A Akaer Engenharia S.A venceu a licitação aberta pelo Exército Brasileiro para a modernização de um lote inicial de 9 unidades da viatura blindada de reconhecimento média sobre rodas EE-9 CASCAVEL. O resultado da concorrência foi publicado no Diário Oficial da União no início deste mês, em 4 de maio.
Essa conquista consagra o trabalho da Akaer, que há mais de 30 anos é reconhecida mundialmente pelo seu histórico no desenvolvimento de tecnologias de ponta dedicadas à defesa. “Trata-se de um projeto pioneiro com potencial de aplicação para toda a frota desse veículo em uso pelo nosso país, após a validação desse lote inicial a ser feita pelo Exército Brasileiro”, afirma o diretor comercial da Akaer, Aldo da Silva Junior.
O projeto consiste em um amplo pacote de modernização e adoção de novas tecnologias que envolve uma nova motorização e suspensão, fundamentais para incrementar as capacidades de locomoção do veículo nos mais variados tipos de terreno. Um sistema de ar-condicionado será implantado para melhorar o ambiente operacional da tripulação composta por motorista, atirador e comandante.
Em relação a consciência situacional, característica vital para as rápidas tomadas de decisões no campo de batalha, a Akaer irá substituir a atual torre mecânica do comandante por uma nova torre automatizada. Essa melhoria irá incrementar a velocidade de resposta aos comandos e precisão de operação.
Visando o aumento da efetividade operacional no emprego de armas, o programa inclui a substituição das miras ópticas, por um moderno sistema optrônico para busca e pontaria dos alvos e identificação de eventuais ameaças. Essa tecnologia permitirá a operação diurna e noturna e em condições atmosféricas degradadas.
Um moderno computador de tiro será responsável pela execução de todos os cálculos balísticos, proporcionando um aumento significativo na probabilidade de acerto de alvos.
O sistema eletrônico contará com um computador de comando e controle o qual irá analisar em tempo real todos os sensores espalhados pelo veículo para a leitura dos parâmetros ambientais que interferem na execução das missões.
O EE-9 Cascavel modernizado contará com a adição de um lançador de mísseis antitanque em sua torre principal introduzindo essa capacidade em veículos blindados de reconhecimento do Exército Brasileiro.
A conquista desse projeto foi ressaltada pelo CEO da Akaer, Cesar Silva. “A Akaer sente-se honrada em ter sido selecionada pelo Exército Brasileiro para o programa de modernização do EE-9 Cascavel. É uma clara demonstração de reconhecimento da capacidade da engenharia e da indústria nacional em apoio às necessidades das forças armadas no Brasil”, declarou o CEO.
Dinheiro e tempo colocado fora num veículo de 40 anos. Vão realizar todas essas mudanças e continuar usando um canhão dos anos 70/80 como arma principal. Esse dinheiro poderia ser utilizado para produzir uma versão de reconhecimento a partir do Guaraní. Bastaria colocar uma torre moderna com um canhão de 90 mm de alta pressão como a LCTS 90MP da John Cockerill já integrado a dezenas de veículos 6×6 como o Guarani. Não temos tanta pressa para isso. Poderíamos fazer um programa de médio prazo para entregas nos próximos 10 anos. Além disso seria mais um produto de defesa Made in Brazil completando a família de versões da plataforma Guarani… Estes veículos novos com mais a centena de Veículos Centauros pretendidos pelo EB nós colocaria em outro patamar operacional…. Já com os Cascavéis Restaurados devemos prever a compra de uma frota de Recuperadores e Guinchos para transportar essas peças de museu para os desfiles militares que será o máximo de operação para essas relíquias.
Modernizar para equipar unidades de reconhecimento e infantaria motorizada?
Equipar unidades como os batalhões de infantaria de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Curitiba, Quitaúna (para ficar só nesses exemplos)?
São todas em quartéis urbanos, maioria em bairros residenciais, afastados em muitos quilômetros de qualquer tipo de terreno para treinamento, com limitação total de atirar com canhões e lançadores, ou de progredir em formação em terrenos e rodovias.
Meio complicado isso…
Os quartéis podem ser em áreas urbanas, mas não necessariamente a área de atuação dos blindados seria em área urbana.
Além disso, o ideal é que o EB adquirisse um VBC Cav 8×8 em quantidades ideais para equipar todas as unidades. Mas isso não vai acontecer. Ao menos não tão cedo. Logo, a modernização se faz necessária.
Vai ficar top e merecida a modernização, veículo bom ,usado ainda em vários países (o q pode resultar em contratos estrangeiros de modernização). Guarani é VBTP(ficaria basicamente uma VBR se colocado nele a Torc-30 pois ela penetra no casco da viatura como se vê na sua instalação no Cascavel para testes ), transporte de pessoal e não VBR, reconhecimento como o Cascavel o qual vai ficar mais mortal e eficaz após sua modernização.
Vejo muita gente aqui meter a boca na modernização do Cascavel, mas poucos sabem dos custos na aquisição de uma plataforma estrangeira nova ou mesmo no desenvolvimento de um novo carro nacional.
Mesmo o modelo sendo antigo e desatualizado em certas características entendo que ainda é viável sim sua atualização, considerando o contexto em que nosso exército opera seus blindados e como ele pode contribuir para patrulhamento, treinamento e desenvolvimento de novas tecnologias para atender a modelos similares no exterior.
Vejo a necessidade de aquisição de um modelo 8×8 atualizado, armamentos mais pesados para o Guarani e inúmeros outros ativos, mas jogar no lixo mais de 200 veículos em condições reais de uso isso sim seria rasgar dinheiro.
Brasil, vamos parar de reformar, chega, 40 anos o vai pra Museu ou vende.
