Por André Packer
A 11º Bateria de Artilharia Antiaérea foi transferida para Ponta Grossa, com 16 viaturas blindadas Gepard. Unidade está alojada dentro do 3º Regimento de Carros de Combate.
O Exército Brasileiro transferiu a 11º Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada, integrante da 11º Brigada de Infantaria Leve, de Itu (SP) para Ponta Grossa, onde a organização militar passa a fazer parte da 5º Brigada de Cavalaria Blindada. O grupo é formado por 16 viaturas blindadas, de origem alemã, Antiaéreo de 24mm Gepard M1A2, além de uma equipe de 16 militares que formam o núcleo da divisão que está sediada dentro do 3º Regimento de Carros de Combate, no bairro Contorno.
“A transferência aconteceu porque Ponta Grossa é um ponto estratégico e a bateria fica mais próxima da divisão que faz parte, a 5º Brigada de Cavalaria Blindada, em Curitiba”, explica o comandante da 11º Bateria de Artilharia Antiaérea, Major Fornasin. Dos 16 antiaéreos Gepard que formam a organização, 5 já estão em Ponta Grossa e os demais ainda estão sendo transferidos.
Cada Gepard é manuseado por um motorista e dois operadores. O veículo dispara 1.100 tiros por minuto, pesa 47,5 toneladas e conta com um radar que detecta aviões há 15 km de distância. O alcance das armas do Gepard chega há 5 km e o calibre dos tubos de disparo é de 35 mm.
O Exército Brasileiro comprou da Alemanha em 2013, por um valor de R$ 37 milhões de euros, 36 antiaéreos Gepard, cursos para manusear as máquinas, munição, oficinas, simuladores e suporte logísticos por 15 anos, segundo informações do comandante Fornasin. A partir de agosto, os 16 veículos devem estar em Ponta Grossa.
O capitão Lousada, da 11º Bateria de Artilharia Antiaérea, foi um dos brasileiros que permaneceu na Alemanha por três meses fazendo um curso para manusear o Gepard.
“Tivemos um curso com ex-militares alemães que já manusearam as máquinas por 20 anos”, explica o capitão Lousada, que agora repassa os ensinamentos sobre o manuseamento das máquina para os militares brasileiros.
O comandante Fornasin destacou que os Antiaéreos Gepard são armamentos para utilização exclusiva em situações de guerra.
POTENCIAL ANTIAÉREO
Brigada fará demonstração em MG. No mês de Agosto, integrantes da 11º Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada viajam para Formosa, no estado de Goiás. Os militares fazem uma demonstração do funcionamento dos antiaéreos Gepard para autoridades, como o Ministro da Defesa. O capitão Lousada deve ser um dos militares que vai para a cidade realizar a demonstração do potencial do antiaéreo. “Nós vamos atingir um alvo no ar, para demonstrar o armamento adquirido”, explica o capitão Lousada.
FONTE:Jornal da Manhã
Foi uma das melhores aquisições que tivemos nas forças armadas do ponto de vista custo-beneficio, para realidade da América do Sul o Gepard é fenomenal….claro que ele por si só não forma um sistema anti-aéreo completo para grandes áreas mas cumpre de maneira satisfatória
a função de proteger uma coluna de blindados por exemplo.
O Gepard não fez muito sucesso no Chile. Que eu saiba, a FACH o operava e o criticava muito.
Braulio
O Chile devolveu os quatro Gepards comprados da companhia belga SABIEX que chegaram a ser entregues de um total de 30 que seriam comprados pois aqueles sistemas não possuíam um sistema de direção de tiro digital e nem mesmo um telêmetro, pois eram ainda das primeiras versões do Gepard dos anos 70…
A FAMAE (Chile) tentou fazer uma modernização da viatura mas fracassou porque não tinha conhecimento do sistema… A KMW ofereceu apoio na empreitada mas a FAMAE jamais aceitou a oferta…
Os chilenos tentaram então que a Alemanha fornecesse os sistemas de treinamento, simuladores e peças sobressalentes o que também não foi aceito pela Bundeswehr que na época planejava operar esse blindado até 2025…
O cenário da venda para o Brasil é totalmente diferente pois são viaturas da Alemanha e mais modernas que as que o Chile testou… Foram negociadas depois que a Alemanha decidiu aposentar sua frota e portanto todas as peças sobressalentes, ferramentes especiais inclusive mais de 500.000 munições de 35mm foram negociadas estando inclusive disponível o simulador se caso o EB decidir pela sua aquisição.
Abraço
O texto deixa uma dúvida… no segundo parágrafo afirma que o Gepard M1A2 é uma arma de 24mm e logo abaixo afirma que é de 35mm… não sei de onde tiraram esse 24 mm aí…
E o Gepard continua sendo um excelente meio de proteção Anti Aérea para os RCCs em transito em coluna contra helicópteros…
Não deve ser usado para proteção de instalações físicas e fixas… Isso sim seria tolice
Também percebi esse erro grotesco , até onde sei ele opera munição em 30 mm , ai agora dizem que o cano tem 35 mm e a munição é 23 mm . Vai saber…..
Topol como sempre matando a pau. Parabéns pela explicação!!!
Precisamos e de mais unidades do tipo
Nossa, essas coisas me deixam triste, abater aviões com canhões hoje em dia é como acertar uma mosca com cuspe, precisamos de mísseis de médio e longo alcance; para curto alcance até pode ser um canhão como o Phalanx e outros congêneres, fora isso, é jogar dinheiro fora. Esses Gepards iam ser sucateados na Alemanha, nós recolhemos do lixo e agora fazem parte da defesa principal AAe do Brasil, inacreditável!
Mais ou menos Carlos. Também gostaria que nossa defesa antiaérea fosse mais moderna, mas o sistema do Gepard é novo e no teste em que ele foi submetido aqui no Brasil os manpeds russos e outro sistema antiaéreo não acertaram os alvos, mas o gepard sim!
Se serve de consolo, ja estivemos pior.
Deve ser dificil pra um piloto de um PUCARA ou de um SUPER TUCANO ou até mesmo um avião a jato tipo AMX , fazer mira nos tanques , com a BALA passando perto , além do mais tem Helicopteros de ataque que não poderão chegar perto ( tudo teoricamente é claro ) de uma divisão blindada.