Por Alexandre Gonzaga
Militares dos nove países, integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), participam do Exercício Felino, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ). A Força Tarefa Conjunta e Combinada é composta por representantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira, bem como de militares oriundos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O objetivo do Exercício Felino, coordenado pelo Ministério da Defesa (MD), é incrementar a interoperabilidade das Forças Armadas dos Estados-Membros da CPLP e treinar o emprego em operações de apoio à paz e de ajuda humanitária, sob o amparo da Organização das Nações Unidas (ONU).
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do MD, almirante Ademir Sobrinho, ressalta que o Exercício Felino busca uma maior integração com os países de língua portuguesa. “Procuramos repassar nossa experiência na parte de planejamento, principalmente, em operações de paz e ajuda humanitária, além de mostrar nossas capacidades e nossos produtos de defesa”, afirmou o almirante. Ele também lembrou que as operações combinadas são uma oportunidade para adquirir conhecimento, além de facilitar o relacionamento entre os oficiais brasileiros e estrangeiros, em futuras missões de paz, por exemplo.
Ontem (18) pela manhã, dia da abertura do Exercício Felino 2017, os militares participaram de uma formatura geral e o hasteamento das bandeiras e o tradicional desfile dos cadetes da AMAN. O Exercício Felino ocorre até o dia 29 de setembro, com várias atividades de simulação de operações.
O oficial superior do Exercício e subchefe de Operações do MD, brigadeiro Hudson Costa Potiguara, e o oficial condutor, general José Eduardo Pereira, deram boas vindas aos militares brasileiros e das nações amigas.
Para este Exercício, o Exército designou a 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha) para dirigir a execução do ciclo de 2017, com a participação de cerca de mil militares, integrantes de diversas organizações militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, e dos países de língua portuguesa.
Ainda estiveram presentes na solenidade de abertura , o chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Aeroespaciais, brigadeiro Ricardo Cesar Mangrich, o comandante da AMAN, general Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, o comandante da Divisão Anfíbia, almirante Jonatas Magalhães Porto, e o diretor do Exercício e comandante da 4ª Brigada de Infantaria Leve, general Carlos André Alcântara Leite.
Exercício Felino
Cada Exercício funciona num ciclo que dura dois anos, utilizando o mesmo cenário fictício que simula situações-problema. O primeiro ciclo é realizado no formato “carta”, no qual se planeja e executa uma operação por meio de rede de computadores, como um jogo de guerra. Essa fase foi realizada no ano passado, em Cabo Verde. O segundo exercício é realizado no ano seguinte, no terreno e com a ação de tropas. Esta é a modalidade realizada, em 2017, no Brasil.
Os treinamentos da série Felino iniciaram-se no ano 2000 e são uma oportunidade de promoção da cooperação, amizade e união entre as nações. A cada biênio são colocados países diferentes para sediar o evento.
O Exercício foi batizado com o nome de Felino em razão deste mamífero selvagem estar presente nos continentes americano e africano.
FONTE: MD