O submarino ARA San Juan está desaparecido há mais de 35 dias, desde que viajou de Ushuaia para Mar del Plata. Desde esse 15 de novembro, não havia nenhuma indicação de problemas sobre o submarino onde 44 membros da tripulação estavam viajando. Com o passar dos dias, foi se descobrindo que quando as reparações da meia vida foram feitas, ocorreram diferentes complicações. A Justiça tem suspeitas sobre o material que foi usado. Agora, um documento secreto publicado na TN Central, e reproduzido pela TN.com.ar, mostra o panorama desastroso do navio: uma auditoria apontou as deficiências notáveis no equipamento, os equipamentos quebrados que tinha e alertou sobre o perigo de sair em uma missão.
O relatório secreto foi apresentado pelo Inspetor-Geral da Marinha, Guillermo Luis Lezana, em 20 de dezembro de 2016 ao então Chefe do Estado Maior da Marinha Marcelo Srur. Após 5 dias, esse funcionário foi retirado do cargo. Entre outras coisas, o texto apontou para a falta de equipamentos de saúde, primeiros socorros, resgate, comunicação que complicaram a partida do submarino em uma missão.
O relatório aponta as limitações de vida útil de suas baterias, um dos primeiros elementos que se conhecia, e que o material da ARA Santa Cruz foi usado para reparar o submarino desaparecido. “O não cumprimento da manutenção fornecida em doca seca com a freqüência pré-estabelecida para submarinos no serviço do comando de força submarina torna difícil a prepararação”, acrescenta.
Um dos pontos mais importantes tem a ver com os elementos de segurança em caso de acidente. De acordo com o texto secreto, o ARA San Juan “não possui equipamentos de comunicação suficientes para cobrir as necessidades básicas de segurança náutica, segurança no solo e permitir a condução de uma emergência real”.
Há também “deficiências no equipamento operacional” e “entrada de água dentro dos cabos LOOP na sala de rádio”. “Materiais inadequados foram usados durante o reparo da meia-vida e têm limitações com a vida de suas baterias”, diz ele.
De acordo com a informação obtida pela TN Central , o ARA San Juan, após o relatório apresentado, não só voltou, mas fez isso três vezes. O relatório que transcende agora foi escondido do atual ministro da Defesa, Oscar Aguad, de acordo com Nicolás Wiñazki.
O ARA San Juan não tinha um kit de primeiros socorros e as escotilhas estavam em mau estado. Portanto, nesta inspeção assinada pela pessoa encarregada da área, que fiscaliza o estado de todos os barcos, eles dão prioridade “1” à reparação do ARA San Juan porque a vida da tripulação estava em risco.
Em um dos pontos, está estabelecido que “as deficiências encontradas no equipamento operacional do submarino tornam difícil se preparar para cumprir os planos em vigor”. Ele também detalha a mesma situação com o equipamento operacional da Agrupación Buzos Táctico: faltavam miras, não haviam botes suficientes, e não havia capacidade para operar com caiaques desmontáveis.
A situação de saúde dentro do submarino também foi terrível: não havia kit de primeiros socorros ou equipamentos sanitários básicos em condições operacionais. Nem ele teve a certificação das escotilhas para poder mergulhar no oceano sem problemas.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: TN.COM.AR
COLABOROU: Angelo Almeida
Com base nesse relatório ,conclui-se que houve um assassinato em massa com os tripulantes do ARA San Juan,os comandantes sabiam da precariedade da nave e a enviaram para uma região perigosa totalmente ”desguarnecida ” contanto apenas com a sorte !
Não se faz inspeção, é tudo na faz de contas. O importante é safar o campanha e manter a aparência. Chegada a promoção tá tudo certo. É o velho almirantado de papel., Verdadeiras piadas em forma de pessoas. Tô perto de me reforma. Com esse pessoal de bordo o mais perigoso que vou é pra VM.
Por mais precária que a MB esteja, ainda mantém um profissionalismo que impede tais falhas em submarinos, mas lembramos das mortes no NAe São Paulo para alertar sobre os riscos de materiais e manutenção precárias na MB. A concepção dos IKL 209 são mais simples do que os TR-1700.
Campanha, já vi sh3 remendado com epóxi e já servi em navios da MB com o selo do eixo vedado com epóxi também indo para Argentina. Se na MB se gastasse tanto dinheiro com manutenção com se gasta com aparência. Pode faltar água, óleo até comida, mas uísque, zarcão e tinta, jamais.
Tudo velho os navios, tudo faz de conta. Quando olho pro comandante do meu navio, sinto uma vontade enorme de rir pelo esforço que ele faz pra gente fingir que ele é um comando de verdade é que temos uma força naval.
E tome tinta e pica pau pra manter a aparência
Não contava com sistemas funcionais de medição de H2 e nem de reciclagem do ar??? Sem mais.
Pois é pessoal isso me preocupa muito pois isso que aconteceu com submarino argentino é pratica normal aqui no Brasil e ai que vem a pergunta como será que esta a situação dos nossos meios de guerra, seja ele da marinha, do exército ou da aeronáutica. Pra que fazer as inspeções se não será respeitado a opinião do profissional que fez a inspeção e pior depois ainda somem com ele para não ir a público as besteiras que fizeram, isso tudo é muito preocupante.
Opa! EB e FAB Nao!
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Desconheço os procedimentos e o “back end”, da MB, mas EB leva segurança muito a serio! e Ja ouvi relato de amigos da FAB, que um Hercules nao levantou voo de Manaus por UM “reloginho” nao esta funcionando! Lembrando que por ser um quadrimotor, todos os relogios sao quadruplicados no painel!
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Entao acho muito dificil disso acontecer no EB ou na FAB… Tira da sua lista Beto Santos!
Parece-me que vc tem informações importantes sobre a forma que a nossa marinha trata a questão de segurança de nossas embarcações.
Vc tem o dever de denunciar, não essa postagem informal, mas oficialmente já que vidas humanas estão em jogo.
Rapaz… esse submarino jamais passaria, nessas condições, em uma Inspeção de Segurança !!! Em que pese alguns itens poderem ser remanejados de outro sub, as deficiências em sistemas fixos são alarmantes… é preciso esclarecer mais essa situação… nenhum Comandante suspenderia nesse estado de degradação do material…
Completo amadorismo