Gastos inaceitável, Brasil precisa de misses terra ar, mas drones esse e o caminho futuro.
Uma coisa se que não está sendo levada em consideração aqui no debate é a possibilidade de fazer esse mesmo tipo de retrofitting em mais de centenas de carros espalhados pelo mundo. Iremos ter uma corrida armamentista, isto é certo. Os custos para aquisição dos novos produtos serão altos por conta da escassez das matérias primas. Sendo bem feito o trabalho, vale a velha máxima “sobrevive quem atira primeiro”, vale para um carro novo ou um retrofitado.
No mais, em relação a blindagem existe dezenas de opções modulares disponíveis no mercado. Se for vontade do exército, é só buscar fornecedor e pagar. Simples assim.
Boa noite amigo Guilherme você sabe quantos blindados Cascavel serão modernizados?
Fábio,
Segundo a Diretriz de Implantação do Projeto de Modernização, serão 201 viaturas EE-9 Cascavel.
Abs,
Cascavel 100 padrão kkk
Se juntar todas as Tecnologia que o exército tem, dá pra sair um produto totalmente novo. Essa empresa que vai reformar o Cascavel tem condições. Dá pra aumentar o chassis e criar um 8X8., Tipo Box, Pátria, Centauro etc. Se juntar todas as Tecnologia, vai sair protótipo de mundial. Sou inventor e digo o brasileiro é inventivo. São os militares que não acreditam em si próprio. Faz 43 anos que a ENGESA fabricou vários projetos. Imagina hoje. Talvez eu acredito muito mais nos Engenheiros militares, civis cientistas e inventores do que os próprios militares. Tem que parar de mandar dinheiro pra fora do Brasil. Falam mal do Lula e Dilma e fazem a mesma coisa. Eles tem que repensar. Fé e honestidade.
Para deixar bem claro que o ponto de corte de avaliação do projeto era que a modernização custe no máximo 30% de um VBC novo….então, esta é a resposta do estudo de viabilidade e materialização do projeto.
O resultado ficará bom. A blindagem apesar de antiga, resiste ao 7,62 mm num mundo de 5,56mm de infantaria padrão….os demais calibres especializados, pegam tanto este quanto o Gurani, quer seja 20mm ou mais…o motor é comercial, giro da torre com assistencia eletrica, sensor IR e thermal….canhão 90 mm revitalizado que em ambiente urbano tem uma distancia de engajamento muito curta e assim mantem-se mortal….haverá misseis anti tanque tambem para priorizar a urgencia de engajamentos repentidos e emergenciais e em pé de igualdade então, desde que atire primeiro, não há motivos para acreditar que não funcione….
Um absurdo! Como dizia minha falecida avó: “Estão gastando vela boa com defunto ruim”.
Serão gastos R$ 13.651.578,03 por CADA protótipo (fora o valor unitário do lote piloto com previsão de entrega para 2027/28).
Modernizar o cascavel? Esse blindado tem 40 anos…que coiaa absurda.
Joga no lixo, pega o dinheiro e compra centauro 2 da Itália.
É querer tirar leite de pedra com a modernização de algo absolutamente arcaico.
A guerra da Ucrânia está aí para mostrar que quantidade não é qualidade e o uso de algo sem o emprego sistêmico de armas não tem valor.
O Brasil tem veículo armados com morteiros modernos de 120mm com munição do tipo excalibur?
Tem defesa antiaérea de curto alcance para proteger todos os blindados e instalações?
Não? Então use o dinheiro imediatamente para isso…
mais um frankenstein do exercito .
O conflito na Ucrânia também mostra que equipamentos antigos também causam danos quando bem usados.
E que as táticas e estratégias podem superar vantagens tecnológicas do inimigo.
Outra coisa, quantidade também é importante. A Ucrânia possui o 2o maior exército da Europa e isto está assegurando sua sobrevivência nesta guerra com a Rússia. Se fosse um exército pequeno de 20 mil homens com equipamentos todos novos, já teriam perdido há muito tempo.
Claro, que os equipamentos novos e mais modernos são melhores e devemos buscar isso, mas não temos dinheiro sobrando. O ideal seria aposentar todos os Cascaveis, substituindo-os 1 para 1 por um veículo novo e bem mais moderno. Mas se o dinheiro não é suficiente, acho interessante adquirirmos uma quantidade de VBC novos e para não ficar com um número bem menor de veículos, modernizar parte da frota de Cascavel.
Luis, seu comentário não tem relação com o meu, não identifiquei as suas palavras as respostas para a minha resposta. Não entendi nada do que falastes.
Modernizar um veículo velho em um exército que carece de muitas outras coisas e que deveria estar passando por uma reestruturação profunda é uma vergonha.
Essa modernização é uma vergonha e não tem conversa.
Basta manter os Cascavéis como estão por mais um tempo e partir para desenvolver uma versão de reconhecimento e escolta a partir do Guarani 6×6 com uma torre moderna do 90mm como a LCTS 90MP da John Cockerill. Seriam veículos novos para serem empregados pelos próximos 30 anos além de ser mais um produto de defesa Made in Brazil para completar a família de versões da plataforma Guarani. Já os Cascavéis Restaurados seria bons apenas para serem usados em desfiles.
Nem precisa “ir tão longe” comprando Centauro 2. Basta pegar o Guarani e dotar de lança-mísseis (ou canhão e lança-mísseis se o dinheiro permitir).
Mas não. Vão complicar ainda mais a logística e usar uma plataforma antiga, com blindagem fraca e sem proteção IED.
Parece má ideia, é preciso ter um blindado de base com energia suficente para colocar um anti míssil Trophy.
Da imagem a suspensão do Cascavel também não parece ter grande possibilidade de movimento.