Por Luan Santos
Projetos estratégicos do Exército Brasileiro estão sendo redimensionados por conta do ajuste fiscal realizado pelo governo federal. A informação foi passada, nesta segunda-feira, 24, pelo general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante do Exército, durante cerimônia em comemoração ao Dia do Soldado, celebrado nesta terça, 25.
O evento foi realizado no 19º Batalhão de Caçadores (19º BC), no Cabula. Na cerimônia, o governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto, entre outras autoridades civis e militares locais, foram homenageados pelo Exército com a Medalha do Pacificador, entregue pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner.
Um dos projetos citados pelo general é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que visa aprimorar o controle, de maneira integrada, das entradas e saídas do Brasil.
O outro é o projeto da viatura blindada Guarani, um tanque de guerra de seis rodas, que já teve a produção iniciada, mas pode não ser continuada.
“Essa redução do orçamento era inevitável em função dos ajustes na economia para retomar o crescimento. Nós fomos penalizados e sofremos mais nos grandes projetos estratégicos. Agora estamos negociando com as empresas para que essas ações não sejam interrompidos”, afirmou Villas Bôas.
Ele destacou a importância do trabalho nas fronteiras: “Estima-se que 80% da violência urbana seja decorrente do narcotráfico, direta ou indiretamente. O Sisfron visa coibir o tráfico de drogas e armas”.
Segundo o ministro Wagner, as Forças Armadas estão no “quartil menor” das áreas que sofreram cortes. “A gente teve que fazer um processo de desaceleração, mas o fundamental é que estão todos mantidos”, disse.
Wagner salientou que, com o Sisfron, o combate ao tráfico de drogas e de armas será melhorado. “Não é simples, temos 16 mil quilômetros de fronteira. A função direta dessa missão é da Polícia Federal, mas não podemos ficar alheios a essa necessidade de proteger nossa juventude contra as drogas”, frisou.
FONTE: A Tarde – BA
Cortar o orçamento do ministério da Defesa nas atuais circunstancias é um irresponsabilidade , um ato de lesa pátria!
Resumo…..SISFRON…daqui a uns 40 anos………………Guarani…..mais uns 20 anos………..nao eh atribuicao das forcas armadas combater trafico de drogas ou qualquer outro tipo de contrabando………a coisa toda comeca pelo fortalecimento da Policia Fderal…eh a esta q cabe coibir e controlar as fronteiras……..infelizmente, se a PF nao abrir os olhos, corre o serio risco de ser aparelhada……..ta por um fio.
Com a devida vênia, mas eu acho que o general Villas Bôas está sendo até um tanto quanto moderado na sua forma de dimensionar o poder, a atuação e o alcance do tráfico naquelas regiões do país. Numa apreciação mais holística percebe-se nitidamente que não é só a violência urbana que cresce assustadoramente naqueles locais, mas sim toda sorte de crimes decorrentes dessa praga que é o narcotráfico.
A lavagem do dinheiro das drogas é empregado na aquisição de fazendas, criação e ampliação de atividades comerciais nos mais diversos segmentos (boates, depósitos de gás, mercadinhos, prostituição, empresas de transportes, etc, etc), gerando empregos lícitos e políticos a serviço de organizações criminosas. Essa é uma forma de violência camuflada que existe e muitos não percebem, e, caso a percebam, se locupletam da omissão ou leniência do Estado brasileiro que em razão da desatenção política e da falta de alocação de recursos humanos e meios acaba sendo ineficaz ou ineficiente, contribuindo indubitavelmente para que não se reverta essa situação.