Forças navais norte-coreanas lançaram nesta quarta-feira (24; noite de terça-feira no Brasil) um míssil balístico de um submarino, segundo afirmou em comunicado o alto comando militar sul-coreano.
O breve comunicado se limita a informar que o teste balístico aconteceu de um submarino, às 5h50 de quarta (17h50 de terça, horário de Brasília), no mar do Japão.
O míssil percorreu 500 km, o que representa um grande progresso em relação aos testes precedentes, segundo a nota. O teste foi considerado pelos especialistas sul-coreanos como um “sério desafio” à segurança da região.
Japão e Estados Unidos classificaram o teste de ato “imprudente” e “provocação”. Esse teste é “uma grave ameaça à segurança do Japão” disse o primeiro-ministro japonês, Shizo Abe, citado pela agência de notícias Jiji, acrescentando que se trata de um “ato de uma imprudência imperdoável”.
Os Estados Unidos confirmaram o teste de míssil balístico a partir de um submarino e qualificaram a ação de “provocação”. “Condenamos firmemente esse teste de míssil norte-coreano”, disse em uma nota, divulgada em Washington, Justin Higgins, um porta-voz do Departamento de Estado, acrescentando que “essa provocação não faz mais do que acentuar a vontade da comunidade internacional de rejeitar as atividades proibidas da Coreia do Norte”.
O Comando Estratégico americano avaliou que o lançamento do míssil –provavelmente um KN-11– da zona de Sinpo, na costa oriental da Coreia do Norte, “não representou uma ameaça para os Estados Unidos”, revelou o porta-voz do Pentágono Gary Ross.
O tiro ocorre no momento em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam amplas manobras militares conjuntas, classificadas por Washington e por Seul como “defensivas”. Pyongyang advertiu, porém, que, se sua soberania for violada, poderá lançar ataques nucleares de represália.
As relações entre a Coreia do Norte e o Ocidente, por um lado, e com seu vizinho do sul, por outro, acumulam meses de tensões, devido a seus programas de desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis de longo alcance e suas ameaças de ataques atômicos de represália.
Ainda nesta terça, o Japão havia feito um apelo para que a Coreia do Norte se abstivesse de “novas provocações”.
Dirigindo-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o vice-ministro dos Assuntos Exteriores do Japão, Kiyoshi Odawara, denunciou os testes nucleares e balísticos realizados por Pyongyang – em particular de um míssil caído em 3 de agosto em águas japonesas.
“Essas violações flagrantes das resoluções da ONU constituem um evidente desafio aos esforços internacionais contra a proliferação (de armas) e não são justificáveis de modo algum”, afirmou o vice-ministro japonês.
O Japão –acrescentou– “demanda à Coreia do Norte, de maneira firme, que se abstenha de novas provocações” e respeite seus compromissos internacionais.
Odawara também convidou os países-membros da ONU a “redobrar esforços para aplicar plenamente as resoluções” da ONU, que proíbem Pyongyang de manter qualquer atividade nuclear, ou balística, sob pena de sanções.
COREIA: UMA PENÍNSULA DIVIDIDA EM DOIS; ENTENDA
FONTE: AFP
É um absurdo terem estes tipos de armamento desde que não sejam EUA, UE, UK, Russia, China, Índia e Paquistão. As sanções são contra eles quiserem inclusive já foram contra o Brasil. Alguém lembra?
Fazer exercícios naporta de sua casa pode. Agora da jinha casa realizar um exercício não pode. Por favor!
Essa resolução de não proliferação de armas nucleares é a uma piada, ano após ano a EUA e a Russia vem aumentando e modernizando seus arsenais nucleares, eu não to criticando ambos os países, só acho que essa resolução só serve para os países que ainda não tem arsenal nuclear porque os que já tem..Continuam de boa.
Arc
Ter a capacidade não implica necessariamente que a Coréia do Norte irá utilizá-la… a capacidade de ataque nuclear do Norte será usada apenas em caso de retaliação, aí sim com certeza será usada… Outra importante utilidade deste potencial de ataque (este sim o mais temido pelos americanos) é a capacidade de chantagem nuclear que com certeza será explorada por Pyongyang… aí os EUA e seus aliados terão duas alternativas, a primeira é acatar as necessidades norte coreanas, baixar a cortina de ferro, baixar as sansões e deixar o país respirar em troca de garantias de não agressão, o que seria considerado uma esplêndida vitória do regime comunista… e a outra uma intervenção militar conjunta visando anular as capacidades nucleares da Coréia do Norte, o que é uma saída muito perigosa já que autorizaria os militares a usar as armas de fato, como retaliação e consequentemente decretariam o fim da Coréia do Norte, que morreria levando consigo o maior número possível de inimigos (Japão, Coréia do Sul e EUA onde puder alcançar)
Interessante levar em consideração que num eventual conflito entre as duas Coréias a situação seria muito complicada para a Coreia do Sul, principalmente pelos números norte coreanos, que em termos de mísseis e soldados são altos,e poderiam perdas terríveis para os sul coreanos, não obstante, temos um prazo, pois a Coreia do Norte em breve terá domínio da tecnologia de mísseis nucleares lançados de diferentes plataformas, com isso, os EUA e aliados serão forçados a agir, cedo ou tarde.
Resta ainda a dúvida acerca da plataforma de lançamento… estariam os norte coreanos dotados de um submarino capaz de lançar estes mísseis ou é só uma instalação submarina fixa… a proximidade da costa mostrada na foto indus a segunda opção.
O KN-11 usa a mesma tecnologia do antigo SLBM soviético R-27 aposentado nos anos 70… as características técnicas deste míssil (orientação e propulsão) assim como as do SRBM No-Dong derivam do mesmo projeto soviético que já é do conhecimento dos Norte coreanos a varios anos