No período de 6 a 16 de agosto, foi conduzida, nas cidades norte-americanas de Homestead, Jacksonville, Miami, San Antonio, Suffolk, Tucson, e na cidade do Panamá, a Operação “PANAMAX-2012”.
A Marinha do Brasil foi representada por uma delegação de 23 militares, a segunda mais numerosa que participou da operação, que ficou instalada na Estação Naval de Mayport, na Flórida, utilizando as dependências do Comando da 4ª Esquadra dos Estados Unidos da América.
O exercício foi contextualizado em um cenário fictício em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas instituiu, por meio de uma Resolução, a criação de uma Força Multinacional, composta por 17 países, cuja tarefa foi: impedir que grupos armados interferissem na operação segura do Canal do Panamá, garantindo a estabilidade e a segurança da navegação na região. A Força Multinacional foi composta por diversos Comandos Combinados, com vertentes Terrestre, Aérea, de Operações Especiais e Marítima. Coube ao Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho, exercer a função de comandante desse Comando Combinado – Combined Forces Maritime Component Command (CFMCC).
O CFMCC teve adjudicado 37 navios e 41 aeronaves, distribuídos entre os seguintes Comandos das Forças-Tarefa (CFT) subordinadas, alocadas em todo o Teatro de Operações: CFT “Pacífico”, CFT “Caribe”, CFT ‘Litorâneo”, CFT “Contra-Medidas de Minagem”, CFT “Patrulha Marítima” (aeronaves) e CFT “Operações Anfíbias” (meios navais e tropas).
Durante as simulações, foram criadas situações envolvendo navios mercantes e outras embarcações em trânsito nas regiões do Caribe e do Pacífico. Foi efetuado Controle de Área Marítima; ações de guerra cibernética; e exercício de combate ao transporte ilegal de drogas, armas e dinheiro e outros ilícitos internacionais. Coube ao CFMCC a decisão sobre o posicionamento dos meios na Área de Operações; confecção de Planos Contingentes para se aperfeiçoar o que foi planejado; e decisão sobre as medidas legais a serem tomadas em casos de ilícitos, à luz das complexas Regras de Engajamento e do Direito Internacional, dentre outras tarefas.
Ao término do exercício, foi realizado um seminário sobre a “PANAMAX-2012” nas instalações doComando Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos da América para o Atlântico Sul(USSOUTHCOM), em Miami, onde apresentou-se as principais lições aprendidas, ressaltados os pontos positivos e as metas para futuras operações.
Contando com a participação de cerca de 900 militares e civis, de 17 países diferentes, a “PANAMAX-2012” mostrou-se uma excelente oportunidade para estreitar os laços entre as nações amigas, incrementar a interoperabilidade entre as Marinhas das Américas e aperfeiçoar a participação da Marinha do Brasil em complexas Operações Multinacionais.
FONTE: Nomar