Por Dilson Pimentel
Por terra, águas ou ar, as Forças Armadas têm papel fundamental e estratégico na proteção da Amazônia. E, para desempenhar essa missão, um dos principais obstáculos é a logística. As distâncias continentais da região são um capítulo à parte no combate às ações criminosas e, também, na realização de atividades sociais. Muitas vezes, a população não faz ideia do trabalho diário e contínuo que, no anonimato, realizam os militares da Força Aérea, do Exército e da Marinha.
As três corporações têm características específicas. Mas, para o bom desempenho e êxito das missões, atuam em conjunto entre si e, também, em parceria com demais instituições federais, estaduais e municipais. Pouca gente sabe, mas uma das tarefas da Força Aérea Brasileira é, por exemplo, fazer o transporte de órgãos humanos em casos de transplante.
Outro dado interessante é que a 23ª Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá, é uma das mais completas de todo o Exército brasileiro. É uma força de pronto-emprego para atuar em qualquer parte do território nacional, inclusive no exterior. Para 2022, a divisão já recebeu uma missão extra: deixar pronta uma companhia para ser empregada em operações de paz.
Na Marinha, para se ter noção do trabalho na região, a área terrestre sob responsabilidade do Comando do 4º Distrito Naval equivale a cerca de 23% de todo território nacional. Já a dimensão marítima, incluindo a área de responsabilidade de busca e salvamento, é de cerca de 2 milhões de km².
Os militares das Forças Armadas também tiveram um papel decisivo no enfrentamento à covid-19, sobretudo nos períodos mais críticos da doença na região. Na pandemia, por exemplo, o Exército realizou 2.419 desinfecções de diversas áreas e deu apoio à imunização, contribuindo com a logística para a aplicação de 380 mil vacinas.
Com a Operação Covid e na missão de integrar o país, a Força Aérea Brasileira realizou 6.225 horas de voo e transportou 5.018 toneladas de cargas e 11.710 pacientes. Tudo isso representou o equivalente a dar 107 voltas na terra.
FONTE: O Liberal