Por Flávia Foreque
O governo brasileiro reforçou nesta quinta-feira (21) sua oferta de ajuda à Colômbia na questão do desarmamento para a implementação do acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O tema deve ser abordado na cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), na próxima quarta-feira (27), no Equador, com participação da presidente Dilma Rousseff. A Colômbia quer a colaboração dos países do bloco para pôr em prática a trégua permanente com a guerrilha.
O Brasil se dispõe a atuar no trabalho de identificação e destruição de explosivos. “Haverá provavelmente a necessidade de verificação de desarmamento, o que requer tropas policiais em condições de fazer isso”, disse nesta quinta-feira (21) o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, responsável pela área de América do Sul, Central e Caribe no Itamaraty.
Em 2014, o Exército brasileiro enviou um militar a Bogotá para treinar oficiais colombianos a identificar e desarmar minas terrestres instaladas ao longo do confronto, que dura mais de 50 anos.
Em outubro do ano passado, em visita à Colômbia, Dilma já havia mencionado a possibilidade de ajuda nessa área, além de contribuição em programas de agricultura familiar e merenda escolar.
Segundo o embaixador Mesquita, “eles [colombianos] acham que [os programas] seriam úteis e se adequam às demandas desses territórios que voltam ao controle do governo colombiano”.
O diplomata afirmou que outro aspecto a ser abordado no encontro, que deve reunir comandantes de 33 países, é a importância de aumentar o comércio da América Latina.
“Estamos na passagem de um ciclo em que, durante muito tempo, nossas economias tiveram suas exportações muito voltadas para a Ásia e direcionadas por demanda por commodities. Esse ciclo aparentemente acabou”, avalia.
Para Estivallet, o cenário traz uma “percepção clara” da necessidade de buscar outras fontes de comércio.
Ele negou, entretanto, que a situação na Venezuela seja um tema da pauta do encontro. “É sempre possível que no encontro de presidentes o tema seja suscitado. Mas não me parece evidente.”
EQUADOR
Antes da cúpula da Celac, a presidente Dilma terá reunião de trabalho com o presidente do Equador, Rafael Correa. Ela retorna no dia seguinte, após o encontro dos chefes de Estado e de governo dos países.
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) ainda permanece no país para participar de reunião de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
Questionado sobre a crise diplomática entre o Brasil e o país vizinho, em 2008, o embaixador Paulo Estivallet afirmou que o assunto está “superado”.
O impasse foi motivado por uma dívida do Equador com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou obra de hidrelétrica do país realizada pela Odebrecht.
“Tanto está superado que a Odebrecht foi selecionada recentemente para realizar a obra do metrô de Quito, que é uma obra importante, em parceria com uma empresa espanhola”, disse. “O desconforto de vários anos atrás foi superado.”
FONTE: Folha de São Paulo
Mais uma aventura onde vao se meter os ilustres do Itamaravilha…….dificil acreditar q os militares colombianos nao possam executar este desarme….isso demandara anos de trabalho , procura e custos…quem vai pagar esta bondade e suas possiveis consequencias (mortes)……outra piada de mau gosto…a Odelbrecht foi selecionada para mais uma obra no metro de Quito……quem vai financiar isso….ja sei BNDEs……e tome mais escandalos e seus desdobramentos nos negocios c estes bolivarianos……..Sds
Torço para o desmantelamento das Farcs e demais grupos guerrilheiros não só da Colômbia como do mundo,mas tenho que reconhecer que as Farcs tem uma grande experiência em anos de combate e permanência nas selvas que podem ser muito uteis aos exércitos da região, uma coisa que me chama muita atenção são os calçados usados por eles, nós podemos nos valer dessas experiências !