A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) foi criada em 2004 para conter a deflagração de uma guerra civil e esteve sob o comando de militares brasileiros por 13 anos, alcançando, com sucesso, níveis de segurança adequados em diversas áreas do País, principalmente nos bairros mais violentos de Porto Príncipe, como Bel Air, Cité Militaire e Cité Soleil.
No entanto, no dia 12 de janeiro de 2010, às 16h53 do horário local (19h53 do horário de Brasília), ocorreu uma catástrofe natural que arruinou a frágil infraestrutura do Haiti em pleno dia de atividades da missão de estabilização. Um terremoto deixou um rastro de destruição com cerca de 230 mil mortos e mais de um milhão e quinhentos mil haitianos desabrigados.
O tremor causou danos em diversos edifícios, incluindo a sede da MINUSTAH, o que causou a morte de muitas pessoas que se encontravam em seu interior. Entre as vítimas, 18 militares do Exército Brasileiro, que faleceram no cumprimento da missão de manutenção da paz e estabilização do Haiti.
Com o justo reconhecimento, eles foram promovidos post mortem aos postos e graduações a seguir:
– General de Brigada Emilio Carlos Torres dos Santos;
– General de Brigada João Eliseu Souza Zanin;
– Coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros;
– Tenente-Coronel Francisco Adolfo Vianna Martins Filho;
– Tenente-Coronel Marcio Guimarães Martins;
– Capitão Bruno Ribeiro Mário;
– Segundo-Tenente Raniel Batista de Camargos;
– Primeiro-Sargento Davi Ramos de Lima;
– Primeiro-Sargento Leonardo de Castro Carvalho;
– Segundo-Sargento Rodrigo de Souza Lima;
– Terceiro-Sargento Ari Dirceu Fernandes Júnior;
– Terceiro-Sargento Washington Luiz de Souza Seraphim;
– Terceiro-Sargento Douglas Pedrotti Neckel;
– Terceiro-Sargento Antonio José Anacleto;
– Terceiro-Sargento Tiago Anaya Detimermani;
– Terceiro-Sargento Felipe Gonçalves Júlio;
– Terceiro-Sargento Rodrigo Augusto da Silva; e
– Terceiro-Sargento Kleber da Silva Santos.
Além das tarefas que o Brasil já desempenhava, passou a comandar, também, as tarefas de reconstrução e de assistência humanitária, realizando a distribuição de mais de três mil e quinhentas toneladas de mantimentos, procedimentos cirúrgicos para cerca de mil e novecentas pessoas e atendimento médico geral para outras 40 mil pessoas afetadas pelo desastre.
As tropas brasileiras deixaram definitivamente o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados.
Enfim, que a data não passe despercebida pela memória dos nossos 18 militares que, longe de seus lares, faleceram no cumprimento do dever.
NOTA do EDITOR: O DAN rende as homenagens aos nossos verdadeiros Heróis, que tombaram no cumprimento da missão. O mais profundo respeito aos nossos Soldados!
FOTO: 23º Continente Minustah / EB
A verdade é que a ONU não deveria ter se envolvido nesse caos que é o Haiti. Se tivessem deixado eles se resolverem por si só, hj o país provavelmente seria governando por um strongmen (o vitorioso da guerra civil) e o país seria uma nação estabilizada e trabalhando em prol de um objetivo comum de desenvolvimento. Essa palhaçada de “sistema democrático” só funciona em meia dúzia de países no mundo, porque no resto somente se evolui por regimes de exceção, isso inclui a América alatina e especialmente o Haiti
Estes são verdadeiros heróis brasileiros! No exercício de suas funções de ajudar ao próximo vieram a falecer de maneira totalmente inesperada por um evento natural sem precedentes. Espero que suas famílias sejam também amparadas.