Na sexta-feira (16), no complexo industrial da IVECO em Sete Lagoas (MG), foi realizada a cerimônia de entrega do Veículo Blindado de Transporte de Pessoal (VBTP-MR) Guarani de número 300 ao Exército Brasileiro. A viatura foi desenvolvida em parceria com as Forças Armadas para substituir os blindados Urutu e Cascavel.
“Nós chegamos a um ponto importante, a entrega do carro de número trezentos ao Exército, que mostra a solidez e a perenidade da parceria que temos com a IVECO nesse nosso programa estratégico Guarani”, ressaltou o chefe do Escritório de Projetos Estratégicos do Exército, general Guido Amin Neves durante o evento.
O VBTP-MR Guarani é resultado da modernização da frota do Exército Brasileiro, que mantém a propriedade intelectual do blindado. A viatura tem capacidade para transportar até 11 pessoas, pesa 18 toneladas, possui tração 6X6, e pode chegar a 110 quilômetros por hora e tem função anfíbia. Apresenta uma série de inovações tecnológicas, como sistema automático de detecção e extinção de incêndio, baixas assinaturas térmica e radar (o que dificulta sua localização pelos inimigos). Ainda pode operar em fronteiras e missões de pacificação.
A continuação do projeto estratégico Guarani prevê a obtenção da plataforma 6×6, semelhantes à entregue, num quantitativo de 60 viaturas-ano, que corresponde ao contrato com a IVECO até o total previsto de 1.580 viaturas. “Dentre essas viaturas, nós temos diversas versõe. Nós estamos pegando essa que é para o transporte de tropa e temos outras, que são as de Comando e Controle, de Comunicações, Porta-Morteiro e diversas que completam o sistema Brigada, módulo operacional adotado pelo Exército, que tem condições de combater com seus próprios meios”, explicou o general Edson Henrique Ramires, atual gerente do projeto pelo Exército.
A parceria com a empresa começou em 2007 e foi consolidada em 2013 com a inauguração da primeira fábrica de Veículos de Defesa da IVECO fora da Europa. Além disso, a empresa será a fornecedora da nova Viatura Blindada Multitarefa (VBMT-LR) LMV. A montagem desse veículo, assim como a produção do Guarani, será feita em Minas Gerais.
A cerimônia de entrega contou com a presença do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira; do chefe do Estado Maior do Exército Brasileiro, general Fernando Azevedo e Silva; do comandante Logístico do Exército, general Theophilo Gaspar de Oliveira Neto; do presidente da CNH Industrial para América Latina, Vilmar Fistarol; do embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini e do diretor da Iveco Veículos de Defesa, Humberto Spinetti.
A iniciativa fomenta a Base Industrial de Defesa (BID) nacional, medida recomendada pela Estratégia Nacional de Defesa (END), ao gerar empregos, capacitação, inovação tecnológica e proporcionar o emprego dual dos materiais desenvolvidos em parceria com as Forças Armadas.
FONTE: MD
FOTO: EB
Além dos 300, outros 50 e poucos já estão quase prontos para entrega este ano, parabéns ao EB, com 80% de nacionalização, estamos retomando nossa indústria de blindados sobre rodas, que venha a versão de reconhecimento de 105mm no futuro,
Não me atrevo a apontar tecnicismo, tecnicidades ou seja lá o que o pessoal com formação e competências faz aqui no DAN com os dois pés nas costas.
Li o debate e procurei os motivos. Encontrei a nota do EB. Logística, manutenções, motivos técnicos estão no final. Orçamento e quem vem na frente. O quanto poderia estar em último, mas a vida no Brasil caminha diferente do resto do mundo.
O quem poderia estar em penúltimo. Mas não está.
Na escola aprendemos o que, como, quando, quem e quanto. Na vida real não é assim. O orçamento vem na frente. As Armas sofrem com falta de meios e avaliam que é melhor fazer do que planejar.
O MANSUP citado em posts no DAN é exemplo. A Odebrechet não entregou. 12 anos para desenvolver um míssil e seguimos testando até talvez 2020, 2021, 2022…
Temos um grave problema de propriedade industrial/intelectual nesse país. Produzimos uma quantidade reduzidíssima de patentes. Como o EB detém a propriedade do 6×6 basta encontrar quem faça pela grana do orçamento. A Iveco faz.
Entendo que um olhar técnico mais adiante poderia sugerir o 8×8. Não dá pra esperar, foi o que conclui lendo a nota do EB. Esse país é enorme. Os vizinhos principalmente os lá de cima não são confiáveis.
Parece que as Tamandaré seguirão o mesmo caminho.
Tomcat3.7 Me perdões, como estávamos debatendo em outro espaço o mesmo assunto e você tameém participando, achei que se referia a mim. Peço desculpas.
Tranquilo irmão!!! Deus abençoe a nossa semana que se inicia e a de todos!!!
