As novas fragatas francesas FREMM (Frégate Européenne Multi-Mission) Aquitaine (D 650) e Provence (D 652) iniciam suas operações no Oriente Médio, se integrando como escoltas dos porta-aviões nucleares francês e norte-americano.
Por Guilherme Wiltgen
A fragata Aquitaine partiu de Brest em 17 de dezembro, enquanto que a Provence já se encontra escoltando o PAN Charles de Gaulle (R 91), desde o último dia 28.12, que opera atualmente no Golfo Pérsico contra o Estado Islâmico, no âmbito da operação Chammal.
A fragata multi-missão (FREMM) da Marinha Nacional francesa se juntou primeiramente ao USS Harry S. Truman Carrier Strike Group, que apesar de ter sido por um breve espaço de tempo, marcou como a primeira missão deste tipo em uma zona de crise por uma FREMM, demonstrando o alto nível de interoperabilidade entre as marinhas francesa e norte-americana, afirmou o Ministério da Defesa francês.
Enquanto isso, a segunda FREMM, a Aquitaine, também é aguardada para se integrar ao groupe aéronaval (GAN), ampliando a capacidade ASW, ao lado da FASM La Motte-Picquet (D 645), de classe Georges Leygues, com o seu sonar de profundidade variável (VDS) Thales Capta 4 e com a sua aeronave orgânica NH-90 NFH Caïman, equipado com sonar de imersão Thales FLASH e armados com os novos torpedos MU-90.
Ao mesmo tempo, a FREMM também vai prover defesa aérea e de superfície e guerra eletrônica, ao lado da fragata Chevalier Paul (D621), da classe Horizon. A FREMM é armada com mísseis Exocet MM40 Block3 anti-navio, Aster 15 antiaéreo, um canhão OTO Melara de 76mm e dois canhões de 20mm remotamente controlados, além do comissionamento do missile de croisière naval (MdCN), que proporciona capacidade de ataque terrestre em profundidade.
FONTE e FOTOS: Marine Nationale
Por favor Dalton , jamais… para mim é até uma honra trocar ideias com você… Inclusive afirmo que o senhor é um dos caras mais bem informados e educados que já vi em toda a blogosfera…, sinta-se a vontade para intervir quando achar necessário, valeu Dalton,um abraço.
Você está certo não há nenhuma razão para lançar mísseis de cruzeiro de ataque terrestres contra posições do estado islâmico pegando centenas deles de surpresa… a Rússia fez besteira de lançar os seus Kalibr e treinar suas tripuilações e matar cerca de 600 militantes do EI naquele ataque com as Buyan-M.
Na verdade Putin só fez aquilo para ludibriar a opinião pública de seu país e convencer a todos de que a Rússia é sim um país poderoso, insensato e acima de tudo perigoso e com quem ninguém deve jamais se meter… e também para demonstrar seu potencial aos “aliados”, foi um completo exagero inútil, um verdadeiro desperdício.
Topol favor acessar seu email e responder por favor
Topol…
as “Buyan M” estavam no Mar Cáspio e não tinham nenhuma outra obrigação
imediata muito menos atuar como escolta de um NAe até pelo fato de que parte
dos navios da US Navy que vieram com o USS Harry Truman foram destacados
para outras missões.
.
Então no caso da Rússia, eles podem se dar ao luxo de lançar quantos mísseis
de ataque terrestre eles quiserem…não vejo similaridade alguma com as fragatas
francesas.
.
Se estou sendo inconveniente deixe-me saber e não mais comentarei em cima de
seus comentários.
Topol…
a presença de um navio de escolta junto a um NAe tem outras significações, como por exemplo, no caso de um incêndio acidental no NAe o que não seria pouca coisa, além
do que um grupo centrado em NAe funciona como uma equipe desde o treinamento
antes da missão e nada melhor que colocar em prática tal treinamento em uma missão
real.
.
Também a presença de navios de escolta não significa que eles permanecerão “grudados”
no NAe todo o tempo, pelo contrário, quando no teatro de operações eles podem ser desta-
cados para outras missões como de fato ocorre, seja na interceptação de navios suspeitos
combate a piratas, visitando algum porto amigo na região, enfim, os navios de escolta não fazem apenas a defesa do NAe ainda mais quando o potencial inimigo não tem uma marinha ou força aérea.
Ao mesmo tempo a presença de um navio escolta com mísseis AA serve também de recado
para que nações potencialmente hostis ou não tão “amigas” mantenham suas aeronaves distantes !
.
Como escrevi antes, não há nenhum motivo real para uma FREMM lançar mísseis de cruzeiro
de ataque terrestre no momento para depois a fragata ser recolhida a um porto próximo onde os franceses poderiam recarregar uns poucos silos com o caríssimo míssil que está ainda na fase inicial de entrega e os números são e serão sempre muito limitados.
.
Se cada FREMM conta com apenas 16 silos verticais e metade deles alocados para mísseis
de cruzeiro para ataque terrestre, isso deixaria a fragata “fraca” das duas formas, como plataforma de ataque terrestre…apenas 8 mísseis e como plataforma de defesa AA com apenas 8 mísseis também.
