O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider, disse hoje acreditar na aquisição por Portugal do novo avião militar KC-390, revelando que “as conversas” com o Governo decorrem de forma “normal” e sem “pressão”.
“Respeitamos o tempo do Governo português e as conversas estão a caminhar de forma absolutamente normal e sem nenhum tipo de pressão de nenhum dos lados”, afirmou o responsável.
Jackson Schneider falava aos jornalistas em Évora, durante o Embraer Media Day, realizado hoje nas fábricas da empresa na cidade alentejana, como preparação para a feira aeronáutica de Farnborough, que vai decorrer em Inglaterra, de 11 a 17 de julho.
A Embraer espera apresentar neste festival aéreo o novo avião KC-390, mas, antes do arranque do certame, “Portugal vai ser o primeiro país do mundo” onde a aeronave vai ser apresentada.
“Na ida para o certame, pararemos em Portugal. Só estamos à espera das autorizações”, mas “a ideia é fazer em Portugal a primeira presença mundial do KC-390”, afirmou o responsável, sem precisar a data, nem o local para essa apresentação e limitando-se a revelar que será “no princípio de julho”.
Portugal, lembrou o presidente da Embraer Defesa e Segurança, é “o maior” e “mais importante parceiro” da construtora aeronáutica brasileira no projeto do KC-390, cujos protótipos estão, atualmente, em fase de testes.
“Portugal é o maior parceiro industrial da Embraer”, frisou, destacando que a empresa “está, inclusive, a aumentar os investimentos” em Évora, num valor global de 93,6 milhões de euros, com a ampliação das duas fábricas.
Por isso, Schneider disse acreditar que Portugal virá a adquirir aeronaves KC-390: “Todos os negócios de que vamos atrás, eu acredito que se vão concretizar” e “este em especial, pela representatividade emblemática que Portugal tem para o projeto”.
O KC-390, cujo primeiro avião da fase de produção em série está previsto ser entregue no início de 2018, à Força Aérea Brasileira, é uma aeronave adaptada ao transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais.
Portugal está envolvido no projeto, através do Centro de Excelência para a Inovação e Indústria (desenvolvimento e testes) e das unidades da Embraer no país: a OGMA, em Alverca, e as fábricas de Évora (construção de componentes).
Além destas, “outras 13 empresas portuguesas” já estão envolvidas na cadeia de fornecedoras de peças para o KC-390, destacou Jackson Schneider, revelando que, “no segundo semestre” deste ano a empresa vai “começar com uma segunda “onda” para atrair mais fornecedores portugueses” para o projeto.
Tal como outros 30 países, Portugal assinou uma carta de intenção de compra do KC-390, de até seis aeronaves.
Em abril, numa visita às fábricas da Embraer em Évora, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, afirmou que o Estado mantém o interesse na compra destes aviões, para substituírem os atuais Hércules C-130 da Força Aérea, que têm uma vida útil até 10 anos, e admitiu que a decisão “vai ter de ser tomada mais tarde ou mais cedo”.
FONTE: Notícias ao Minuto
Na minha sincera opinião Portugal e Brasil só têm à ganhar com o Kc-390 pois logo logo ganhará o mundão, pois já desmotra sua alta capacidade operacionais em diversidades .