Por Hassan Meddah
Para Eric Trappier, CEO da Dassault Aviation, a venda de 24 aviões ao Egito ajuda a estabilizar os empregos na linha de produção do Rafale. Em caso de novo contrato, o fabricante poderia dobrar sua cadência de produção.
À margem da visita do Presidente da República em 4 de março na fábrica de montagem Rafale Merignac (Gironde), Eric Trappier, CEO da Dassault Aviation , externou um certo optimismo para a assinatura de um novo contrato no decorrer deste ano. Se ele não vai falar de uma assinatura iminente, ele evoca “boas chances de ter um segundo contrato em 2015”.
O recente contrato de venda de 24 aeronaves para o Egito mudou a situação e poderia acelerar as negociações com a Índia , Qatar, Emirados Árabes Unidos e Malásia. “Um número de países que estão muito interessados. Eram já muito interessados no simples fato de que o Rafale está operacional em uma série de teatros de operações. Com esse sucesso operacional agora se some um sucesso comercial”, diz Eric Trappier.
FINALIZE O CONTRATO
O diretor voltou a falar sobre contrato indiano. As negociações para a venda de 126 Rafale duram mais de três anos.
“A Força Aérea Indiana está extremamente satisfeita com as definições técnicas. Nós finalizamos nossos acordos industriais com o maior parceiro industrial HAL que deve produzir uma grande parte dos aviões localmente, garante o diretor. Temos uma partilha contratual de tarefas sobre a qual nós concordamos. Agora temos que finalizar o contrato com o Ministério da Defesa indiano.”
O DOBRO DA TAXA DE PRODUÇÃO?
O CEO também citou a questão da capacidade industrial na linha de produção de Merignac, onde 1.200 pessoas trabalham na produção de jatos executivos Falcon e Rafale. Cerca de 80 engenheiros, técnicos e acompanhantes são mobilizados diretamente na linha de montagem de aviões de combate. A fábrica ainda tem de produzir uns cinquenta Rafale para a Armée de l’Air, aos quais se somam 24 aeronaves egípcias.
“Este tipo de contrato de exportação tem um impacto imediato sobre a estabilização de empregos. Devido a alguma substituição de entregas entre os dois países, resulta uma carga de trabalho que continua a mesma porém que dura mais tempo”, explica o diretor. Em caso de assinatura de um segundo contrato de exportação, o fabricante poderia dobrar sua cadência de produção entregando 2 aparelhos por mês.
FONTE: Usinenouvelle