Os governos da Alemanha e da França anunciaram os planos conjuntos de desenvolvimento de uma “nova geração” dos caças Eurofighter, a fim de aumentar o poderio da União Europeia (UE) e a cooperação entre os dois países.
O anúncio foi feito pela França após conversações entre o presidente do país, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra alemã Angela Merkel.
Ao chamar o plano de “revolução profunda”, Macron destacou ainda que “os dois parceiros esperam finalizar um roteiro conjunto até meados de 2018”, em declarações reproduzidas pela Agência AFP.
“Os caças foram projetos muito pesados para nossos exércitos e nossos governos”, destacou Macron. O presidente francês afirmou que as aeronaves europeias comuns economizarão dinheiro, eliminando a concorrência entre diferentes jatos que estão atualmente no mercado.
“O objetivo deste avião de combate para uma nova geração é primeiro lançar um programa comum de pesquisa e desenvolvimento para poder planejá-lo juntos e, em seguida, para que nossos dois exércitos possam usá-lo juntos. Eu confirmo para você, é uma revolução profunda, mas não temos medo das revoluções”, disse.
Os projetos militares entre os dois países vão além dos caças. De acordo com a Agência Reuters, os dois lados também concordaram em desenvolver um quadro de cooperação para o próximo modelo do helicóptero de ataque Tiger, e para mísseis tácticos terra-ar, segundo o documento divulgado após a reunião.
Outros projetos
O documento também mostra que a Alemanha e a França concordaram em trabalhar em conjunto para adquirir sistemas terrestres, incluindo tanques pesados e artilharia, e que um contrato deverá ser assinado antes de 2019 para o projeto Eurodrone, liderado pela Alemanha e que visa acabar com dependência da UE dos drones militares norte-americanos e israelenses.
O projeto anunciado na quinta-feira vem depois que a França retirou-se do projeto Eurofighter na década de 1980 para fazer seu próprio avião de guerra, o Rafale. O novo avião de combate substituirá tanto o atual Eurofighter e o Rafale.
A Europa atualmente tem três aviões de combate: o Eurofighter Typhoon, o Rafale francês e o Gripen da Suécia. No entanto, alguns analistas dizem que a UE precisa de apenas um avião de combate, devido a pressões orçamentárias e custos de desenvolvimento.
Macron e Merkel também discutiram fortalecer a integração europeia na defesa, contra-terrorismo e imigração.
FONTE: Sputnik
Estranho . Os franceses sempre gostaram de independência.
Se hoje a Europa tem três caças, qual deles é o melhor?
Em termos de economia é o gripen.
Então, ter só um é a solução?
Esse novo caça deverá ser de sexta geração.
Portanto nada tem a ver com o Rafale ou o Typhoon.
É a próxima geração.
Não entendo como França e outros países europeus não se atentaram para custos…
Afinal de contas, qual a origem dos altos custos? Combustível?
Complexidade da manutenção?
Quem define os custos?
Os fabricantes?
Com certeza na Rússia e China o governo tem controle sobre esses custos.
Acho que esses fabricantes sempre lucram.muito.
Por que um rafale tem que custar 150 milhões de dólares? E feito de ouro?
Concordo Gilberto. Há três dias o DAN noticiou a encrenca que a Áustria está tendo com esses tufões, e agora vem uma nova geração deles. A exemplo da FAB, que quer produzir o KC390 para exportação visando a demanda que os Hércules deixarão, essa empreitada do Tufão precisa ter alguma expectativa de exportação para que dê certo, pelo menos do ponto de vista de retorno dos investimentos. Lembra um pouco o caso do Osório: um risco inclusive de falência das empresas envolvidas, mas como os caças tem apoio do governo…
Quebrar as pernas [rodas] do Rafale parece um uma mudança radical do presidente, o que justifica essa declaração abertamente socialista ao falar em revolução. A Alemanha e França por si só serão capazes de cobrir os custos de desenvolvimento, produção, aquisição e manutenção desses novos aviões? Será que estão podendo tanto assim? Os dois governos teriam que encomendar várias unidades para justificar esses custos. Falo isso porque um caça modesto como o Gripen (pelo menos do ponto de vista dos bimotores) já dá um trabalhão para ser desenvolvido que dirá um novo Thypoon? E dessa vez sem os britânicos, italianos e espanhóis! Pelo que eu soube o primeiro Thypoon voou em 1994 (23 anos). A crítica mais comum que será feita é que não tem experiência em combate e que é só um papel, como aconteceu com Gripen NG. Não vai ser fácil!
Acredito num misto quente entre o Rafale e o Eurofighter. O Rafale é o caça ideal, enquanto o caça de concepção inglesa é um interceptador nato. Imaginem a Dassalt se apropriando de algumas características do eurofighter e ainda ter como cliente os alemães?
Está aí o cliente esperado pelos franceses.
É uma completa surpresa que os FRANCESES sacrifiquem SEU projeto de caça por causa de um problema ALEMÃO que ficou pendurado no pincel de um caça essencialmente BRITÂNICO.
Pré-sinto que o o presidente Macron comprou um belo problema para si com seus militares e com o Monsieur Serge Dassault por esta decisão política…
É um caminho seguro e prático, para os alemães… Na França vai dar galho…
Ou então os franceses estão dissimulando e vão inventar uma espécie de Euro-Rafale-fighter para empurrar pela goela abaixo dos Alemães junto com o chucrute…
Este “projeto” vai ser interessante… E hilário…
o problema e o consumo , se nem os de 1° mundo consegue manter
imagina nossa FAB … se voasse com propina o Brasil teria 1000 desses operando 48 horas por dia
Ainda bem que enxergaram o problema dos Eurofigther, só europeus (o que é óbvio) e arabes (cheios da grana e sob influencias politicas diversas) compraram o dispendioso e caro supersonico que na realidade pode ser superado facilmente por outros em concorrencias e também em capacidades. No projeto houve uma predominancia britanica que pouco se preocuparam com despesas de manutenção.
É o caminho mais seguro e prático.