Em visita a Moscou, ministro das Relações Exteriores brasileiro elogia libertação de ativista do Greenpeace e destaca os pilares da cooperação entre os países.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, chegou a Moscou na terça-feira passada (19), em sua primeira visita oficial a um país estrangeiro fora da América do Sul desde que assumiu o cargo em agosto deste ano.
“Não foi por acaso que escolhi a Rússia como destino da minha primeira visita bilateral fora da América do Sul, mas por causa das nossas relações externas. A extensão dos nossos territórios, o tamanho das nossas populações e a magnitude das nossas fontes de energia naturalmente colocam nossos países como protagonistas no cenário mundial”, disse Figueiredo em sua palestra “Grandes linhas da política externa brasileira e relações Brasil-Rússia”, na Academia Diplomática da Rússia.
Durante a visita de dois dias, o ministro brasileiro se encontrou com seu homólogo russo, Serguêi Lavrov, para discutir as perspectivas das relações bilaterais e interação no âmbito das organizações internacionais, como ONU, Brics, G20 e OMC. Mas, como apontaram alguns observadores, a visita também representou um estímulo involuntário para a libertação de nove ativistas do Greenpeace detidos após protesto em uma plataforma de petróleo no Ártico, em setembro.
A brasileira Ana Paula Maciel foi a primeira ativista estrangeira a conquistar o direito de liberdade sob fiança entre os 30 tripulantes de 18 países – apenas um dia antes de Figueiredo se reunir com Lavrov – e a primeira do grupo a ser libertada um dia depois.
Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores brasileira ressaltou, contudo, não haver qualquer ligação entre a libertação de Maciel e a visita do ministro à Rússia, referindo-se ao acontecido como “uma coincidência”.
Figueiredo elogiou a decisão do tribunal russo de liberar a ativista brasileira durante a coletiva de imprensa realizada após o encontro com Lavrov. “Foi uma feliz coincidência chegar aqui e saber da decisão tomada pelo tribunal russo, que permitiu à cidadã brasileira Ana Paula Maciel participar das audiências judiciais em liberdade”, disse o ministro citado por veículos russos.
A visita de Figueiredo à Rússia coincidiu com a celebração do 185o aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a Rússia. No site do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, um comunicado oficial destaca a importância da data, prevendo “o fortalecimento das relações de parceria estratégica entre os dois países”.
Rússia tropical
Nesta quarta-feira (20), o ministro Luiz Alberto Figueiredo, que antes atuava como representante permanente do Brasil junto à ONU, discursou sobre a relação entre o Brasil e a Rússia diante de estudantes da Academia Diplomática da Rússia e diversos embaixadores estrangeiros.
Em termos econômicos, o ministro enfatizou que tanto o Brasil como a Rússia são países de renda média que enfrentam o desafio de modernizar a produção industrial e infraestrutura para aumentar a competitividade e diversificar a economia.
Figueiredo elogiou o estabelecimento da parceria estratégica entre os dois países, que foi impulsionada pela criação da Comissão Mista Governamental Brasileiro-Russa para a Cooperação Econômico-Comercial e Técnico-Científica, em 2001, como resultado de visões e valores comuns. Segundo o ministro, o Brasil mantém poucas comissões semelhantes com outros países.
Figueiredo também lembrou o comentário alegre do primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev, que chamou o Brasil de “Rússia Tropical” durante entrevista à TV Globo, em fevereiro passado.
O Brasil é o maior parceiro econômico da Rússia na América Latina, e os dois países mantêm relações próximas no âmbito do G20 e dos Brics. Conforme exposto por Figueiredo durante a palestra, o comércio entre os dois países cresceu quase 300% entre 2003 e 2012. “Estamos no caminho para alcançar um volume anual de comércio de US$ 10 bilhões, meta estabelecida pelo ex-presidente brasileiro Lula da Silva e pelo presidente russo Vladímir Pútin”, disse ele.
Além disso, os bancos centrais do Brasil e da Rússia estão negociando um mecanismo que permitirá realizar transações comerciais em moedas locais. Figueiredo também incentivou empresas russas a participar do processamento de gás natural no Brasil. A próxima reunião da Comissão Mista Governamental Brasileiro-Russa será realizada nos dias 9 e 10 de dezembro, em Brasília.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil mencionou ainda a participação da Rússia na implementação do programa de bolsas de estudos internacionais “Ciência sem Fronteiras”, promovido pelo governo brasileiro. Até o momento, 40 instituições de ensino superior russas foram envolvidas nesse programa, incluindo a renomada Universidade Estatal de Moscou Lomonossov.
Dança e armas para exportação
“A cooperação na área de defesa também desponta como um importante elemento da nossa parceria estratégica. O Brasil atribui especial importância à transferência de tecnologia em seus programas de defesa com os parceiros internacionais. No caso da Rússia, isso também se aplica”, disse Figueiredo.
Cabe lembrar que o ministro da Defesa russo, Serguêi Choigu, fez uma visita ao Brasil, em outubro passado, para promover as vendas de armamento russo. Durante as negociações em Brasília, ele propôs ao Brasil o desenvolvimento conjunto de um caça de quinta geração.
