Por Luiz Padilha
A HENSOLDT forneceu e equipou os dois principais produtos da Stella Tecnologia. Os drones Atobá e Albatroz estavam expostos na Barra da Tijuca-RJ, onde atualmente a Stella Tecnologia produz seus produtos.
ARGOS II HDT no Atobá
O Atobá, um sistema aéreo não tripulado tático (UAS), possui 11 metros de envergadura e 8 metros de comprimento, se encontrava equipado com o sistema eletro-ótico aerotransportado ARGOS II HDT e com o radar PrecISR. Com esses dois sistemas embarcados, o Atobá passa a ter grande capacidade de vigilância conjugada com sua autonomia de aproximadamente 24 horas, algo que eleva a Stella Tecnologia para o mesmo nível de grandes fabricantes, e um grande passo para a indústria nacional.
O sistema eletro-ótico ARGOS II HDT foi concebido para inteligência, vigilância, seleção de alvos e reconhecimento. Instalado no Atobá, ele capacita o drone para realizar missões de Vigilância e Patrulha Marítima, Reconhecimento Militar, Busca e Salvamento através de suas características multi-espectral, zoom ótico contínuo para maior consciência situacional, câmera termográfica com zoom contínuo MWIR, câmeras HDTV-Zoom e Spotter com funções coloridas e NIR, além de GPS interno para funções GEO precisas.
Quando instalado em outras plataformas, pode ser utilizado de diferentes formas. O ARGOS II HDT instalado em um helicóptero de ataque armado fornece ao operador a capacidade de proteger a tropa em um campo de batalha e atacar posições inimigas utilizando sua mira automática em voo com o designador laser. Mas esses são apenas alguns exemplos dentre tantos, que um vetor equipado com o ARGOS II HDT pode se beneficiar.
ARGOS 8 no Abatroz
Já o Albatroz se encontrava equipado com o sistema eletro-ótico ARGOS 8. O Albatroz é um drone que a Stella Tecnologia desenvolveu visando operações embarcadas em navio aeródromo, como o NAM Atlântico da Marinha do Brasil ou a partir de pistas não preparadas.
O Albatroz é menor que o Atobá, possuindo uma envergadura de 7 metros e 4 metros de comprimento. Possui a capacidade de ser equipado com o sistema ARGOS 8 e com uma versão em tamanho reduzido do radar PrecISR da HENSOLDT e operar por 25 horas com os dois sistemas.
Segundo o Sr. Gilberto Buffara, CEO e fundador da Stella Tecnologia, uma vez equipado com um dispositivo que o conecte com um satélite, a distância operacional a partir do navio é superior a 200Km, ou seja, superior aos 100Km do sistema ScanEagle utilizado atualmente pela Marinha do Brasil.
A Stella Tecnologia, após estudar as características do convôo do NAM Atlântico, desenvolveu o Albatroz com um trem de pouso com bequilha dupla e um dispositivo de parada para pouso a bordo. A bequilha dupla foi pensada para evitar que o mesmo, ao passar pelas buricas, venha a perder o controle, tanto na decolagem quanto no pouso a bordo.
*pontos de fixação côncavos espalhados pelo convôo e hangar, onde são fixadas as aeronaves.
O Argos 8 é estabilizado mecanicamente e está equipado com 3 sensores, que fornecem a capacidade de operação diurna e noturna para vigilância, bem como localização e designação de alcance de alvo usando o designador de laser semiativo.
Várias funções de software, como rastreador automático de vídeo com correlação e rastreamento de cena, são padrão. O INS integral fornece informações precisas de geolocalização dos alvos. O vídeo inclusivo de metadados compatível com STANAG pode ser facilmente integrado a outro software de mapeamento e comando e controle, ou usado com o pacote de software de missão e mapeamento opcional fornecido. A estabilização digital para as imagens de vídeo também está disponível no modo ISR.
Pós LAAD 2023
Para que o Albatroz possa realizar sua primeira decolagem e pouso a bordo do NAM Atlântico, muitos testes ainda deverão ser feitos para que a Marinha aprove o que possamos chamar de teste derradeiro, já que o Albatroz já voou e superou as expectativas quanto ao seu desempenho.
A aeronave fez um voo no Uruguai e precisou de apenas 95 metros de distância para decolar (o convôo do NAM Atlântico possui 203 metros de comprimento) e pousou com menos de 150 metros. O resultado indica que o Albatroz possui grande chance de vir a operar no Atlântico.
Mas vale lembrar que a cada voo de teste, modificações podem ser sugeridas para que o Albatroz seja considerado apto, sugestões essas que, certamente a Stella Tecnologia possui total competência para realizar em seu produto.
Clique para saber mais sobre os sistemas da HENSOLDT abaixo:
PrecISR 1000 – Cutting-edge radar technology for your airborne ISR mission (https://youtu.be/-fYsHHhqFpg)
ARGOS II HDT – Multi-Spectral Surveillance (ISR) and Targeting (ISTAR) (ARGOS-II | HENSOLDT)
ARGOS 8 – Compact airborne electro-optical device (ARGOS-8 | HENSOLDT South Africa)
Para saber mais sobre o Atobá, clique aqui!
E para saber mais do Albatroz, clique aqui!
Torço muito para a Stella Tecnologia , tem projetos que demonstram ser bons e uma empresa Privada que tem batalhado com os custos de seus projetos, imaginem o que essa empresa conseguiria fazer se tivesse apoio do MD ?
Albatroz..
Tecnologia nacional..
Queria.muito ver drones brasileiros…
Mas infelizmente as FAs não dão valor a projetos nacionais.
Haja visto que optou pelo drone americano, ao drone brasileiro tipo helicóptero…
Uma sugestão p a Stella estudar nos projetos futuros, seria fazer um drone com dimensões maiores, mas colocaria o compartimento de mísseis, torpedos, bombas, minas, sonoboias… na parte de cima do drone, num compartimento fechado, e durante o voo e próximo do local de “desova”, o drone viraria no seu eixo 180 graus e de “cabeça p baixo”, lançaria as suas “cargas”, e depois voltando a posição normal, desta forma aproveitando a aero dinâmica e equipamentos eletrônicos no dorso.
Abraço.
Na parte de eletrônica o drone já está qualificado…
Se criasse freios aero dinâmicos no dorso/corpo de cima da aeronave, e/ou freios aero dinâmicos nas asas na parte superior erguendo p cima no pouso, iria diminuir o deslocamento no pouso. O su27 é f15 os freios aero dinâmicos fica no dorso.
Poderiam fazer uma versão furtiva do drone, maior e mais larga, e colocando um míssil antinavio no compartimento interno, só q aí teria q aterrizar em terra, e seria plataforma lançadora de míssil ou torpedo p apoio as embarcações de combate…
Abraço.