No âmbito do Exercício Combinado Arandú 2023, realizado em Corrientes, ao longo do dia 2 de agosto, foi realizada uma nova etapa operacional com importantes desdobramentos nas proximidades de Monte Caseros, mais precisamente na Fazenda Cambaí dentro do Campo General Ávalos. Nas extensões deste terreno, as diferentes unidades de cavalaria, infantaria, aviação e engenheiros das Forças Combinadas do Exército Argentino e Brasileiro, que somam um total de 1.400 militares, realizaram manobras táticas no âmbito de uma simulação de ação ofensiva.
As atividades para a imprensa começaram com uma visita ao Hospital Militar Móvel do Exército Argentino, instalado na sede do Centro de Educação Operacional Monte Caseros. Este hospital modular tem dado apoio a quadros dedicados ao exercício, e dispõe de diferentes módulos específicos para o tratamento de diferentes incidentes de saúde. Logo após a visita e nas primeiras horas da manhã, integrantes do Regimento de Assalto Aéreo prepararam diferentes helicópteros argentinos e brasileiros para fazer parte do desdobramento, que seriam os vetores para a movimentação do pessoal do Regimento de Assalto Aéreo 601 e do 6 BIL Aeromóvel do Brasil.
Como mencionado anteriormente, a atividade durante o Exercício Combinado Arandú é constante. Ao mesmo tempo que os elementos de assalto aéreo se deslocavam do quartel, várias unidades no terreno continuaram as suas atividades de antecipação da atividade operacional e das manifestações previstas para aquela que seria a visita oficial de autoridades ministeriais e chefes militares. Para este último, foi realizado um ato breve no Posto de Comando do Exercício Arandú, onde foi feita uma apresentação geral à delegação. A ocasião também serviu para o ministro da Defesa, Jorge Taiana, fazer um discurso destacando a importância do exercício entre os dois países e o valor de continuar fortalecendo os laços fraternos.
Implantação no campo de veículos blindados e paraquedistas
Por volta do meio-dia, na área de El Plantero, começou o movimento de diferentes unidades táticas combinadas. Uma coluna blindada de cerca de 30 veículos blindados, incluindo VC TAM, VCTP e VBTP 6×6 Guarani desfilou pelo terreno do campo de treinamento escoltado por helicópteros UH-1H e HA-1 Esquilo. O avanço das diferentes seções blindadas do 1º Regimento de Cavalaria Blindada e do 4º Regimento de Infantaria, juntamente com os 5º e 8º Regimentos de Cavalaria Mecanizada do Exército Brasileiro, ocorreu em lotes cobrindo os flancos em diferentes formações. O objetivo desse movimento era um alvo há vários quilômetros daquele local onde começaram os ataques em formação com munições reais de 12,7mm para os Guarani e 105mm e 7,62mm coaxiais para os VC TAM.
Este movimento, por sua vez, foi coordenado com um importante destacamento de paraquedistas de ambas as nações na área do Cerrito, onde ocorreu o encontro das diferentes facções e a infantaria manobrou em direção ao objetivo de ataque. Essas atividades tiveram como centro uma nova participação das aeronaves C-130H Hércules da Força Aérea Argentina e C-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira, de onde realizaram lançamentos de paraquedistas da IV Brigada Aerotransportada e da Brigada de Infantaria Paraquedista.
Operações especiais: comandos argentinos e brasileiros
Após a etapa blindada, assalto aéreo e paraquedistas, na área de Limonal e na presença das autoridades da Argentina e do Brasil, unidades das tropas de operações especiais do Brasil e da Argentina que compunham a companhia de operações especiais, avançaram com infiltração anfíbia para uma área preparada para combate nas localidades. Lá, com o apoio de fogo de supressão pesada de metralhadoras e helicópteros de ataque, foi simulado um movimento de ação direta contra alvos simulados, bem como o resgate e exfiltração de uma pessoa de alto valor. As atividades incluíram explodir sistemas simulados de defesa aérea, abrir uma área para um Bell UH-1H e um ataque Esquilo entrar, ambos disparando metralhadoras.
Operação sobre rios
Uma das últimas etapas do dia decorreu na zona do rio Miriñay, onde o pessoal do 2º Batalhão de Engenheiros Blindados estabeleceu uma ponte para a passagem de viaturas blindadas e outros elementos de apoio. A travessia implicou a coordenação das diferentes colunas de cavalaria e infantaria mecanizada que anteriormente participavam nas operações ofensivas e que incluíam as viaturas com tripulações mistas.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Zona Militar
Bacana ver o Guarani ao lado do TAM .