Esteves,não há dúvidas quanto a questão custo de manutenção no concerne a opção do EB por um 6×6 em detrimento do 8×8, o que se debate e que talvez até por questões de padronização, na opção do EB prosseguir com o o projeto da VBR SR lá adiante isto faria diferença, mas….
Tomcat 3.7 quem começou desqualificando o debate foi você, lembra:
“Conforme palavras de um entendido”…..
Tchê, .sistemas uma vez, com todo o respeito que o Bardini merece, que é ele para afirmar tacitamente que a torre x, y ou z é viável na viatura???
É Eng militar, e técnico da área???
Não perguntei a ele, mas acho que não o impede de dar opnioes, mas daí para ser afirmações tácitas, e outra história.
Aprenda, nada neste mundo e plug and play, tudo vai implicar em adaptações, testes e homologações, somente após estas etapas se pode fazer afirmações.
Não estamos agregando nada à nosso conhecimento e nem ao debate ao insistirmos no pleito de quem começou o quê. Na frase sobre entendido é tal eu me referia a comentário do falecido Reginaldo Bachi e não ao Jardim o. Pôr estar digitando em smartphone não quis me alongar com explicações e tal. Mas agora o fiz ok!!! Que continuemos a nós encontrar Internet afora nos debates pois o acho um dos caras mais pés no chão(o q as vezes parece pessimismo mas q com tempo passamos a entender um pouco) no meio da turma das antigas,rs.
Sds
Bardini,testar, eu posso, testar o que eu, quiser, ser viável operacionalmente e outra história.
O efeito pêndulo provoca o desbalanceamento completo do veículo, prejudica tremendamente a estabilização do canhão para o tiro e provoca danos a suspensão.
Existem outros fatores. Gestão de Risco. Pode ser Totvs ou ERP. Ou um sistema desenvolvido pelo EB.
Não é segredo que a Fiat está à venda. Americanos recusaram. Chineses esnobaram. Indianos estudam. Qual o risco ou quais os riscos ou impactos de uma venda ou fusão dos italianos com venusianos? A Iveco também seria vendida? Nesse caso passaríamos a fazer negócios em qual idioma?
Um 8×8 finlandês, alemão, francês teria que ser importado. Como fica a logística disso? Um 8×8 da Iveco poderia ser produzido aqui, mas qual o tamanho da conta de um produto protegido? Se já tenho bases preparadas para realizar manutenções no 6×6 escolhido e tiro isso de letra, quanto custaria começar ou recomeçar com o 8×8?
Voltei ao assunto porque a Gestao de Risco me escapou e ela também foi um dos fatores que decidiram pelo produto. Pode parecer entendível, mas elaborar estudos estratégicos em planilhas enormes que ajudam a decidir a realização da despesa leva meses. Às vezes anos.
Como contraponto aos motivos técnicos apresentados pelos especialistas do DAN, fui buscar a nota do EB sobre a escolha do 6 X 6.
O EB construiu um cenário futuro pessimista de restrição orçamentária e de baixa recuperação econômica. Mesmo que o país melhore suas contas a vida das Armas vai continuar dura. O custeio de quase 75% ajuda a piorar.
Orçamento. Histórico do parceiro. Logística. Desenvolvimento tecnológico ou grau de atualização do produto. São os 4 itens publicados na nota do EB sobre a escolha do 6 X 6.
A nota do DAN também aborda a questão da propriedade intelectual/ industrial. Escolher outro significaria pagar pelo direito de produzir. Apesar da Iveco ser uma empresa italiana ela esta aqui e funciona como parceira. Claro que em um cenário de conflitos ficaríamos a pé tendo uma empresa estrangeira como fornecedora de mecânica.
A Toyota registrou a patente do parachoques da nova Hilux. Uma coisa é desafiar chineses que roubam todo o tipo de propriedade intelectual/industrial. Outra coisa é a vida no resto do mundo. A nova Hilux já vem com quase 4 mil patentes requeridas. Imagino que um veículo militar blindado deva ter uma quantidade parecida.
Então, perdão pelo discurso. Mas da mesma forma que as Tamandaré serão escolhidas pelo tamanho do cobertor o 6×6 também foi.
Grato pela leitura da exposição dos motivos técnicos. Procurei no YouTube e acredito que todos são complementares e bastante válidos.
Eita Brasil que avança de ré.
Tomca3.7, se tu não tens anda de bom, ou de argumentação técnica para agregar ao debate, procure não desclassificar qualquer debatedor que não compactue com as tuas idéias.
Segundo,o 8×8, é uma vtr mais estável, com maior capacidade de tração, com menor efeito pêndulo, com maior espaço crescimento e para agregar equipamentos de missão e combate, nem melhor, e nem pior que o Guarani, apenas diferente.
