“Ajuda à Amazônia tem que ser de acordo com nossos objetivos e com a nossa soberania”, disse ex-ministro na Live do Valor. O ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública Raul Jungmann afirmou hoje que a postura do candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, com relação à Amazônia “é cheia de boas intenções, mas é colonialista”. Biden propôs, em debate com o atual presidente Donald Trump, um fundo de US$ 20 bilhões para a Amazônia e ameaçou o Brasil com sanções devido ao desmatamento da floresta.
O ex-ministro ressaltou ainda que atualmente há a preocupação com tudo aquilo que tem teor global e lembrou que a liberação do carbono importa em todo o mundo, independentemente de onde ocorra. “O direito internacional caminha para a internacionalização de determinados temas, como o tema ambiental”, ponderou Jungmann, lembrando que a percepção existente hoje é que a preservação da Amazônia é fundamental para o mundo.
Para ele, o Brasil tem que defender sua soberania sobre a região e a melhor forma de fazer isso é apostar em um projeto nacional voltado para a bioeconomia, “que é o que nos falta”. Segundo Jungmann, o que falta no atual debate é o governo assumir meta de desmatamento. “Isso que vai reforçar [a imagem do país] no exterior, sobretudo a nossa soberania. Somos líderes na responsabilidade sobre Amazônia porque é o nosso país e a nossa soberania”, disse.
O ex-ministro também destacou que os militares têm que ficar mais concentrados em questões de defesa e não atuando como se fossem o “bombril da República”, sendo chamados atualmente em questões que fogem do escopo original das Forças Armadas, como segurança pública, transporte aéreo para a área de transplantes e outras.
FONTE: Valor / Youtube
Boas intenções?
O ex-ministro está correto em suas declarações.