Por Dominic Perry
A Airbus Helicopters acredita que está perto de finalizar uma encomenda com a Polônia para 50 aeronaves de asas rotativas H225M, cerca de 18 meses após o Caracal ter sido selecionado provisoriamente.
Warsaw inicialmente selecionou a aeronave de 11 toneladas em abril de 2015, à frente de ofertas rivais da Leonardo e Sikorsky, mas as negociações ficaram paradas na sequência de uma mudança de governo no final daquele ano.
O Ministério da Defesa do país e a Airbus Helicopters estão debatendo os detalhes de seu pacote de compensação com o ministério polonês do desenvolvimento.
Guillaume Faury, executivo-chefe da Airbus, descreve as discussões como “longa e exigente”, mas acha que eles estão perto de um resultado positivo.
“Estamos agora na fase final das negociações e eu sou da opinião, de que estamos chegando perto de uma conclusão”, diz ele.
Faury diz que as conversações foram “desafiadoras” e têm exigido muito do fabricante para satisfazer as expectativas “adicionais” acima da proposta inicial.
“Temos trabalhado muito duro nos últimos meses para cumprir a grande maioria dessas expectativas”, diz ele.
“As negociações para o contrato da compra de 50 helicópteros multi-role Caracal são muito difíceis”, disse o ministro do Desenvolvimento Mateusz Morawiecki.
“Mas as negociações, como o silêncio, por isso não posso revelar quaisquer detalhes.”
Como parte de seu acordo de compensação, a Airbus Helicopters tinha proposto a criação de uma linha de produção do Caracal em Lodz – já existem plantas na França e no Brasil – e assim envolver, a indústria local como parte de sua cadeia de suprimentos.
Mas as perguntas surgiram a respeito de como muitos dos H225Ms destinados às forças armadas polacas seria construído localmente. A Airbus Helicopters deu a entender que está planejando permitir um certo número a ser montado para exportação, para compensar a diferença.
Faury recusa-se a falar do pacote de compensação, mas diz que “um total de 50 Caracals no mínimo”, serão produzidos em Lodz”, tanto para a Polônia quanto para fora da Polônia”.
A exportação poderia ser tanto da variante militar M ou do modelo civil, diz ele. Além disso, a indústria polaca vai ser capaz de manter os H225Ms, tanto para as suas forças armadas quanto para clientes de exportação.
Apesar do acidente fatal de abril na Noruega com um H225 civil e posterior proibição de voos do modelo pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação, Faury diz que isso não teve impacto sobre as negociações com os poloneses, pois clientes militares continuam voando a aeronave, observa.
Enquanto isso, a Airbus Helicopters continua esperando por uma proposta formal de Varsóvia para o seu helicóptero de ataque.
Dois pedidos de informação foram emitidas anteriormente – o mais recente no final de 2015 – como as forças terrestres polonesas procuram substituir uma frota de Mil Mi-24s, mas não houve mais notícias.
O fabricante propõe um helicóptero Tiger para as forças terrestres polonesas, com um pacote de compensação idêntico ao oferecido pelo H225M, diz Faury.
Reportagem adicional de Bartosz Glowacki em Kielce
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: FlightGlobal