E estas consequências serão muito favoráveis para a República Popular da China: Pequim obterá por vários anos uma janela de oportunidade para reforçar a sua influência na região da Ásia-Pacífico.
No presente momento, a situação na Ucrânia se está formando de modo que os compromissos do Acordo de Minsk II possam ser cumpridos, pelo menos parcialmente. As suas cláusulas relativas à reforma constitucional na Ucrânia e as – indissoluvelmente ligadas a estas – referentes à recuperação do controle da fronteira por parte de Kiev, na prática, são de difícil cumprimento, ao passo que a implementação do cessar-fogo e a retirada das armas pesadas a partir da linha de frente se apresentam bem viáveis.
No entanto, estas últimas medidas não farão mais que reduzir em certa medida o grau de tensão. Sendo resultado da derrota das Forças Armadas da Ucrânia no bolsão de Debaltsevo, o Acordo de Minsk II foi um passo forçado tanto para a Ucrânia como seus aliados ocidentais que não estão satisfeitos com o teor das suas cláusulas. Por conseguinte, as contradições entre a Rússia e os EUA irão se manter no Leste da Europa.
Os planos já anunciados de reforçar a presença militar da OTAN na Europa Oriental e prestar a assistência militar à Ucrânia serão, a julgar por todos os indícios, implementados e mesmo expandidos. Na situação de crise na zona do euro, o fardo principal da execução desses planos vai recair, como de costume, sobre os ombros dos Estados Unidos.
Trata-se, nem mais nem menos, de implantar uma rede de centros de comando no Leste Europeu, aumentar para mais do dobro o número de efetivos das forças de intervenção rápida da OTAN e assegurar a presença constante na Europa Oriental das forças norte-americanas sob o pretexto de exercícios.
Além disso, será quase inevitável um aumento significativo da ajuda estadunidense para a Ucrânia. Em novembro, o governo dos EUA já lhe alocou assistência militar no valor de 118 milhões de dólares. Juntamente com a ajuda humanitária e econômica, as verbas destinadas a Kiev totalizam 320 milhões de dólares. Foram garantidos também empréstimos no montante de 1.000 milhões de dólares. Em meio às conversações sobre o possível envio de armas letais à Ucrânia, é importante entender que os EUA terão que fornecer essas armas gratuitamente, porque a Ucrânia não tem dinheiro.
Em geral, os EUA e a UE embarcam, no caso da Ucrânia, em um projeto ambicioso de refazer um enorme país, um projeto que se assemelha ao fracassado no Iraque. A diferença entre a Ucrânia e o Iraque consiste em que o Iraque foi capaz de financiar as suas necessidades mediante exportações de petróleo, enquanto a Ucrânia já não tem nenhuns recursos úteis.
Mesmo no caso de afrouxamento e pacificação do conflito, a Ucrânia não deixará de ser um dos potenciais pontos quentes de maior relevância global, o que tem grande importância para os EUA, cujo prestígio e a influência internacionais são baseados no papel especial que este país desempenha na segurança europeia.
Nesta área geográfica, os EUA não se podem dar ao luxo de mostrar fraqueza frente à Rússia. Contudo, as reservas para o aumento das despesas orçamentais de Washington continuam sendo limitadas. A prolongação da crise na Europa Oriental, conjugada com a nova escalada de tensões no Oriente Médio, onde a Casa Branca já está atolada na guerra com o Estado Islâmico, torna questionável a implementação da estratégia de “retorno à Ásia” do presidente Obama.
Envidando todos os esforços para dissuadir militar e isolar diplomaticamente a Rússia, os Estados Unidos enfrentarão dificuldades em aumentar, ao mesmo tempo, a sua presença militar na Ásia Oriental. De forma que a China possa receber, pela segunda vez neste século, vários anos de “trégua estratégica” para retomar fôlego, acumulando com calma as forças e consolidando suas posições na política internacional. A primeira “trégua” seguiu-se aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e às posteriores campanhas militares no Afeganistão e Iraque.
