A conquista de Monte Castelo, ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial, foi uma das mais árduas batalhas enfrentadas pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Campanha da Itália. O dia 21 de fevereiro de 1945 será sempre lembrado pelo admirável exemplo de bravura e sacrifício dos nossos pracinhas. Naquela gélida tarde do inverno europeu, teve sucesso a incursão rumo ao cume do Castelo. Sua conquista, um dos mais gloriosos feitos das Armas nacionais, marcou a história do Exército Brasileiro e contribuiu para acelerar a retirada das tropas alemãs do território italiano.
Os pontos fortes alemães, ocupados pela Infantaria, além de serem protegidos por uma rede de obstáculos e campos de minas, eram reforçados por guarnições de metralhadoras com excelentes campos de tiro. Todo esse sistema de defesa era apoiado por uma eficiente Artilharia de Campanha que contava com excelentes observatórios para a condução do tiro. Esse emprego judicioso dos meios, associado ao terreno, fazia com que esse conjunto defensivo de Monte Castelo fosse praticamente invencível.
As primeiras tentativas de tomada, realizadas em novembro e dezembro de 1944, foram frustradas, resultando em significativas baixas entre americanos e brasileiros. O inimigo tinha quase tudo a seu favor: o terreno, o rigoroso inverno, armas mais potentes e um exército experiente que esteve próximo de conquistar toda a Europa.
Após um meticuloso planejamento e intensa preparação da Artilharia, ao alvorecer de 21 de fevereiro de 1945, a FEB deu início ao ataque no contexto da Operação ENCORE. Após cerca de 12 horas de violentos combates, militares do 1º Regimento de Infantaria alcançaram o topo do monte, caracterizando a conquista do objetivo. Essa vitória representou não apenas um avanço tático significativo, mas também um marco na participação do Brasil na guerra.
A tomada de Monte Castelo traduz o esforço e o sacrifício dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial, consolidando o papel da FEB na libertação da Itália e na luta contra o nazifascismo.
Lembrar Monte Castelo é reverenciar nossos heróis!
É reverenciar o General Zenóbio da Costa, comandante da Infantaria Divisionária, que liderou a sua tropa nos momentos mais difíceis, particularmente nos meses iniciais da campanha no Vale do rio SERCHIO.
É reverenciar o Sargento Max Wolf Filho, um dos ícones da Força Expedicionária Brasileira, pelo seu heroísmo e espírito combativo!
É reverenciar o Soldado Sérgio Pereira, condecorado com a medalha Bronze Star por sua bravura excepcional: após a investida ao Castelo em 12 de dezembro de 1944, soube que o Comandante de sua Companhia, Capitão Bueno, fora gravemente ferido e estava caído no campo de batalha. Duas patrulhas haviam sido enviadas ao local para resgatá-lo, mas regressaram sem sucesso, sob intenso fogo de metralhadora. Sozinho e por iniciativa própria, o pracinha retornou ao local do combate, encontrou o oficial caído, colocou-o sobre os ombros e o trouxe de volta às linhas amigas. O Capitão ainda pediu que ele seguisse sozinho para ter mais chances de sobreviver, mas o soldado sequer cogitou essa possibilidade. A história do Soldado Pereira é um testemunho vivo da bravura e do valor do militar brasileiro.
Nobres Soldados de Caxias! É esse mesmo espírito e entusiasmo que nos inspiraram para fortalecer nossa coesão, buscando, cada vez mais, alcançar a excelência no cumprimento de nossa missão constitucional. Aos que lutaram em Monte Castelo, verdadeiros heróis brasileiros, prestamos, orgulhosos, nosso preito de gratidão pelo sacrifício na defesa da Democracia e da Liberdade.
A COBRA FUMOU! PRACINHAS ETERNOS!
OITENTA ANOS DAS VITÓRIAS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA: HERÓIS SEMPRE LEMBRADOS!