Existem cinco tendências por trás do desenvolvimento dos tanques modernos, um armamento geralmente visto como desatualizado e facilmente ultrapassado por aeronaves e mísseis de novas gerações.
Na verdade, os tanques voltam a estar na moda. Isso poderia não ser tão evidente há um ano atrás, quando milícias do Donbass chegaram a perseguir um antiquado tanque ucraniano com um carro Lada Niva. Mas agora que ambas as partes têm novos tanques, criar zonas livre deles já não é fácil.
1. O Armata
A entrada do tanque T-14 Armata na arena mundial foi um acontecimento marcante que mudou as regras do jogo. Pela primeira vez em décadas, uma potência militar criou um tanque novo não baseado em projetos anteriores.
Se a Rússia é capaz de produzir 2.300 unidades sem cortes orçamentários, esta é razão suficiente para outras potências pensarem em começar desenvolvimentos semelhantes. Especialmente tendo em conta que o tanque é exportado para outros países, opina o analista tcheco Kukas Visingr, na publicação Echo24.
2. Fechando a brecha dos mísseis
Os desenvolvimentos da tecnologia de mísseis avançaram ao ponto de serem criados sistemas de lançamento de mísseis portáteis tipo FGM-148 Javelin. Estes sistemas permitem atingir o topo dos tanques, que é tradicionalmente o lugar mais vulnerável deles. Mesmo assim, o custo destes sistemas e a sua disponibilidade fazem cada vez mais difícil usá-los em tais condições como a guerra urbana.
3. A solução israelense
Os tanques israelenses, usados ativamente na guerra urbana, intercetam mísseis e protegem contra explosivos improvisados.
Israel é também o primeiro país a desenvolver veículos blindados de transporte de pessoal e veículos de combate de infantaria, com os quais o Armata também beneficiou.
4.Onde os tanques ainda dominam
No leste da Ásia, o desenvolvimento de tanques realmente nunca parou depois dos anos 1980. Em 2014, a Coreia do Sul lançou o K2 Black Panther, o tanque mais caro no mundo. Com uma torre operada pela tripulação, é consideravelmente mais avançado do que o tanque K1, baseado no norte-americano M1 Abrams.
O Japão também introduziu recentemente um tanque novo, o Type 10 e a Coreia do Norte continua desenvolvendo o Pokpung-ho, inspirado no russo T-90. Mesmo a China, que está focada no desenvolvimento do seu poderio naval, não está muito longe de lançar seus tanques Type 96 e Type 99 atualizados.
5. A geração modernizada
Muitos tanques em diversos países tornam-se desatualizados, não só porque são antigos (o M1 Abrams é produzido desde 1980), mas porque a sua competição no campo de batalha potencial até agora só aconteceu com tanques da mesma idade.
A Alemanha e a França já começaram a desenvolver novos tanques, como o Leopard 3, em 2015. O Reino Unido não ainda não tem planos de participar no desenvolvimento deste armamento, mas é possível que a escalada de tensões dos países ocidentais contra a Rússia o venha a forçar a fazê-lo.
FONTE: Sputniknews
Exercito sem tanques não é um exercito!
Para mim os tanques nunca serão obsoletos…
“Se a Russia é capaz de construir 2.300 Armata, sem cortes”, bom pelo que me consta isso é um plano, e até agora a situação do Armata, é pura especulação, não foi testado em combate, não existem maiores detalhes técnicos, então é um protótico, nada mais.
Pode ser interessante??, sim, mas primeiro precisa provar.
Os CC, acredito eu, terão um grande “inimigo”, na figura do helicóptero, armado com misseis, cada vez mais letais e com a vantagem da manobralidade e alcance.
Os conflitos para a utilização dos CC, se tornam cada vez mais restritivos, então no futuro o conceito deva ser reavaliado.
Podem escrever o que quiserem sobre veiculos blindados, tanto faz a marca ou procedencia…mas eu nao gostaria de estar dentro de um deles numa batalha…….simples assim. Sds
Sistemas de defesa ativa e novos desenvolvimentos em blindagens logo tornam o MBT uma máquina capaz de adentrar a nova era dos mísseis.
Ao mesmo tempo, os mísseis estão longe de cair de moda. Tipos com ogivas em tandem são capazes de varar a maior parte das couraças hoje em serviço. Projéteis de energia cinética também dão sua contribuição.
