Por Perpétua Almeida
Em um pais como o Brasil, que enfrenta desafios socioeconômicos importantes, como a diminuição da pobreza, acesso à educação e integração de parcela de sua população à economia, é natural nos perguntarmos se investimentos voltados para a Defesa devem ser privilegiados. E a resposta a este questionamento é clara: sim! O Brasil deve consolidar uma base industrial de defesa, capaz de atender às demandas das Forças Armadas e de irradiar conhecimento, emprego e tecnologia em outros setores da economia.
A trajetória de Rússia, França, Reino Unido e, mais recentemente, China e índia, mostra que desenvolver uma indústria de defesa e de alta tecnologia constitui, antes de tudo, um projeto estratégico. Isso vale também para nós, que além de possuirmos considerável patrimônio de recursos naturais que precisam de proteção, buscamos inserção ativa no cenário geopolítico e econômico internacional.
Recentemente, começamos a dotar o país de meios para resguardar sua soberania e independência. Da decisão da aquisição e nacionalização dos aviões de caça Gripen ao submarino a propulsão nuclear, que patrulhará nossa “Amazônia Azul” já na próxima década, dos blindados Guarani a um moderno sistema dissuasório de artilharia antiaérea, todos são projetos que envolvem dezenas de bilhões de reais e permitirão intensa recomposição de nossa base industrial e tecnológica de Defesa, além de gerar e assegurar empregos.
Essa indústria é elemento motor para o desenvolvimento econômico. A história tem evidenciado o papel desempenhado pela produção de equipamentos de defesa no crescimento da economia. A partir da produção de armamentos, por exemplo, surgiram atividades como siderurgia, aeronáutica e microeletrônica. A indústria da Defesa levou também ao incremento do nível de especialização de mão de obra, gerando novas áreas de formação como a óptica, eletrônica e aeronáutica.
O desenvolvimento da base industrial e tecnológica de Defesa poderá se constituir no vértice de um projeto mais amplo de reindustrialização da economia. Demos os primeiros passos neste sentido com a Lei 12.598/12, que cria Empresas Estratégicas de Defesa, e com mecanismo de financiamento dessas empresas de alta base tecnológica por meio de regimes especiais, como o Retido, e de programas de financiamentos das agências de fomento, como o da Financiadora de Estudos e Projetos (Fi-nep). Entretanto, no próximo período, serão necessárias outras medidas, que avancem na legislação de encomendas tecnológicas e efetivem previsibilidade de compras, com a finalização do Plano de Articulação e Equipamentos em Defesa (Paed).
Mesmo em um período de ações para reequilibrar contas públicas e cortes no Orçamento, a Defesa Nacional e o fortalecimento da indústria no setor não podem ser minimizadas de modo linear. As implicações disso em longo prazo podem custar muito à soberania e preservação de nosso patrimônio econômico. A história está repleta de exemplos de países que pagaram amargo preço em décadas e mesmo séculos seguintes em situações similares. As possibilidades existem e as condições estão dadas, basta que as decisões estratégicas de fôlego, de longo prazo, sejam efetivamente tomadas e encampadas pela sociedade.
*Perpétua Almeida é ex-deputada federal (AC) e assessora do ministro da Defesa, Jaques Wagner.
FONTE: Brasil Econômico
Bom artigo. Que bom que possuímos políticos que já possuem essas ideias. É claro que não correspondem a maioria, mas já é um pensamento bem estabelecido, de fundo nacionalista.
Besteira! Se isto não é política de Estado, o que é então? Assim fica difícil ser sério!
Algumas pessoas querem superar 500 anos de atraso em uma década.
Eu gostaria de trocar meu carro por uma BMW850i, mas este plano será adiado indefinidamente.
Apesar de tudo, os investimentos em defesa estão acontecendo. Em um ritmo inicial lento, até porque não há uma cadeia logística e base de conhecimento estabelecida.
Mas a caravana segue seu curso.
Concordo plenamente!
………………..um ótimo relato acêrca dos projetos do govêrno e de todas as vantagens da extensão dos mesmos…é uma pena que o “ministro do mercado”desconheça esse prolongamento da tecnologia até porque cortou uma boa parcela da verba necessária aos projetos quando não não deveria mexer num so centavo….dá pra ver que seu conhecimento da realidade militar brasileira é igual à da politicalha rasteira…pra piorar a presidente está decretando o fim do incipiente setor produtor de armamentos brasileiro ligando-se aos Estados Unidos cujo propósito sempre foi nos passar a perna a ponto de chegar a nos espionar e atrasar nosso desenvolvimento econômico…….o que é bom para os EU não é bom para o Brasil…….lamentável……lamentável
Este páis não é sério, falta uma politica de estado no que tange a defesa nacional, o que nos temos é politica de governo que na maioria das vezes não tão nem ai com a defesa.
Gente, pela foto, vejo como está avançado esta parte da Base Naval ! Será que teremos novos videos? Pessoal do DAN, Parabéns.
Mais um aspone falando q chove no molhado…………eu estou farto destes papos e quetais….mas a realidade nao condiz c nada disso, alias, quem nao perebe ou nao sabe q nao vamos a lugar algum a mais de 10 anos…..duvido q esta ex sei la o que sabe de alguma coisa …so esta la pra reescrever o q mandam…………
Nossaaaaa…belissimo script……descobriu o Brasil……..mas ela e seus patroes ideologicos ainda nao entenderam corretamente o significado disso……pqe se fosse verdade, os cortes anunciados nao teriam acontecido. Ademais, este discurso e pra torcidinha q acredita nestes sacos de maldades q ai estao e por conta das falcatruas persinstentes em nosso pais…..quem vai pagar a conta destes absurdos , somos nos os ciadadaos pagadores de impostos de fato e nao aqueles q so fazem criticas e vivem das benesses desta republica dita patria educadora…..ta louco meu……eh duro de ler estas coisas sem proposito real….qto mais estes desentendidos copiarem estas notas otimistas mas sem conteudo pratico o Brasilnao tera estas condicoes. So de tempos em tempos teremos de pagar pagar carissimo ToTs para estarmos so um pouco menos defasados…………arghhhhh…..