sds.