A execução do multibilionário contrato de compra pela Índia dos 126 caças franceses Rafale está em grande dúvida. O negócio pode não se concretizar nem este ano, nem no próximo.
Pelo menos as negociações continuam e estão longe da sua conclusão. De acordo com as condições do contrato, 18 caças de ataque multifuncionais devem ser fornecidos completos, e outros 108 deverão ser montados na Índia sob licença. As razões para a desaceleração do projeto são explicadas pelas dificuldades em chegar a um acordo sobre o uso das licenças de fabrico nas empresas da corporação pública indiana HAL. Contudo, se esta for uma das razões, ela não será provavelmente a principal. Há fatores de maior peso. O primeiro são as eleições legislativas nacionais que irão decorrer na Índia na primavera e as previsões apontam para a mudança de partido no poder. Por isso quaisquer decisões importantes dificilmente serão tomadas neste momento, refere o editor principal da revista Eksport Vooruzheni (Exportação de Armamento) Andrei Frolov:
“Seja qual for o resultado das eleições, depois delas deve haver uma pausa temporal. Como o contrato é valioso e longo, existe uma série de questões quanto à sua viabilidade e aos seus prazos de execução. Também é importante o aspeto financeiro: em finais de 2013 e no início de 2014 a rupia indiana desvalorizou fortemente em relação às principais divisas mundiais e o contrato encareceu em 10-15% em moeda nacional, o que não pode deixar de preocupar os ministérios das Finanças e da Defesa indianos”.
Em qualquer dos casos, antes do verão provavelmente não haverá quaisquer avanços em relação a esse projeto. Entretanto, do lado indiano surgiram críticas ao projeto conjunto russo-indiano para o desenvolvimento de um caça de quinta geração. A Rússia foi acusada de falta de vontade em partilhar informações sobre o projeto.
Na opinião do vice-diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias Konstantin Makienko, a campanha informativa contra o projeto russo-indiano para o desenvolvimento do caça de quinta geração se deve à redução do orçamento da Índia para a defesa e para as importações, assim como aos custos elevados das aquisições e do fabrico sob licença dos caças Rafale. Sem dúvida que na Índia existem partidários tanto de um projeto, como do outro. Assim podemos entender que as críticas ao projeto russo-indiano podem ter sido precisamente uma iniciativa dos adeptos do projeto Rafale, favoráveis a uma orientação para os países ocidentais, refere Andrei Frolov:
“Na semana passada os fabricantes russos fizeram declarações oficiais que o lado russo não tinha recebido quaisquer reclamações a nível oficial. O projeto está avançando ao ritmo e com os níveis de cooperação programados”.
O desenvolvimento conjunto do caça de quinta geração FGFA (Fifth Generation Fighting Aircraft) é um dos projetos mais ambiciosos em execução pela Rússia e pela Índia na área da aeronáutica. Além dele podem ser referidos o avião de transporte multifuncional МТА e os mísseis supersônicos BrahMos. Está sendo cumprido com êxito o contrato de fornecimento de 42 kits tecnológicos Su-30MKI para a sua montagem sob licença e que foi assinado em finais de 2012.
Portanto, não tenhamos dúvidas: a Rússia e a Índia irão criar com sucesso um avião de combate de quinta geração. Entretanto não podemos esquecer que a Índia mantém de forma consequente uma tendência para a diversificação das importações de armamento. No concurso para o fornecimento de 126 caças para a Força Aérea Indiana o MiG-35 russo perdeu contra o Rafale.
Contudo, hoje os peritos não arriscam prognósticos se a Índia e a França conseguirão chegar a um compromisso e se o contrato para esses aviões será concretizado. Há demasiados fatores variáveis.
FONTE: Voz da Rússia
Um baita avião, mas caro demais – até para a França. A L´Armmèe de L´Air canibalizou alguns modelos para mantê-los voando no Afeganistão!
E outra, experiência brasileira, francês não cumpre os contratos que assina.