Ao contrário da primeira “trégua”, é pouco provável que a China vá aproveitar a segunda “trégua” simplesmente para potenciar suas capacidades internas. Durante a última década, a China tem dado um enorme salto não só na economia, mas também na esfera militar e técnico-militar.
A China está no umbral de um período de oportunidades sumamente favoráveis para alterar e aumentar o seu papel e a sua influência nos assuntos regionais e mundiais. Não obstante, este período a duras penas se prolongará para mais de um decênio, e Pequim terá que usá-lo para que surta o máximo efeito.
FONTE: SputnikNews
colega Celso sem dúvida que os Estados Unidos possuem uma grande reserva de ouro….suas reservas são tres vezes maiores que a reserva russa que gira em torno de quase mil toneladas….o Putin tem comprado ouro em todas as lucros de venda russas e a China e a maior possuidora de títulos da dívida pública americana,,,atualmente China e Rússia são carne e unha em suas relações comerciais formando um mercado comum cada um com sua moeda..essas relações neutralizarão a arapuca das sanções européias e dos EU…aconselho ao amigo ler algo sobre reservas de ouro russas… Saudações
colega EMS..permita-me discordar porém acredito que ao enquadrar Europa e Russia como players regionais o amigo se engana até porque militarmente o poderio da Russia na região e muito forte porque se assim não fosse os Estados Unidos ja a teriam invadido como devagarinho estão tentando fazer através de países da Europa Ocidental e Oriental…como a Europa é cliente do gás da Russia, está com o pé atrás vacilando nas idéia de ser massa de manobra dos Estados Unidos porque sabe que se o Putin quiser corta o gás deles …o cara e carne de pescoço e pode peitar o “tio Sam”!! nesse quadro a russia e o segundo player depois dos Estados Unidos…..
Os EUA está a todo custo querendo formar, ou reformar, os dois grandes blocos de oposição no mundo: EUA e Europa contra Russia e China. Voltar toda uma retórica idiota e manter o mundo em um sistema fraudulento de políticas de contenção. O planeta mudou e não é mais aquele dos sonhos obscenos do Regan e Margaret Tatcher, porém se analizarmos como fatos históricos, o problema da guerra fira é que ela ainda está em um passado muito próximo, mesmo com tantas mudanças, ainda não morreu todos aqueles que sentem saudades dessa epoca! Assim creio que esses problemas irão se arrastar ainda até 2019, é um limite sócio economico e de correr do tempo, entre destruição e mudanças positivas. Abçs!!!
A China é talvez além dos EUA o único player mundial. Se ainda não é militar o será em breve devido seu crescimento econômico.
Outros como Europa, Rússia, Índia e Arábia Saudita, Turquia e até mesmo Austrália são players regionais.
Dilson, bem lembrado aspectos realtivos a Btrent Wood, porem, os depositos em ouro de posse dos USA ainda sdao os gdes garantidores de sua moeda e saiba q continuam crescendo. Locais e jazidas de exploracao ainda hoje no Alaska garantem ainda mais a liquidez da moeda coisa q ainda hoje a Russia nao conseguiu e muito menos a China A Inglaterra tbm tem suas reservas e bem por isso a Libra esterlina eh muito mais valorizada no mundo e tem muito mais liquidez q o Dolar…Enfim, este debate eh por demais extenso para ser discutido aqui…masm valeu pela explicacao a outrens….rsrsrsr Sds
os Estados Unidos exercem pressão sobre a Russia com “sanções”pensando que com esse expediente irá arruina la…ora, vai quebrar a cara! a Rússia quer ferrar o dólar como moeda padrão internacional comerciando com a China em sua moeda nacional o rublo e a chinesa, o yuan,,,e se em quaisquer transações internacionais faturar dólar , compra ouro o qual era padrão antes do tratado de Bretton Woods o qual estipulou o dólar americano como paridade internacional…sePutin resistir bem os Estados Unidos ainda recuperando sua economia não terá cacife pra bancar a Otan eternamente frente a governos aliados em crise financeira….se Tio Sam realmente quer peitar a Russia, vai deixar seu flanco asiatico livre pra expansão chinesa…esperemos pra ver..