Em resposta à emergência que afeta a cidade de Bahía Blanca, o Exército Argentino mobilizou diversos apoios como veículos 4×4 e barcos de assalto para resgate, locais de recepção e acomodação de evacuados, estações de purificação de água, entre outros. Um dos apoios é a capacidade da tropa de engenheiros em construir uma Ponte Tática.
A enchente afetou as pontes que ligam o sul e o norte da cidade através do canal Maldonado.
A Compañía de Ingenieros Mecanizada 10, com sede na cidade de Santa Rosa, La Pampa, foi implantada primeiro para instalar uma ponte tática substituta. O cruzamento da Avenida La Plata com Malvinas Argentinas foi determinado para permitir o tráfego de veículos próximo ao trajeto e assim facilitar o acesso à cidade. Esta ponte foi concluída em pouco mais de 24 horas.
O comandante militar responsável pelo apoio na zona de emergência, em coordenação com as autoridades municipais locais, ordenou a construção de uma segunda ponte. Para esta tarefa foi designado o Escuadrón de Ingenieros Blindado 1 com sede na cidade de Olavarría, província de Buenos Aires.
Neste caso, destacou-se um modelo de ponte de substituição Compact Mabey. Essa estrutura modular de 30 metros de comprimento, bitola útil de 4,10 metros e capacidade de carga de 30 toneladas, busca promover a conectividade.
A Ponte Bailey, antecessora do modelo atual, originalmente projetada durante a Segunda Guerra Mundial e aperfeiçoada ao longo das décadas, é amplamente reconhecida pela sua rapidez de instalação e pela sua eficácia na superação de obstáculos naturais ou artificiais. Seu design modular permite uma montagem ágil, tornando-o uma ferramenta essencial para situações de emergência.
Assim como a primeira, a segunda ponte foi construída seguindo os procedimentos que os engenheiros utilizam para situações de combate, sob a coordenação de um Chefe de Ponte que supervisionou todas as fases do processo. A localização e adequação do terreno são reconhecidas, os materiais são movimentados e a obra é iniciada. Há trabalhos ocasionais com máquinas, mas a montagem da ponte é feita basicamente pela mão e pelo braço dos soldados.
As tropas estão organizadas em grupos especializados dedicados ao transporte e posicionamento dos painéis, à instalação de travessas, à ligação estrutural das peças e à colocação da plataforma rolante.
A eficiência desta tarefa baseia-se na disciplina, organização e coordenação dos grupos de trabalho, por sua vez é uma tarefa que exige profissionalismo e concentração. Ao mesmo tempo, exige formação e, sobretudo, cultura de trabalho em equipe.
A prática de procedimentos padronizados para montagem da ponte durante os períodos de treinamento das tropas acaba sendo um fator decisivo na hora de montar uma ponte para apoio à comunidade em situação de emergência.
FONTE: Exército Argentino
COLABORAÇÃO: Marcelo Garay, colaborador do DAN na Argentina.