.
A US Navy ao menos por enquanto pode se dar ao luxo de enviar um SSGN como o USS
Florida bombardear a Líbia com uma centena de “tomahawks” …a marinha francesa não
pode se dar a esse luxo, ainda mais com o CDG atuando.
abs
Têm 32 silos e não16, sendo 16 e não 8 para os mísseis de cruzeiro.
O míssil é caríssimo, como o tomahank o é.
Depois as Fremm Francesas, têm também 8 mísseis exocet blq.3c, que para lá de poderem atacar navios de guerra, também podem ser lançados contra alvos terrestres, pois têm cerca de 200Km de alcance,
A US navy tem mais poder de fogo, ainda bem para eles, mas a França também se pode dar ao luxo de dizer, que é um dos pouquíssimos países do mundo, que têm fragatas e submarinos nucleares de ataque, com capacidade de lançar mísseis de cruzeiro sobre alvos em terra, a mais de 1400km de distância, no caso das fremm e a 1000km de distância, nos ssn Suffren, isto é ainda mais raro, se disserem que tudo isto material made in France, ainda com a possibilidade dos caças Franceses ajudarem com o míssil de cruzeiro Scalp er/Storm Shadow, que têm alcance de 500km.
Deixar essas fragatas apenas fazendo escolta contra ninguém também é desperdício… e não seria falta de profissionalismo se a Marine Nationale resolvesse utilizar ativamente esses navios em ataque terrestre, muito pelo contrário. Também não quis dizer que a missão seria colocada em segundo plano apenas para vender o armamento, seriam feitos ataques reais a posições duras do Estado Islâmico… se isso geraria ou não interesse de potenciais compradores, bem isso seria uma espécie de off-set resultante da demonstração de força. No mais as FREMM podem muito bem desenvolver as duas funções simultaneamente, caso fosse do interesse dos franceses, é claro. Como há duas FREMM na operação uma poderia ser configurada com Scalp outra com Aster, ou um mix em ambas , sendo que para remuniciar os navios não seria muito complicado para a França deslocar um navio de apoio no Mediterrâneo e convenhamos que não existe ameaça aérea nenhuma para a coalizão França/EUA nessa operação… o que existe são milhares de alvos a serem batidos em terra.
Topol…
há outros meios de se promover um armamento sem desperdiça-lo inutilmente
e/ou colocar a missão em segundo plano apenas para “vender” , acima de tudo
há o profissionalismo dos militares e a seriedade com que encaram a missão.
.
Você já deve saber, mas, fica o registro de que o Egito já encomendou algumas
dezenas do míssil para a Força Aérea e adquirir a versão naval para a única
FREMM que eles possuem não faria sentido.
.
Da mesma forma que a versão do exocet para submarinos nunca foi utilizada em
combate e mesmo assim clientes como o Brasil irão adquiri-lo para os novos
submarinos o “Scalp Naval” já é reconhecido pelo uso do “Storm Shadow” pelas
Forças Aéreas.
.
abs
Topol…
quando há NAes próximos e dependendo da situação como o ataque ao Estado Islâmico
não há necessidade de lançamento de mísseis de cruzeiro para ataques terrestres a partir
dos navios de escolta de NAes, afinal, as aeronaves embarcadas conseguem a mesma
coisa com bombas a um custo menor e até onde sei a escolta de NAes da US Navy não tem
lançado “Tomahawks” embora muito provavelmente vários silos a bordo os contenham até
porque os grandes combatentes da US Navy possuem dezenas de silos verticais a mais
quando comparado com uma FREMM.
.
No caso das fragatas francesas a disponibilidade de apenas 16 silos verticais as tornaria
menos eficientes na proteção dos NAes se todos ou mesmo parte dos já poucos
silos fossem ocupados pelo “scalp naval” ao invés do ” Aster 15 “.
.
Os russos utilizaram mísseis de cruzeiro para ataque terrestre apenas como uma
demonstração de nova capacidade adquirida pois não acrescentaram nada de novo
já que dezenas de aeronaves russas estão baseadas em território sírio e muito próximas
dos alvos.
.
A capacidade de lançar o “scalp naval” é significativa para uma “FREMM”, mas, não significa
que toda missão exigirá o emprego dos mesmos.
.
Ao menos é o que penso !
abs
Positivo Dalton
Mas tem o lado comercial da coisa também… ou seja, vai que o Egito se interessa em adquirir a arma… e mais ainda, vai que algum país que tenha a FREMM em seu programa de reaparelhamento fique mais propenso a comprar a mesma… esse aspecto também deve ser avaliado, é inegável que os países envolvidos fazem propaganda de suas armas para emplacar novas vendas.
A Aquitaine já realizou com sucesso lançamentos do MdCN / SCALP Naval em Maio do ano passado… caso ela e a Provence estejam com essas armas armas embarcadas será de grande valia uma participação ativa no ataque terrestre além da escolta dos dois porta aviões da OTAN no teatro de operações