O que antes eram informações sem confirmação, agora é oficial. A Marinha indiana quer novos caças para seus porta-aviões. A Marinha publicou um pedido de informação (RFI), para a compra de 57 Multi-Role Carrier Borne Fighters (MRCBF) para seus porta-aviões.
Apenas algumas semanas atrás, o comandante da Marinha, Almirante Sunil Lanba, tinha anunciado a morte do LCA indiano, colocando todas as dúvidas para justificar a decisão. Com o RFI de hoje, a Marinha indiana deu um passo tangível que solidifica o que só tem sido em grande parte especulação, até agora, além de dissipar a chance de ter apenas um caça multirole no futuro (MiG-29K) .
No papel, a marinha diz: “O MRCBF destina-se a operar dia e noite, todos os aviões de combate serão multi-função, podendo ser usado para a Defesa Aérea (AD), Operações Ar-superfície, ser reabastecido em voo, realizar reconhecimento, realizar missões EW a partir de porta-aviões. “Em uma de suas RFIs mais abrangentes para um caça até à data, a marinha apresenta uma bateria de perguntas sobre a configuração com mais de 55 páginas com sub-seções, tornando-se geralmente clara de que está à procura de caça de nova geração com uma capacidade de guerra eletrônica significativa, resistência e carga útil (algo que expõe várias limitações do MiG-29K). Cinquenta e sete é um número sólido de aviões, por isso não é uma surpresa que o Ministério da Defesa deseja uma produção sob licença da aeronave no âmbito de um acordo de transferência de tecnologia.
Para responder à primeira pergunta que aparece, não, a Marinha não forneceu quaisquer indicações sobre o tipo de caça que quer, e, portanto, não fornece dicas sobre a configuração de lançamento do novo porta aviões além da nova classe Vikrant. Enquanto o primeiro Vikrant, que está sendo concluído no Estaleiro Cochin, equipado com SKI-Jump, a Marinha ainda está por decidir se o próximo será configurado para operações CATOBAR (catapulta à vapor ou EMALS). O RFI da Marinha indiana pede especificamente aos fornecedores para especificar se as aeronaves são capazes de operar CATOBAR ou lançamento por Ski-Jump e ser recuperada por cabos.
O Almirante (Reformado) Arun Prakash , ex-chefe da marinha, piloto de caça veterano e parte da tripulação original que operou os British Sea Harriers para a Índia, falou ao Live First. Ele disse: “Presumivelmente, a Marinha está no definindo (tardiamente) a configuração do IAC-2, que será inteiramente dependente do tipo (s) de aeronaves que irão operar a partir dele. Uma das necessidades primordiais para a Marinha é ter a bordo a aeronave Airborne Early Warning (AEW) em seu porta aviões. O Ka-31 não é bom o suficiente e eles devem estar olhando para o E-2C Hawkeye, que pode operar apenas a partir de um navio CATOBAR. Por outro lado, se o IAC-2 for para operar o Tejas e MiG-29K, terá de ter um ski-jump e nenhuma catapulta, daí não terá E-2C. O Tejas não está pronto ainda, e o Tejas naval pode demorar mais 6-7 anos. Um grande SE aqui é a disponibilidade de um motor poderoso o suficiente para esta aeronave com excesso de peso. Além disso, o gancho e o trem de pouso podem precisar de um redesenho. Com todas estas incertezas, não se pode culpar a Marinha de descartar o Tejas neste momento “.
Perguntado sobre o que ele faria se ele ainda estivesse em serviço, se a Marinha deve seguir o caminho CATOBAR ou ficar com Stobar, o Almirante escolheu a primeira opção, mas estipulou que a propulsão ainda precisa ser resolvida, quando comparado à outros requisitos (AEW).
O campo de jogo não é muito grande, mas vamos ser generosos e olhar tecnicamente como é neste momento:
Boeing F/A-18E/F Super Hornet: CATOBAR O Super Hornet tem propostas em um requisito da Força Aérea Indiana. Como parte do esforço de Washington num campo mais amplo na Índia. Por outro lado, a Boeing informou que simulou operações ski-jump e que o Super Hornet é capaz de operar a partir do porta aviões da classe Vikramaditya.
Dassault Rafale M: CATOBAR O Rafale tem a vantagem. Ele estará em serviço em pelo menos dois esquadrões da Força Aérea da Índia, e existe a possibilidade de mais, numa fase posterior. O Rafale poderá ser uma opção.
Lockheed-Martin F-35C CATOBAR- A Lockheed tem tentado vender o F-35B para a Marinha desde 2010. É um jato com um único motor (algo que a Marinha dos Estados Unidos foi instigada a concordar durante o programa JSF), mas todo o restante da oferta poderia entusiasmar a Marinha indiana, porém, o custo do desenvolvimento, incertezas/atrasos podem esfriar o entusiasmo.
Lockheed-Martin F-35B STOVL O único caça que faz o que o Harrier faz, e pode oferecer uma enorme flexibilidade para pequenas operações da plataforma do tipo na Marinha indiana. Mas no futuro, pode não representar a escolha para os navios da classe seguinte ao Vikrant. Questões de custo e desenvolvimento também vão contar se a plataforma for seriamente levada em consideração.
