Hoje, reverenciamos a memória de militares e civis que perderam suas vidas durante a Segunda Guerra e prestamos uma homenagem de respeito e reconhecimento a todos aqueles que enfrentaram o rigor do combate.
A resistência aliada ao nazi-fascismo configurou-se em uma luta global, para a qual o Brasil se orgulha de ter contribuído.
A declaração de guerra do Brasil ao Eixo e o envio da Força Expedicionária Brasileira e de aviadores da Força Aérea Brasileira para a Itália, em 1944, foram passos decisivos na História do Brasil.
Nosso país respondeu com soberania às repetidas agressões que vinha sofrendo das potências do Eixo e decidiu contribuir ativamente para o esforço de guerra aliado.
A Força Expedicionária Brasileira, FEB, composta por mais de 25 mil homens do Exército Brasileiro, teve um notável papel no triunfo das forças democráticas no continente europeu, que resistia a regimes autoritários em vários países.
A Força Aérea Brasileira também participou do esforço, que foi, inclusive, seminal para sua própria criação e consolidação no Brasil. O 1º Grupo de Aviação de Caça teve atuações históricas, como as sortidas do dia 22 de abril, e eternizou sua bravura no lema “Senta a Pua, Brasil!”.
A Marinha do Brasil capitaneou o enorme esforço logístico de levar as tropas da FEB para a Itália, e sofreu o maior número de baixas de nosso País na guerra, no contexto da Batalha do Atlântico.
Vários desses heróis, que tombaram em defesa da paz, da democracia, da vida e da liberdade, estão simbólica e materialmente enterrados no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, de onde glorificamos seus feitos e prestamos, a cada ano, uma justa e emocionada homenagem à sua memória.
Os brasileiros enfrentaram os mais diversos obstáculos no teatro de operações italiano, mas sua participação no conflito consagrou-se pelo profissionalismo e pela competência, reconhecidos pelos países aliados; e pela empatia e conduta louvável junto à população local.
O Brasil consolida, ao longo de sua história, a tradição de país democrático e pacífico e continua a participar de esforços pela paz no exterior. Na atualidade, contribuímos de maneira consistente para o esforço multilateral de manutenção da paz ao redor do mundo, sob o guarda-chuva das Nações Unidas.
Nossos capacetes azuis, inspirados pelos exemplos de nossos heróis da Segunda Guerra Mundial, levam consigo a mesma empatia e o mesmo profissionalismo quando são empregados nos quatro cantos do mundo, em um esforço que ajuda a construir a paz onde ela é mais necessária.
Muitas vezes, isso implica elevados custos e sacrifícios pessoais, incluindo-se o maior de todos – a doação da própria vida! – lema sempre presente, até os dias de hoje, no juramento de incorporação às Forças Armadas brasileiras.
A Segunda Guerra Mundial uniu distintas nações em torno de uma nobre causa comum, defendida pelos aliados: o restabelecimento da paz, da liberdade e da democracia sobre a tirania e a intolerância.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a paz consagrou-se como valor universal, almejado em todos os cantos do globo e defendido pelas Nações Unidas, que foi criada também há 72 anos.
Os recentes acontecimentos na conjuntura internacional nos apontam que esses e outros valores encontram-se ameaçados pelo recrudescimento de rivalidades, pelo escalonamento de conflitos, pelo rearmamento, pela fragilidade do regime de não proliferação nuclear e por demonstrações de força que inviabilizam a via do diálogo para a solução de controvérsias.
Minhas palavras hoje são, portanto, de reverência e respeito pelos brasileiros que lutaram durante a Segunda Guerra Mundial; e de apelo à paz, à tolerância, à democracia e ao diálogo.
Todos aqueles que lutaram na Segunda Guerra Mundial precisam permanecer vivos em nossas memórias. Que não os releguemos jamais ao esquecimento, pois a morte de seu exemplo seria a recorrência em um erro que não se pode repetir.
Reunimo-nos hoje não apenas para celebrar o Dia da Vitória e lembrar o passado, mas também para pensar o futuro que queremos construir, inclusive como forma de honrar a memória daqueles que deram suas vidas, sonhos e esperanças para que nós pudéssemos estar aqui hoje.
Estendo a todos os agraciados com a Medalha da Vitória as minhas congratulações e sinceros agradecimentos, por sua valiosa e profissional contribuição para a defesa de nossa Pátria, para as operações de paz, para a preservação da memória da Segunda Guerra Mundial e para a missão constitucional do Ministério da Defesa.
Jamais nos esqueçamos de que vale a pena lutar por nossos sonhos, pela democracia, pela liberdade e por um futuro melhor para nosso povo e para toda a humanidade.
Raul Jungmann
Ministro de Estado da Defesa
Esta data deveria ser muito comemorada no Brasil. É uma pena que a maioria de nossas escolas, hoje em dia, nos passa como uma coisa superficial. O Brasil participou SIM. A nosso grupo de aviação de caça/FAB foi criado a partir da 2GM. A nossa indústria siderúrgica (CSN) veia a partir dela. Muitos guerreiros brasileiros morreram pela lá, lutando pela nossa liberdade.
Fico triste, que uma história tão importante para o nosso país, os mais novos, pouco conhecem.
Entre outras coisas, na educação do nosso país, tem de voltar o sentido de PATRIOTISMO, e relembrar e respeitar os nosso feitos a as os bons brasileiros do passado, hoje em dia, nem cantam mais o hino nacional direito olhando a nossa bandeira brasileira.
Parabéns ao blog por relembrar esta importantíssima data e a participação da nossa gloriosa FEB.
De nada, Padilha! Abraço.
Pouco ou nada se fala da participação da marinha nesse conflito, relegando seu trabalho a um apoio logístico. Porque? Até o monitor Parnaíba foi retirado do rio para escolta oceânica. Perdemos um navio, Bahia, em um naufrágio durante um exercício e a marinha ainda teve que permanecer de prontidão com os submarinos nazistas caso algumas dessas embarcações não tivessem recebido o aviso de fim da guerra.
Já que é para honrar a memória daquela geração de soldados, que o façamos impedindo que as idéias socialistas de Hitler e fascistas de Mussolini não tenham lugar na política atual e futura, sem falar do islamismo. Não é porque aquela guerra acabou que outra geração de déspotas não apareça. Vemos um mundo mergulhado em doutrinação contra fronteiras, até o papa.
Sem querer ser chato, mas esse texto é do ano passado. Fala em 71 anos do final da guerra, mas em 2017 fazem 72 anos. E o texto é assinado por Aldo Rebelo, quando ministro da defesa, cargo ocupado hoje por Raul Jungmann.
Muito obrigado pela observação. Não sei o que houve, pois coloquei a atual e na hora de salvar foi errada. Já corrigida. Valeu Flanker!