Exército Brasileiro está em negociação com o Exército Italiano para a aquisição de 16 viaturas blindadas da IVECO Vtr Bld 4X4 “LINCE”. Conforme exibiu a GloboNews neste sábado (11), o investimento vai ser custeado pelo Gabinete de Intervenção Federal (GIF), no Rio de Janeiro.
Para comprar os veículos, o GIF irá desembolsar R$ 18 milhões, parte do montante de R$ 1,2 bilhão que recebeu do governo federal, em março deste ano. Além dos blindados, o pacote inclui cursos operacionais e de manutenção, peças de reposição e custos de transporte até o Brasil.
A previsão do Exército é que esses veículos cheguem ao País em outubro, praticamente menos de dois meses antes do fim da intervenção no estado. Segundo o decreto presidencial, a intervenção no RJ irá até 31 de dezembro. Detalhe é que após o período, os blindados ficarão com as tropas do Exército, sob controle do Comando Militar do Leste.
Secretário geral da Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco questiona em que será útil para o Rio de Janeiro a compra dos veículos já que chegarão a pouco mais de dois meses do fim da intervenção.
“A princípio, o que se cogitava é que esse R$ 1,2 bilhão fossem destinados, de fato, à ação de segurança do Rio de Janeiro, como um legado”, declarou Castelo Branco.
Em levantamento recente, a Contas Abertas levantou que o GIF usou R$ 8,5 milhões da verba que recebeu da União, o que não dá nem 1% do total disponível. Entre as compras feitas, estão novas armas, como fuzis e pistolas, munição de diferentes calibres e veículos.
FONTE: G1
Podiam doar essas viaturas para a PM do RJ, com certeza iriam resolver metade dos problemas, essas viaturas da polícia que nem blindada são, uma covardia e falta de humanismo.. deviam ter 16 VTR dessas blindadas pra pmrj. O exército nunca vai usar isso, é gastar dinheiro com uma coisa que vai ficar inutilizada.. que vergonha.
Não foi o RJ o causador desta desgraça pública, mas sim nós os causadores, votando nestas pessoas(para não falar coisas de mais baixo calão). E que se a coisa está assim no RJ, imaginem nos outros estados da federação. A culpa maior é sim a nossa.
Carta remetida ao Sr. Gil Castelo Branco, do site “Contas Abertas”, citado na reportagem>>>>>>
Sr. Gil Castelo Branco! Cordiais Saudações.
De início, permita apresentar-lhe os nossos cumprimentos, pelo brilhante trabalho desenvolvido, em prol da transparência das contas públicas, um dos pilares da resiliência da cidadania.
Ocorre que tive ciência, através do prestigioso site “Defesa Aérea & Naval”, especialista em assuntos militares, de vossa crítica à aquisição de viaturas blindadas IVECO, por parte do Exército Brasileiro, com recursos da intervenção federal que ora ocorre no Rio de Janeiro, sob o argumento de que tais veículos serão recebidos no fim da operação e, obviamente, pouca serventia consequente.
Sr. Gil: entendo, respeitosamente, que o chamado “tempo restante” não é o argumento preponderante, que desqualifique a aludida obtenção. Essa aquisição tem a ver com algo muito mais profundo que se vincula à sobrevivência dos nossos soldados em ambiente altamente hostil. Se, num único dia de emprego, uma vida for salva, terá valido o investimento, até porque, como citado por um missivista do blog, os equipamentos serão incorporados ao inventário do EB e, decerto, retornarão às ruas do Rio.
Com certeza, V. Sa., pessoalmente, nunca teve a experiência de avançar em território no qual, a qualquer momento, um franco- atirador, favorecido pelo arranjo urbano local, poderia surgir “do nada” e alvejar, com armas de guerra, um soldado exposto.
Essa é a realidade enfrentada nas chamadas comunidades que herdaram o arruamento urbano da época colonial, quando os então “cariocas” usavam as vielas para escaparem da fúria dos piratas. Por oportuno, essa arquitetura urbana é tão eficiente que ela se mantém desde os burgos da idade média.
Sugiro que o Sr. e sua Diretoria vejam os filmetes postados nos canais do “You Tube”, que retratam as operações da PM, do EB e dos FN’s, nos espaços carentes da cidade. A experiência de doze anos no Haiti mostrou que as viaturas blindadas são imprescindíveis para o enfrentamento em riste.
