Por Carlos Silva Júnior
Argentina e Chile são dois Estados marítimos relevantes na América do Sul. Além dos extensos espaços marítimos que possuem, ambos são fortemente presentes na Antártica, com reivindicações territoriais e o maior número de bases no continente gelado dentre os países da região. Ademais, possuem um estreito diálogo no aproveitamento bioceânico do subcontinente, com a construção de rodovias que integram a costa atlântica e a costa pacífica.
Existem parcerias e cooperações bilaterais, em especial, na superação de divergências sobre seus limites territoriais, todavia, novos anseios e cenários retomam essa discussão. Nesse sentido, indaga-se em que estágio se encontra a atual relação marítima entre argentinos e chilenos.
Lançada em julho de 2021, a Diretiva de Política de Defesa Nacional argentina destaca os imperativos da pasta, bem como apresenta uma visão de mundo e das relações com os países vizinhos. Quando cita o Chile, destaca o valor crucial da relação bilateral no entorno estratégico argentino, sobretudo após a conversão da relação de tensão em confiança mútua, com o Tratado de Paz e Amizade de 1984. O tratado pôs fim ao conflito entre os países pelo Estreito de Beagle e definiu seus limites marítimos, permitindo a cooperação em vários níveis, inclusive em defesa.
Todavia, o recente decreto de Sebastián Piñera, presidente do Chile, que atualizou a Carta Náutica nº 8, despertou a reação dos argentinos. A atualização apresenta claramente as delimitações da Plataforma Continental chilena que avança sobre o limite estabelecido pelo Tratado de 1984 e inclui parte da extensão da Plataforma Continental argentina, que foi reconhecida pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU em 2016 e delimitada pelo país em março de 2020. Esses dois pontos fundamentam a reclamação do Ministério das Relações Exteriores argentino, endossada pelo Senado.
Da parte chilena, o chanceler Andrés Allamand espera a resolução, através do diálogo, com a Argentina. Isto posto, por se tratar de uma discussão de soberania e correspondente aos anseios de projeção marítima dos dois países, não se espera um diálogo curto para o caso, tampouco se espera uma resolução não-pacífica. De toda forma, a relação construída a partir da mediação na definição dos limites marítimos encontra sua fragilidade na mesma questão, agora, afetando também os bem estruturados mecanismos de cooperação bilateral.
FONTE: Boletim GeoCorrente
Para o Chile também não seria bom um conflito mesmo contra uma moribunda Argentina porque o Peru (que ajudou os Argentinos na guerra das Falkland), a Bolívia e a Venezuela iriam interceder a favor da Argentina visando seus próprios interesses nessa crise: os despojos do Chile. Para os bolivianos uma saída para o Pacífico seria uma oportunidade única que jamais poderia ser desprezada. Seriam três frentes de combate simultaneamente.
Por outro lado os chilenos teriam apoio do Brasil e principalmente do Reino Unido, nada mais nada menos que dois aliados de peso – e porque não a Colômbia. Os argentinos estão desguarnecidos de submarinos tendo um deles afundado enquanto os chilenos controlariam (negariam) uma área estabelecida com bem mais facilidade, incluindo a participação também de seus dois Scorpenes. Enquanto os argentinos quase não tem esse poder de dissuasão seu rival tem pelo menos três.
Mas esses descendentes de espanhóis são encrenqueiros mesmo.
Ao contrário da questão das Falklands, aqui a Argentina tem razão.
Dificilmente haverá um conflito, mas caso chegue a esse ponto, a Argentina não aguenta meia hora de trocação de porrada. Se chegar a esse ponto, o Brasil pode aproveitar pra empurrar armamento no Chile.
naaaa, se prefieren proveedores confiables.
con Brasil los supertucanos y ….. nada mas.