Na sequência, as autoridades brasileiras revelaram seus planos de reforçar a defesa aérea frente à Copa do Mundo, no ano que vem, e aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Também foi revelada a intenção de assinar um contrato com Moscou em meados de 2014 para o fornecimento dos sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1e e mísseis antiaéreo Igla-S.
Ao comentar sobre os laços culturais entre os dois países, Figueiredo admitiu se sentir honrado pelo fato de o Brasil abrigar a única filial da companhia de balé Bolshoi fora da Rússia.
“Apesar da distância física e históricos diferentes, Brasil e Rússia compartilham uma série de interesses e valores, bem como diversos desafios comuns. Sobre uma base sólida, estamos construindo e reforçando as relações baseadas no respeito e benefícios mútuos”, disse ele.
“No Brasil, a Rússia encontra um parceiro que estimula a paz, a proteção e promoção dos direitos humanos, o respeito pelo direito internacional e o desenvolvimento sustentável para todos. Vocês também encontrarão um país determinado a ajudar a moldar a ordem internacional multipolar e agir como um protetor da estabilidade e da prosperidade na região [da América do Sul] e além”, concluiu Figueiredo.
FONTE: Gazeta Russa
acho que o brasil deveria abraçar essa oportunidade dada pela russia e desenvolver uma forte parceria tecnica na area de caças e mísseis (produto que eles tem a nos oferecer e que estamos precisando) com transferencia de tecnologia e geração de expertise nacional e em compensação o brasil facilitaria e reduziria impostos no envio de etanol, açúcar, carne e grãos para a rússia (produto que nós temos a oferecer e que eles precisam) isso é parceria e desenvolvimento para ambas as partes
O que me impressiona na leitura deste tipo de site é a grande desinformação e extremismo político de alguns participantes. As relações entre países são pragmáticas, onde cada qual busca o seu interesse. Com a Rússia o Brasil busca soluções tecnológicas na área aéro-espacial, onde eles detém muito conhecimento e são alternativa ao bloqueio norte-americano. Também não podemos esquecer, como citado na matéria, que há uma grande troca comercial entre os dois países, que gera emprego e renda. É hora de deixar de acreditar que a Rússia é comunista ou que este come criancinha. As livrarias estão cheias de livros para ajudar na superação dessas ‘dificuldades’ e poderia começar pelo Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes, do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que dá o caminho do desenvolvimento sustentado: conhecimento e tecnologia e neste caso, também, não interessa a cor do gato.
Parabéns! Foi ótima a inclusão deste ministro, vamos ter de crescer sem dúvidas na parceria com os países orientais pois os ocidentais que principalmente os grandes que falam idioma inglês querem ver nossas caveiras. É só ler as notícias sobre as ciber guerras que estão fazendo contra os países em crescimento e de políticas independentes. Assim começa primeiro no mundo cibernetico e depois é guerra no mundo físico mesmo, vamos nos preparar com armas russas e brasileiras é esta a verdadeira causa da primeira e mais importante visita deste ministro.
Toda parceria é bem vinda resta saber se vamos tirar proveito dela como fez a China e India pelo menos no campo tecnológico .Parece que o Brasil que cortar o cordão umbilical preso ao americanos e alimentar por si próprio . Apesar que nossos governantes não tem nenhuma visão do futuro aqui não se planeja nada talvez essa parceria com os russos não ande rápido . Outra coisa interessante são os dois países usarem suas moedas para negócios entre si.
acho que este figueiredo esta sonhando ou é mentiroso, pais que luta pela paz direitos humanos
a historia não relata isto, quer enganar o povo da senzala que esta ligado nas musica quadradinho de oito
Piada. A Russia é um pais corrupto, autoritário e imperialista, aliado de todos os déspotas deste planeta, não produz nada que admirável hoje em dia fora armas ( de eficiência duvidosa) e petróleo, seu dirigente é candidato a ditador e com certeza não tem nenhum apreço pelo Brasil, e só tem interesse em nossas riquezas. Iran, Siria, Libia, Venezuela, Cuba, ….que time estamos nos juntando…..
Eficiência duvidosa? País Imperialista? Estão interessados em nossa riqueza?
Você deve estar de brincadeira, você que um país interessado em nos dominar nos ofereceria produção nacional de Su-35S e PAK-FA? EUA nos ofereceu o quê?
Meu jovem va estudar…. tomar cocacola com mc donald…e brincar com donald e mickey
acho que o brasil deveria abraçar essa oportunidade dada pela russia e desenvolver uma forte parceria tecnica na area de caças e mísseis (produto que eles tem a nos oferecer e que estamos precisando) em compensação o brasil facilitaria e reduziria impostos no envio de etanol, açúcar, carne e grãos para a rússia (produto que nós temos a oferecer e que eles precisam) isso é parceria e desenvolvimento
Nunca entendi o porque estes dois países jamais estreitaram um bom relacionamento.
Más um coisa é fato. Muitos temem esta aproximação pois seria a união de um Gigante já concebido e muito bem estabelecido, com outro gigante que não esta adormecido, más sim recebe doses de anestesia para que não se levante.
Pelo visto e graças ao bom senso e a DEUS, estamos no caminho certo.
A aproximação tem de se intensificar não apenas com a Rússia, más com todos os países que se façam valer oportunidades de ganhos mútuos.
Que esta união cresça e se solidifique!