A diferença é que o custo para se destruir um carro de combate tende a aumentar, posto o incremento na proteção dos mesmos teoricamente exigir mais armas para transpassar essas defesas. Isto é, o que era feito por apenas um míssil ou projétil, talvez exija mais que um…
Mísseis podem aumentar de preço, mas não estão ficando tão mais caros… Pelo que já li, 450000 dólares seria um preço médio para um sistema como o Kornet ou Spike ( lançador + 5 misseis ). Já os MBTs, por outro lado, esses sim estão se tornando cada vez mais caros, ultrapassando fácil a marca dos US$ 5 milhões…
Enfim, o que eu acredito é que se deverá apelar para custo benefício. E no meu entender, o custo crescente de novos MBTs praticamente obriga ao “recondicionamento” de MBTs mais antigos, dotando-os de nova proteção e armas mais precisas e letais. Logo, adaptações como o Peteh israelense se tornam muito atrativas…
Falando especificamente do País, os Leo1 poderiam passar por um retrofit, que poderia incluir a troca do seu canhão ( pelo Rheinmetall L/44, por exemplo ), adoção de blindagem ERA e/ou de proteção ativa ( Trophy?); enfim, uma derivação mais “parruda” do proposto para o Leopard 1A6. E os M60 poderiam, a exemplo do Peteh, serem convertidos em caça tanques.
RR
Seria uma boa opção incrementar a capacidade de lançamento de mísseis ATGM nos antigos blindados assim como Israel implementou em seus Pereh, inclusive o Pereh (adaptação do Magach) é um modelo que foi construído baseado no chassis do M-60 que o Brasil ainda opera portanto é sim possível…
Porém para que isso se tornasse possível os israelenses tiveram que substituir o canhão de 105mm do Magach por um 170mm capaz de dispara os mísseis Spike de 170mm além de criar um engenhoso mecanismo de recarga e acondicionamento para comportar e recarregar as 12 salvas do Spike que o Pereh leva a bordo…
Eu acredito que essa opção não foi bem para reaproveitar os tanques velhos e sim para servir de cobaia para novos projetos de “caça tanques modernos” que eles venham a criar e para testar e patentear tanto o mecanismo de recarga quanto o de lançamento dos mísseis…
Para nós só seria interessante se pudéssemos incorporar um lançador do MSS 1.2 que tem 127 mm de diâmetro… da mesma forma teria que trocar o canhão dos M-60 (105mm) ou mesmo dos Leo1 (105 mm) pór um de 127mm, criar um mecanismo parecido com o israelense… e pior ainda o míssil nacional nem tem ogiva HEAT ainda que dirá uma HEAT em tandem para que habilite o canhão que disparar esse míssil a ser chamado de “caça tanque”… ou seja são tantos “se” no meio do caminho, e conhecendo a mentalidade do povo que toma as decisões por aqui, já sabemos de antemão que isso nunca daria certo no brasil.
Infelizmente…
Olá Topol,
Creio que o amigo se confundiu. O Pereh teve a torre alargada e dotada de um lançador para os misseis, que é escamoteável e fica atrás. O canhão de 105mm foi mantido. Não dá pra colar os links das fotos que já vi, mas se o amigo tiver alguma dúvida, é só dar uma olhada na matéria do PB.
Tem esse vídeo que mostra claramente o lançador:
https://www.youtube.com/watch?v=P6NNy6vv6IY
O único míssil israelense que já vi que dispara pelo canhão é o Lahat, que pode se-lo tanto de peças de 105mm como de 120mm de alma lisa.
Creio que o MSS 1.2. não seria essencialmente a melhor opção, por causa do seu sistema bean rider, que obriga a uma linha de visão clara tanto para o lançador quando para quem aponta, expondo mais o veículo. Mas, na falta de coisa melhor, poderia ser ele mesmo…
Seria interessante desenvolver um dispositivo de lançamento para o MSS 1.2 na torre do CC que fosse similar a um cano de canhão; principalmente tipos mais antigos como os Buldog, cuja peça é virtualmente inservível pelos nossos dias, podendo ser eliminada. Isso poderia permitir incrementar a proteção da torre, eliminando penduricalhos nela…
Poxa, realmente fiz confusão… estava crente que o bendito lançava o míssil pelo canhão principal… agora entendi.
TKS RR !
De nada, Topol!
Saudações!
O canhão do Pereh é falso, não está operante, mas sua presença foi mantida para disfarçar o verdadeiro objetivo da viatura que é ser um lançador de mísseis.
Hermes,
Obrigado pela informação.
Saudações!
Realmente deve-se analisar o uso do CC num cenário moderno (assimétrico ou não) como hoje e amanhã.
O CC teve seu apogeu e creio que só será viável seu uso se disponível tecnologias embarcadas para sua sobrevivência num TO.
Hoje qualquer combate que podemos lembrar tem um CC (moderno e caro) danificado por um simples coquetel molotov e velhos RPGs…imaginem agora uma batalha onde os países envolvidos detém alta tecnologia e se utilizam de técnicas assimétricas para deter o inimigo.
Ao meu ver os tanques nunca serão aposentados dos cenários de guerra, pois eles garantem a presença sólida numa área recém invadida ou mesmo em processo de invasão.