Um contrato para operar novo quebra-gelo Antártico da Austrália foi assinado após dois anos de negociações.
O contrato de US $ 2 bilhões foram adjudicados a empresa DMS Marítima com sede em Sydney. A empresa irá operar e manter o navio ao longo dos próximos 30 anos, e supervisionar a construção pelo estaleiro holandês DAMEN.
Não houve proposta australiana para a construção de navios especializados. Mark Irwin da DMS Maritime disse que o navio estará pronto em meados de 2020.
“Estamos muito animados com o projeto, e ele vai melhorar em quase todos os aspectos o navio atual <Aurora Australis>“, disse ele.
A ministra do exterior, Julie Bishop disse que Hobart será porto de origem do navio.
“Isso vai significar uma quantidade significativa de trabalho para as empresas locais, significando mais empregos locais para o fornecimento de manutenção, e as operações para a Antártica de forma mais geral,” disse ela.
O ministro do meio ambiente Greg Hunt, disse que o navio de 156 metros seria capaz de transportar pessoas, combustível, suprimentos e equipamentos para as bases de abastecimento da Antártida, mas também seria uma plataforma científica que poderá ser usada para mapear o fundo do mar.
A competição poderá ser realizada para nomear o novo navio quebra-gelo. Entusiastas querem seguir o exemplo do público britânico, e sugeriram nomear seu navio quebra-gelo de “McBoatface”.
Mas o Sr. Hunt já descartou a sugestão, dizendo que a participação do público na nomeação do navio, será uma decisão do Governo.
Apesar de McBoatface ter sido descartado, o público australiano está bem “criativo”. Vejam alguns nomes abaixo:
– Ice Ice Breaky
– Breaker Morant
– Ice Break For No One
– Antarctic Steve
– The Penguin Intimidator
– HMAS Shrinkage
– Carrie Breakmore
– Ice Pie With My Little Eye
– Environment Minister Greg Hunt
– Winter Is Com…Oop, No It’s Here
NOTA DO EDITOR: Se algum leitor brasileiro quiser se arriscar, basta ficar atento ao anúncio do governo australiano e enviar sua sugestão.
FONTE: abc.net.au
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Torço para isso, Sr. Guilherme. No entanto, isso só vai ocorrer se e quando o Brasil instalar alguma estação no continente, onde realmente se faça necessária a ação de um navio quebra-gelos. Se for para continuarmos como estamos há 32 anos, só nas ilhas Shetlands do Sul, na região jocosamente conhecida como Antártida Temperada, os navios de casco reforçado que possuímos dão conta do recado.
O caso da Austrália é bem outro, pois suas três estações ficam dentro ou muito perto do círculo polar antártico (aproximadamente aos 66º S), e, além disso, o país reivindica mais de 40% do território do continente, necessitando por isso, de presença constante por lá. De todo modo, o novo navio é um colosso: terá 23.800T (contra 8.158T do Aurora Australis), com hangar para três helicópteros e será completamente customizado para a AAD (Australian Antarctic Division). Seu casco será também mais reforçado do que o do navio anterior.
Voltando ao Brasil, temos de nos decidir: vamos continuar apenas na borda do continente ou vamos adentrá-lo? Se optarmos pela segunda opção, posteriormente estaremos em melhor posição para nos habilitarmos em uma eventual divisão territorial a ser feita em 2048, quando o Tratado Antártico for revisto.
Com todo respeito à nossa força naval, mas isso sim é um navio de operações Antárticas! Parabéns a Austrália pela escolha, e a Damen pelo projeto. Quem sabe depois da década de 2020/2030 não tenhamos algo parecido.