Especialistas de defesa dizem que a maioria dos países da região não investem o suficiente em aviões de combate
Historicamente, a América Latina é um dos continentes que menos se gasta em defesa. Enquanto na década de 70, 80 e 90, houve um investimento significativo para comprar materiais no estado da arte, nos últimos anos a realidade tem sido muito diferente . Segundo o slogan do ‘El Mercurio’, as forças aéreas na região estão em fase de obsolescência.
Países como Argentina e Equador já foram pioneiros na compra de aeronaves de primeira classe. No entanto, hoje eles são dois dos países que gastam menos e têm pouco aviões tecnologicamente avançados.
A Argentina contou com na Guerra das Malvinas, com o caça-bombardeiro francês Super Etendard, que teve um excelente desempenho nesse conflito. Ainda hoje, as forças daquele país têm Mirage III e agora adquiriram o Mirage F1-M, de segunda mão da década de 70.
Outro país que aloca poucos recursos para a força aérea é o Equador, que também tem aeronaves da década de 70..
Enquanto isso, outros países estão tentando dar mais peso a esta questão, como Chile, Brasil, Venezuela e Colômbia. No caso da Colômbia, a necessidade de investimento tem uma relação estreita com a questão dos grupos guerrilheiros narcotraficantes – Farc, que ainda hoje, depois de 50 anos, ainda não foi derrotada.
Precisamente esses países reuniram o que tem de melhor no exercício CRUZEX Flight 2013, que está ocorrendo em Natal, Brasil. O exercício envolve os Estados Unidos, Canadá. Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia, Equador e Venezuela.
O programa reúne mais de 90 aeronaves e cerca de 2.000 homens de oito países e tem como principal objetivo, implantar as mais recentes estratégias de defesa e segurança na região.
“É um feira de aeronaves ultrapassadas e obsoletas” , disse Iñigo Vergara e Moyano, um especialista em segurança. E nesse sentido, ele acrescentou: “As nações estão se movendo em direção a compra de caças usados que não necessitam grande desembolso de fundos . “
Enquanto isso, o especialista atribui o desinvestimento a questões políticas. De acordo com sua visão, muitos governos não querem ser vistos como as administrações que gastam dinheiro em sistemas avançados , que geram ressentimento no cidadão e acima de tudo, que podem afetá-los em futuras eleições.
O analista de defesa chileno Eduardo Santos no entanto, argumenta que as razões para a obsolescência das forças aéreas latino-americanas se deve ao mau planejamento que muitos países fizeram em décadas passadas.
“Eles descobriram que ter este equipamento não era apenas adquiri-los, mas mantê-los, o que é muito caro. E houve casos de corrupção, piorando as coisas”, disse Santos.
FONTE: INFOBAE
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
apoio aereo aproximado tambem acho que ainda não da para ser feito por um drone, ou será que dá?
Concordo com o Berk. Politicamente os caças continuam sendo um bom neg´cio até porque existem tripulações e desfiles militares, mas, a única coisa que os drones ainda não fazem em uma guerra é interceptação.De resto fazem tudo: ataque naval, interdição, patrulha, guerra asw… e com uma discrição mortal!
Dos países sul americanos que tem as forças aéreas mais equipadas são Chile, Venezuela, Peru os outros são meros participantes. Brasil e Argentina que eram os principais países nesse quesito ficaram para trás no caso do Brasil se não for feito nada corre o risco da FAB ser transformada numa transportadora aérea.
Engraçado, sempre que vejo imagens do Dragonfly está sempre levando tanques de combustível. Ao menos serve pra REVO essa porquice?? Ou pra que outra coisa? 6 tanques sob as asas é muita gasola pra um avião só…
A CRUZEX não é sobre aeronaves, mesmo sendo estas, a principal ferramenta. É sobre doutrina, treinamento e troca de experiências (integração)… Iñigo Vergara e Moyano tem uma visão curta do exercício… e visão curta para uma pessoa dita “especialista” não me parece um boa combinação.
Sobre o cerne do artigo, não é um fenômeno isolado, as forças aéreas de todo o mundo ainda nåo assimilaram os novos conceitos da guerra moderna, por isso os atores se movem mais lentamente ( Quem carrega a USAF nas costas ainda eh o A-10 e o F-16) e pouco dinheiro é investido em projetos que não se julgam tão eficazes, não mais. Quem o fez abruptamente, deu com os burros n`agua. O F-22 e o F-35 são exemplos… as rainhas do hangar, como dizem por ai. Por outro lado, também foi os EUA quem deu o tiro na direção correta… os DRONES. E o futuro meus caros, como tenho dito… será pequeno, barato, produzido em uma escala muito superior e…. remotamente controlado.
Sds.
Berk
Será que, ao invés do que sugere o texto, a obsolescência dos vetores de combate não se dá simplesmente pela falta de ameaças? Muito diferente do Brasil, por exemplo, o Equador não pode desenvolver esse tipo de tecnologia de um dia para o outro. Então, como justificar tal gasto frente a demandas históricas dá população? De que adianta caças modernos se não há ativos, se o povo não consegue viver com dignidade?
“É um feira de aeronaves ultrapassadas e obsoletas”
Triste definição para a CRUZEX, pelo menos entre estas “aeronaves ultrapassadas e obsoletas” estão alguns F-16 do EUA…
Não precisa ser especialista em nada para saber o óbvio, qualquer frequentador desse site, que acompanha matérias militares sabe disso, incluindo a visão política.