A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou no dia 10.04, o projeto (PL 6646/13) que autoriza o governo brasileiro a doar três aeronaves de treinamento, do modelo T-27 Tucano, à Força Aérea de Moçambique. O país é um dos maiores aliado do Brasil na África e abriga investimentos de empresas como a Vale e ações de agências como a Embrapa e a Fiocruz.
De acordo com o Ministério da Defesa, as doações são praxe para descartar material obsoleto e desativado, quase sempre com elevados custos de manutenção. Também são usadas para suprir eventuais carências apresentadas pelas forças armadas de países amigos. Além do mais, a Força Aérea do Brasil está recolhendo a frota de T-27 e substituindo-a por aeronaves mais novas AT-29 Super Tucano.
O deputado relator da proposta, Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, garante que a doação não será prejudicial à frota brasileira e que ainda vai reforçar o bom relacionamento entre o Brasil e Moçambique.
“Essa aeronaves são aeronaves de treinamento. Elas não têm nenhuma função de ataque militar e o objetivo principal é aproximar a Força Aérea brasileira da Força Aérea moçambicana e as relações que nós temos com os países da África. Essas aeronaves já estão praticamente desativadas e já foram substituídas pelos Super Tucanos.”
Mas a maior polêmica do projeto foi justamente pelo momento em que foi apresentado. Desde outubro de 2103, Moçambique vive uma crise política que levou a Resistência Nacional Moçambicana a travar um embate armado na região central do país contra o governo do presidente Armando Guebuza, da Frente de Libertação de Moçambique. O conflito tem a mesma configuração da Guerra Civil Moçambicana, na qual morreram, aproximadamente, um milhão de pessoas, durante seus 16 anos de duração.
Quando o Governo Brasileiro anunciou a intenção de doar os aviões militares, a oposição moçambicana repudiou a possível transferência de equipamento bélico e ameaçou os cerca de 3 mil e 500 brasileiros residentes no país como possíveis alvos de guerrilheiros.
O deputado Duarte Nogueira, do PSDB paulista, afirma que o projeto para repassar as aeronaves foi apresentado um ano antes do atual momento de tensão e que os brasileiros quem moram em Moçambique não correm perigo.
“Eu acho que não há nenhuma questão de efeito e causa. Até porque essa proposta foi feita no ano de 2012. Então, não vai ser por isso que está se criando qualquer outra fonte de pressão nesse momento única e exclusivamente por essa decisão.”
O projeto de lei que autoriza a doação de aviões militares T-27 Tucano do Brasil para Moçambique ainda será analisado por mais três comissões da Casa.
Pois bem! Que eles resolvam violentar os 3500 brasileiros lá. As forças moçambicanas sim realmente tem problemas de conter esses terroristas. Mas contra as forças brasileiras é bom eles não fazerem inimizades não hein!! O Haiti e até mesmo o General que comanda a ONU no Congo são 2 ótimos exemplos de que quando o Brasil sai pra guerrear a cobra fuma mesmo!!!
País estranho:
Tem até Deputado querendo DOAR os equipamentos das forças armadas.
Alegando que são equipamentos obsoletos e “desativados”.
Por outro lado existe um contingenciamento muito forte de dinheiro para compras de material novo…
Fica a pergunta: qual o critério de avaliação para “DOAR equipamento obsoleto” do Brasil, se for considerar ao pé da letra, teremos logo um enorme Mercadão de material velho e obsoleto…