Saab Gripen Marine – Stobar / CATOBAR A Saab diz que o Gripen Marine (conhecido antigamente como ‘Sea Gripen’) está pronto no papel e foi idealizado em ambas as configurações CATOBAR e Stobar. O trabalho de design foi concluído em 2012, com a Saab realmente à espera de um cliente interessado em levar o desenvolvimento para a frente. A configuração de motor único trabalha contra ele, a Marinha indiana vai ter dificuldade para explicar porque paralisou os planos do LCA para outro caça de único motor mais capaz.
Mikoyan MiG-29K Stobar O MiG-29K agora tem pouca chance de adicionar números a frota indiana. Um caça digno em uma plataforma confiável, mas que possui vários problemas, por não entregar tudo o que a Marinha indiana precisa de um esquadrão baseado em porta aviões. Outros problemas com o caça estão bem documentados, mas o próprio fato de que a Marinha indiana tem investido tempo, energia e uma tonelada de fundos em busca de novos caças, significa que o MiG-29K é praticamente carta fora do baralho.
LCA Tejas Mk.2 stobar A LCA Marinha Mk.2 continua a ser um dilema, uma variável. Enquanto a Marinha indiana tem especificamente testado o LCA Mk.1 (alimentado por um turbofan F404), ela não disse nada específico sobre o LCA Mk.2, para ser alimentado por um motor F414. Enquanto o trabalho de desenvolvimento continua, o Mk.2 não vai sobreviver sem o apoio específico da Marinha, a menos que receba uma ajuda do governo para continuar.
No futuro, a Marinha indiana estará olhando para o AMCA – Advanced Medium Combat, conceito de um caça baseado em porta aviões. A configuração da nova plataforma que a Marinha indiana escolherá, será baseada em seu follow-on da classe Vikrant. O AMCA, atualmente não mais do que um conceito de papel e um punhado de modelos de túnel de vento, é um meio de avaliar como as empresas estrangeiras estão calibrando suas ofertas para fabricar seus caças na Índia.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: LiveFist
Vai dar F18 SH! Qiero ver se o Trump val deixar perder essa…
Sérgio, o problema são a China e o.Paquistao.
Não entendo como um país como a Índia gasta tanto com armas, enquanto a maioria dos lares indianos não tem sequer um banheiro. É realmente um regime de castas, onde enquanto a grande maioria passa necessidades, uma minoria faz negócios bilionários, preocupada somente em aumentar ainda mais os seus privilégios.
A SAAB não tem qualquer chance neste RFI pois ele EXIGE que a aeronave oferecida tem de estar em OPERAÇÃO em algum porta-aviões atualmente o que fulmina o AVIOPAPIRO Sea Gripen.
Acho que a SAAB devia se concentrar no pedido da força aérea indiana, é lá onde ela tem mais chances, onde só tem uma concorrente cujo caça não tem mais futuro, no concurso da marinha indiana a briga vai ficar entre rafale e super hornet, tendo em vista que a marinha indiana iria comprar briga com a indústria nacional se escolhesse o sea gripen, eles não conseguiriam explicar o porque do tejas naval de um motor não serve, mas um caça de um motor que sequer existe serve. A marinha indiana já deu indicativo que ela prefere um caça bimotor para o seus porta aviões anteriormente
Também acredito que dará Rafale! Mas vamos ver o que acontecerá!
Para bons entendedores, os Indianos não estão satisfeitos com seus Mig 29 K, então…..
A marinha ainda pretende adquirir o gripen naval mesmo com a desativação do São Paulo?
Me parece que vai dar Rafale, a menos que a conveniência de uma relação mais estreita com os EUA leve à escolha do Super Hornet.
O Sea Gripen não saiu dessa maquete bunitinha! Vergonhoso, um país que precisa ser potência regional, dando com os jegues n’água.
Para mim nem o Gripem da FAB vai sair.
Com a desistência da MB do São Paulo e a Marinha Indiana EXIGINDO uma aeronave caça naval em OPERAÇÃO isto faz do da possibilidade de existência do Sea Gripen um bebê que vai morrer abortado ainda no útero.
Não dou um centavo de Coroa Sueca pelo futuro do Sea Gripen no momento…
Alguns países aumentam seu poderio bélico , preocupados com sua segurança , outros desativam Porta-Aviões sem nenhuma perspectivas futuras , e agora mais ” preocupados” com sua previdência do que qualquer outra coisa ! Lamentável …
Acho que dará Rafale, mas em se tratando da Índia………. O Gripen M só teria alguma chance se já estivesse num estágio de, pelo menos, protótipo e com encomendas pela MB. Mesmo assim, conforme a matéria, a possibilidade da marinha indiana substituir o Teja naval por uma aeronave estrangeira equivalente, é querer acreditar de mais com a sorte. Mas, como eu escrevi, em se tratando de Índia……
Até mais!!!