O indianos não são trouxas! São comerciantes há milhares de anos!
Incrível, a índia vai comprar 126 Rafales, e o Brasil vai comprar só 36 caças com preço inferior. É pra rir ou pra chorar?
Não deu pra entender….
Também, não entendi.
Desculpe se eu tiver entendido errado, mais você esta dizendo que a Índia vai pagar mais barato por 126 caças (Rafales), do que o Brasil por 36 caças (Gripens NG), é isso ?
e so os indianos comprarem menos rafales ou comprar de pouco em pouco.
Amigos,
Creio que o contrato com o Rafale vai sair de uma forma ou de outra.
E a razão é simples: a atual frota indiana esta envelhecendo rápido. Jaguares, Mig-21, Mig-27 deverão ser retirados de serviço rapidamente, com os Mig-29 e Mirage 2000 num prazo maior… E não há substituto presente que não o Rafale e Tejas ( lembrando que o Tejas é uma aeronave leve e não substituiria o Rafale nas pretensões indianas ). A alternativa seria negociar o Typhoon, que é o segundo na short list indiana. Mas o tempo necessário para as negociações poderia representar um peso ao atual inventário da IAF que seria difícil de suportar… A menos, claro, que os indianos abrissem mão de suas atuais exigências, mas tudo leva a crer que não o farão…
Há também uma evidente estratégia de manter um diversificação de fornecedores politicamente distintos, o que diminuiria os riscos propiciados por embargos… Isso, por tabela, exclui a escolha de qualquer aeronave russa. Os americanos são fornecedores dos indianos, mas também fornecem a ponta de lança para os equipamentos paquistaneses, o que os excluiria também. Restam, evidentemente, os europeus, que seriam os fornecedores com teoricamente menos risco…
Talvez poderia entrar o gripen nessa jogada. A turbina já é produzida lá, então os EUA já teriam feito sua parte no contrato.
Marcelo,
Creio que o Gripen não teria vez ali… Ele representa um meio termo entre o Tejas e o Rafale. A depender da função, o Gripen não substitui o caça francês; e ao mesmo tempo tornaria o caça indiano Tejas desnecessário…
Mas o Rafale é do mesmo nível do SU30 certo? Se for assim, como é, na minha humilde opnião, o Gripen seria o mais adequado. Seria um fotor intermediário entre o Su30 e o Tejas. Ele é muito melhor que o Tejas, mas não chega a ser melhor que um Su30 bem armado. Mesmo assim é mais barato, e o fornecedor principal seria europeu.
Marcelo,
Não exatamente…
O Flanker é uma aeronave pesada, com sensores brutos e um imenso alcance com combustível interno; da mesma classe do F-15. Está em um patamar diferente do Rafale.
O Rafale é uma aeronave média, da mesma classe do Eurofighter Typhoon e do F-18 E/F. Seu projeto tem pelo menos 15 anos a frente do projeto do Su-27 e derivados.
O Gripen por outro lado, é uma aeronave a parte… A variante C estaria mais ou menos no mesmo patamar do F-16 e Mirage 2000. Apesar de ser uma aeronave com tecnologia comparável aos melhores do mundo, não pertence a categoria dos mais pesados. Mesmo o NG será uma aeronave mais leve que os médios, embora terá basicamente o mesmo alcance e raio operacional.
E o caça Tejas estaria em algum lugar entre o Gripen e um LIFT, como o KAI F/A-50, sendo muito comparável a esse distinto caça sul coreano.
Parece que na sede da DASSAULT tem uma cabeça de jegue enterrada lá ou os franceses que são difíceis para negociar ou indianos querem os franceses assumam responsabilidades se de alguma coisa erradas nos caças produzidos na India para desatar o nó dessa venda da difícil . Será que os ingleses ou russos não fizerem nenhuma amarração para o Rafale não ser vendido.
Falar em Rafale dá o maior azar! Deve ser o caça mais azarado do mundo!
haha, ele já é azarado, e ainda não chama a sorte com seu preço…