Por Bruna Soares Corrêa de Souza
A crise fronteiriça entre Venezuela e Guiana promove uma escalada nas tensões marítimas no norte da América do Sul. Caracas tem retomado as discussões sobre sua reivindicação territorial da região de Essequibo, área concedida à Inglaterra no século XIX por arbitragem internacional e, desde então, pertence à Guiana.
Rica em minérios, recursos hídricos e com grandes reservas petrolíferas offshore recém-descobertas, a região instiga interesses venezuelanos e internacionais. O Brasil, que compartilha fronteira com ambos os países, deve observar atentamente a questão, dadas as crescentes tensões entre os dois Estados. Destarte, seria possível evitar o aprofundamento dessas tensões na esfera geopolítica da região?
O mandatário venezuelano Nicolás Maduro tem atuado em duas frentes distintas visando reaver Essequibo: projeção militar e Direito Internacional. Na esfera militar, Maduro criou, por decreto, a Zona Econômica Militar Especial de Desenvolvimento Florestal, na fronteira terrestre com Essequibo, coordenada pelo seu Ministério da Defesa.
Na frente marítima, Caracas intensificou o patrulhamento da costa atlântica com navios de guerra, como provável resposta ao incremento de apoio dos Estados Unidos ao governo guianense. Em janeiro de 2021, a Guarda Costeira estadunidense realizou exercícios militares em parceria com a Guarda Costeira da Guiana nas águas do território disputado com o USCG Stone (WMSL 758). Em visita à Guiana entre os dias 11 e 13 de janeiro, o Comandante do SOUTHCOM Almirante Craig Faller reafirmou o compromisso de cooperação em Defesa entre os EUA e Guiana e na manutenção da soberania de seus territórios e zonas marítimas.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ) possui jurisdição e capacidade deliberativa na disputa entre os Estados. Entretanto, Maduro contestou a interferência da Corte e defendeu negociações diretas com a Guiana. A CIJ atua em disputas legais submetidas pelos Estados contenciosos e sua arbitragem na questão de Essequibo resultaria em uma solução pacífica das controvérsias.
Outra possibilidade seria a intermediação diplomática de algum Estado sul-americano, como o Brasil, a fim de viabilizar a negociação entre os Estados litigantes e evitar a escalada militar. Com isso, vê-se que a via diplomática e o Direito Internacional constituem possíveis caminhos para evitar um conflito bélico entre Guiana e Venezuela, algo a ser observado de perto pelo governo brasileiro, uma vez que o imbróglio envolve seu entorno estratégico e proximidade de fronteiras.
FONTE: Boletim Geocorrente
O negocio é anexar a Venezuela através de um plebiscito, fala para os políticos de lá que fazendo parte do Brasil tem mais $$$ para ser desviado, para a população acaba o martírio e de quebra eles vira Tetra no futebol, para as FFAA vem Su-30 e S300 que muita gente aqui queria, olha aí sai todo mundo ganhando,
Estou sendo irônico
Se o governo venezuelano se meter com alguém vai ser a deixa para uma ação de uma coalizão internacional intervir lá.
Estranho o Maduro se aventurar em uma crise bélica, isso servirá de pretexto internacional para que seu regime seja derrubado.