Outro aspecto sensível deve ser comentado: diferentemente da cultura existente no meio político, queira ficar tranquilo que, institucionalmente, nas Forças Armadas, diante do termo estabelecido em lei, para o término das operações, não ocorrerá o fenômeno do “fim de feira”. Com certeza, nenhuma aquisição desnecessária será decidida, até porque o Alto Comando da Intervenção tem feito milagres com os mínimos recursos recebidos. Afinal, o Sr. tem pleno conhecimento do dispêndio em face do “quantitativo” veiculado pela midia…
Atenciosamente,
Vicente Roberto De Luca.
MDS, é cada comentário que eu leio aqui que dá vontade de vomitar. Ninguém abre uma linha de produção pra 16 veículos. E mais, esse veículos poderam ser distribuídos para as polícias, que por sinal não teem competência para fazer a manutenção dos seus próprios blindados, com essa compra o exército poderá desenvolver uma doutrina e se preparar para quando assinar um contrato maior com a Iveco para os LMV’s.
Pena que foram somente 16 unidades , pena os FN não comprarem algumas unidades também .
Essa intervenção federal de mentirinha, só serve para desmoralizar o EB, pois o mesmo esta de mãos atadas, capado,sem poder fazer um combate real e efetivo contra o crime organizado, agora vem com essa de comprar viaturas que talvez nem cheguem a tempo de participar desse desfile carnavalesco que é essa intervenção federal ! Talvez as veremos na Sapucaí !
Compra e oportunidade pena que são só 16 poderiam ser 32 para o EB e 16 para fuzileiros, lembro que a algum tempo se cogitou Brasil na República centro africana essas viaturas fariam toda a diferença num Teatro de operações como este, e como todas as viaturas ficaram no comando do Leste sempre seram utilizadas em intervenções e ou ações futuras no RJ ,e vale ressaltar que o EB dou PA Bope veículos e recuperou outros blindados antes da liberação desta verba vejo como uma retribuição que no futuro será utilizado pelo estado quando solicitado coisa que acontece sempre no RJ.
Agora o Estado está presente. Com polícia, balas achadas e tanques.
Guara atenderia muito bem o Exercito ainda promoveria a industria nacional.
Mais uma bola fora do alto comando, lamentável!!!!
se esses veiculos vão ser comprados com o dinheiro que foi destinado a segurança no rio de janeiro por que o EB vai fica com as viaturas ? acho que isso ta errado.
O que não faz sentido é utilizar verba federal para resolver problema de segurança do RJ. O RJ criou esse cenário caótico enquanto outros estadaos combatiam e combatem a criminalidade com recursos próprios.
O EB está empregando e desgastando as suas viaturas em proveito da intervenção. Os recursos demoram a ser empregados por causa das licitações e acordos comerciais. É mais que justo que o EB fique com esse material, até porque logo, logo voltará a ser empregado em ações semelhantes.
Pela primeira vez em anos vou criticar o EB, sempre ponderado e racional em suas compras. O Lince LMV é o melhor blindado em sua classe, e sua escolha entr os concorrentes foi a melhor. Noentanto, se utilizar da intervenção no Rio para sua aquisição é no mínimo oportunismo dos interventores. Um Marruá com blindagem IV já atenderia a missão no Rio com sobra. Não se pode utilizar da situação para try-out, testar lotes da Iveco. Por favor EB, vamos prezar pelo bom senso e não pela oportunidade. Se for o caso coloquem os Guaranis na área, e pronto. Assim, vocês colocarão medo nos eleitores…, pois o que queremos é um mínimo de conexão com a realidade do país. Perdeu pontos nessa ação EB.
MODERAÇÃO: Wolfack, favor não citar os nomes do candidatos nos comentários. Essa observação serve para todos.
Porque não fazer esses blindados aqui? Falta competência aos nossos fabricantes? Onde esses veículos são feitos, um dia também não tinham. Foram apoiados pelos clientes e passaram a ser “competentes”.
José,
Não é questão de serem ou não competentes. O problema é encomenda! Qual empresa vai investir em desenvolvimento e capacitação de mão de obra para vender meia dúzia ao Brasil?
Se não houver um ritmo de encomendas que justifique o investimento, a empresa está fadada a falir…
Putz! Então fica pelo desgaste acumulado das tantas outras vezes que o exércitoo já usou as suas viaturas no RJ. Aliás como muito provavelmente voltará a usar por tantas e tantas vezes. Esse pessoal do contas abertas até poderia ajudar mas para isso precisaria entender um tanto mais de gestão pública. Eles simplificam demais as coisas e acabam falando besteiras.