Ao contrário do que tu apregoa não é “só colocar o canhão de 90mm”, serão necessários reforços estruturais devido a ação cinética de recuo de cano e vibração do mesmo junto a estrutura do veículo, bem como , provavelmente será necessário um nova sistema de alimentação elétrica para o sistema de combate e ainda com alteração de passo de CG, talvez seja necessário a adoção de contra peso, bem como uma repntecialização do motor para melhorar a relação pesoxpotência.
Entendeu??
Te argumentei com uma explanação técnica, sem em momento algum de desclassificar. Não faça isto mais, e não faça afirmações tácitas daquilo que tu não conhece, não sabe e principalmente, leia mais do que escreva.
Juarez eu sempre procuro contribuir com aquilo que li principalmente vindo de pessoas capacitadas e diferente de sua atitude em relação ao meu comentário eu não ataques ninguém. Vc me desqualificou e pelo fato de saber q sou entusiasta, o q já mencionei inúmeras vezes, vc foi infeliz em suas palavras, o q não desmerece o seu conhecimento o qual adimiro pelos fóruns onde nós encontramos, mas aqui vc está sendo a verdadeira vítima de suas palavras e agressão pois vc não é dono da verdade. Falei do canhão de 90mm sobre o qual houve debate a tempos e se o Cascavel suporta um , por que o Guarani não suportaria tbm um modelo mais moderno. O Bardini exemplificou na moral sem dizer q não sei nada, q é melhor eu ler do q escrever. Eu aprendo com meus erros e espero q vc tbm. A humildade precede a honra, pense nisso!
Bardini, tu já viu o Centauro atirando em movimento , em área plana com o 120mm?
Vira um verdadeiro sino, efeito pêndulo enorme. Colocar um 90mm no Guarani vai ficar muito parecido.
Me parece que a solução mais “equilibrada” seria a manutenção do canhão de 30mm e adoção de uma lançador de ATGM, sem mexer em nada no veículo.
Juarez…
O em que influencia o tal “efeito pêndulo”?
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Já vi vídeo do Centauro 2 (armado com canhão 120mm de 45 calibres) atirando com o canhão virado para lateral, com o blindado posicionado sobre um rampa de algo entorno de 20º.
Balança?
Balança. Normal, pela patada que o canhão dá. E daí?
Vai “virar”?
Na precisão não influência.
Qual o problema?
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Então todos os veículos com canhão montado sobre uma suspensão semelhante, sofrem desse mesmo problema?
Ou isso só se aplica ao blindado italiano?
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Existe canhão 90mm montado em veículos 4×4, como o Commando…
No Guarani não seria nada de outro mundo.
Também não entendi a comparação com o Centauro…
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Até o que se divulgou, o VBR-MR 8×8 que projetavam tinha mais cara de Type 16 do que de Centauro…
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Procure vídeos do Type 16 atirando em movimento.
A respeito do Centauro, os Italianos estavam testando um canhão de 155mm e 39 calibres em um chassis do Centauro B1…
Cara… Dane-se o resto do mundo. O objetivo do projeto Guarani é bem básico: Transformar nossa Infantaria Motorizada em Infantaria Mecanizada e modernizar a Cavalaria Mecanizada.
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Pq se escolheu um 6×6???
Pq tem que ser um veículo bom e barato, para ser adquirido, mantido e operado na grande quantidade em que é necessário.
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Se o EB precisar de um 8×8, ele certamente terá um Guarani 8X8, já que o projeto permite esse desenvolvimento.
A maioria das forças armadas preferem o 8×8 só nós aqui vamos de 6×6 o EB não poderia abrir mão de uma certa quantidade de 6×6 para produzir a versão 8×8 não é melhor a qualidade do que a quantidade.
Conforme alavras de um entendido na área;
Se 8×8 é tão melhor então façamos um 10×10.
O 6×6 com canhão de 90mm não deixa nada a dever pro 8×8 com canhão de 105mm. E o 6×6 é tão ruim que há vários modelos diferentes mundo afora na atualidade , projetos novos como o da França.
O Guarani é um ótimo e atual projeto feito conforme o EB requisitou.
Uma coisa é a função de ser táxi de batalha, onde o 6×6 é excelente….
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Agora, o 6×6 com canhão 90 mm de Média Pressão fica devendo muito em desempenho, perante um 8×8 com canhão 105/120mm de Alta Pressão.
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O 8×8 com canhão 105/120 mm permite engajamentos mais precisos a 4km.
Com esse canhão, teríamos o poder de fogo de um MBT, aliado a mobilidade do 8×8, que pode se deslocar por nossas estradas a 100km/h. É um multiplicador de forças sem igual.
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Um canhão de 90 mm de Média Pressão, com munição APFSDS-T consegue penetrações na casa dos 150 mm a 2000 km. É um bom canhão para certas finalidades. Para o VBR-MR, não. Seria um “tiro no pé”, adotar esse canhão e não um de Alta Pressão.