Por Tim Martin
BERLIN AIR SHOW — A decisão de última hora da França de proibir empresas israelenses de uma próxima exposição de defesa foi uma “surpresa desagradável”, de acordo com um executivo sênior da Israel Aerospace Industries, um dos primeiros a abordar publicamente a controversa medida do governo francês.
“Foi uma surpresa porque está associado à narrativa errada, que conta a história oposta da realidade”, disse Yehuda Lahav, vice-presidente executivo de marketing da IAI, ao Breaking Defense aqui. “No 7 de outubro, fomos as vítimas. Fomos atacados e massacrados por organizações terroristas e temos o direito de nos defender.”
Apesar do revés, Lahav estava convencido de que a não participação na Eurosatory não teria impacto nos negócios do IAI. “Foi uma surpresa, foi desagradável, não gosto disso, mas como uma empresa que tem uma escala tão grande de escolha com outras indústrias israelenses, temos 30 exposições em todo o mundo todos os anos, então uma exposição que não participaremos não fará nada para afetar o negócio.”
A IAI não tentará conversar mais com a França sobre o assunto. “Está fechado, vamos cancelar tudo”, explicou.
Quase 70 empresas israelenses, incluindo a IAI, estavam na lista de expositores da Eurosatory no dia em que a proibição foi imposta, em 31 de maio. Lahav disse que a IAI estava verificando se o seguro da empresa cobriria a perda de investimento no espaço da exposição, um empreendimento caro de metragem quadrada para empreiteiros de defesa de todo o mundo.
Lahav acrescentou que os clientes que esperavam falar com a empresa na Eurosatory os abordaram aqui no Berlin Air Show. Na semana passada, o governo francês disse que estava revogando os convites a empresas israelenses para a conferência bianual Eurosatory, uma das maiores exposições de defesa da Europa, que se realiza em Paris, por conta da conduta do governo israelita em Gaza.
O show está programado para acontecer de 17 a 21 de junho.“A pedido das autoridades francesas, as empresas israelenses não estarão presentes no Eurosatory”, disse o Ministério das Forças Armadas francês em um comunicado fornecido ao Breaking Defense em 31 de maio, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron pedia o fim das operações israelenses em Rafah.
O Ministério das Forças Armadas e os organizadores do Eurosatory não responderam às perguntas do Breaking Defense na semana passada sobre a potencial compensação para as empresas iisraelenses. O Breaking Defense solicitou comentários de várias outras empresas israelenses que estavam comprometidas com o Eurosatory, mas a maioria não respondeu ou se recusou a comentar.
A Rafael disse em comunicado que “não está participando da Eurosatory devido à decisão oficial tomada e vamos observar essa decisão”.
“Estamos envolvendo e apoiando nossa base global de clientes e nossos parceiros do setor, assim como fizemos nas últimas décadas”, disse a empresa. “A RAFAEL tem uma ampla gama de atividades de marketing e negócios, continuamos a participar de eventos, conferências e exposições para apoiar a defesa de nossos amigos e aliados”.
Enquanto isso, empresas israelenses como IAI e Rafael foram bem recebidas aqui no Berlin Air Show. O chanceler alemão Olaf Scholz visitou a conferência na quarta-feira e parou no estande da IAI, onde se encontrou com altos funcionários da IAI e um alto funcionário militar na diretoria de pesquisa de Israel.
“Estamos muito satisfeitos por ter recebido o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em nosso estande no ILA Berlin Air Show“, disse a IAI em sua página no Facebook, sob uma foto de Scholz apertando as mãos do presidente da IAI, Amir Peretz. O post disse que Peretz “observou que a cooperação com a Alemanha é corajosa e importante, em termos de segurança e política”.
Em novembro, a Alemanha finalizou um acordo com a IAI para o sistema de defesa aérea Arrow 3, um acordo multibilionário que a IAI diz ser o “maior acordo de defesa na história de Israel”.
Seth Frantzman e Lee Ferran, do Breaking Defense, contribuíram para este artigo.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Breaking Defense
Franceses sendo franceses… nenhuma surpresa. Perde a feira, não a indústria. Mas me lembrou aquele caso das lanchas nos anos 80, que Israel pagou e os franceses, super preocupados com o mundo, resolveram não entregar. Aí Israel foi lá e pegou na marra, de dentro do estaleiro francês. E o que a França fez?? Nada, só nos deixou mais uma boa história para rir deles…
A frança ( minúsculo mesmo) sempre salva pelos Estados Unidos e Inglaterra, prova mais uma vez que é uma…
Pois é, como agora essa questão na palestina aparece como politicamente correta, para aparecer para o eleitorado que está do lado dos mais “fracos” que na verdade atacaram civis contando já que Israel ia dar o troco e eles sensibilizariam a opinião pública dizendo que a população palestina estaria sendo destroçada e enquanto isso os terroristas se infiltrariam entre essa população pensando que o mundo reclamaria da política Israelense e eles sairiam de boa e ainda teriam a opinião pública mundial à favor. Macron agora que posar de bom moço e só faz m….
Se os lideres do ocidente fosse realmente honesto falaria a real, a questão é alem de Palestino!
França não esta nem ai para Palestino , se fosse realmente humanos não faria o que fizeram na Líbia na Síria Iraque e em, outros países da África.
Estão revoltadinhos com Israel e querem a aproveitar a atual conjuntura para ganhar as alguns trocados nas correncias com a Industrias de Israel , o mundo gira , e o ponteiro em um momento parara em Macron
Macron…
Esperavam o que de diferente?
Quem perde é a França.
Israel nao esquece.