Conferência do Forte de Copacabana reúne políticos, acadêmicos, militares, diplomatas e intelectuais do Brasil e da Europa
A geopolítica e os conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu, suas implicações para o resto da Europa e para o Brasil, e o papel da comunidade internacional diante desses desafios regionais são alguns dos assuntos a serem discutidos na XI Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, em 10 de outubro, no Rio de Janeiro.
Realizada pela Fundação Konrad Adenauer no Brasil (KAS) e pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), com o apoio da Delegação da União Europeia no Brasil, a conferência terá como tema principal este ano a “Governança Multilateral de Segurança”.
Estarão em pauta também a segurança cibernética e a importância do desenvolvimento para segurança sustentável e o seu papel na prevenção e gestão de crises.
A conferência será encerrada com o painel sobre as lições do período pós-Grande Guerra e do Congresso de Viena, que completam respectivamente 100 e 200 anos em 2014.
De acordo com Felix Dane, representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, a proposta da conferência é fomentar diálogos entre especialistas brasileiros e estrangeiros, de modo a promover um melhor entendimento da atual conjuntura e reflexão sobre possíveis soluções, como, por exemplo, para ameaças impulsionadas pelo avanço tecnológico.
“As recentes e contínuas revelações de violações de segurança e privacidade cibernética mostram a vulnerabilidade dos Estados e de seus líderes. Diversos países têm adotado medidas defensivas e protecionistas, enquanto mantém comportamentos tímidos na política internacional. Isso ocorre, ainda, em um contexto de enorme instabilidade que exige muito da comunidade internacional, sobretudo quando as principais potências têm diminuído o passo de seu protagonismo nas ações externas”, diz Felix Dane.
O evento reunirá políticos, acadêmicos, militares, diplomatas e intelectuais da América do Sul e da Europa. Entre os nomes confirmados estão:
General Menandro, chefe de assuntos estratégicos do Ministério da Defesa do Brasil;
Coronel Alan Costa, subchefe do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber);
Jean-Loup Samaan, pesquisador e professor da Faculdade de Defesa da OTAN;
Ana Paula Zacarias, embaixadora da Delegação da União Europeia no Brasil;
Dirk Brengelmann, embaixador da Alemanha no Brasil;
Roland Schäfer, diretor para América Latina do Serviço Europeu para Ação Externa (EEAS);
Jan Techau, diretor do Carnegie Europe;
Stella Ghervas, do Centro de Estudos Europeus da Universidade de Harvard;
Alfredo Valladão, da Universidade Science Po Paris;
Antonio Jorge Ramalho, diretor do Instituto Pandiá Calógeras do Ministério da Defesa e professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB);
Adriana Abdenur, professora do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio;
Eiiti Sato, professor e diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e,
Alexandre Moreli, professor de História das Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Sobre a Fundação Konrad Adenauer
Com origem na Alemanha, a Fundação Konrad Adenauer (KAS) leva o nome do cofundador do partido União Democrata Cristã da Alemanha (CDU) e primeiro chanceler alemão, que iniciou o processo de integração europeia. Com mais de 80 escritórios no mundo inteiro e projetos em mais de 120 países, a Fundação Konrad Adenauer tem como alvo a promoção da democracia, do estado de direito, da economia social de mercado, da paz e da liberdade.
Como um think tank, a KAS apoia continuamente o intercâmbio entre as culturas e as religiões e o diálogo sobre política externa e segurança internacional, com foco na unificação da Europa, no fortalecimento das relações transatlânticas e na cooperação mútua.
Presente no Brasil desde 1969, a Fundação Konrad Adenauer tem trabalhado em iniciativas próprias e em cooperação com parceiros locais, promovendo a troca de experiências e produção de conhecimento especializado sobre segurança, educação, política, economia social de mercado, meio ambiente, energia e relações entre o Brasil, a União Europeia e Alemanha.
Sobre o Cebri
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), sediado no Rio de Janeiro, é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), independente, multidisciplinar e apartidária, formada com o objetivo de promover estudos e debates sobre temas prioritários da política externa brasileira e das relações internacionais em geral. Criado em 1998 por um grupo de intelectuais, empresários, autoridades governamentais e acadêmicos, tornou-se rapidamente referência nacional na promoção de encontros de alto nível, conferências e seminários internacionais.
O Centro atua como um think tank de políticas públicas na área externa do país. Sua missão é criar um espaço para estudos e debates, onde a sociedade brasileira possa discutir temas relativos às relações internacionais e à política externa, com consequente influência no processo decisório governamental e na atuação brasileira em negociações internacionais.
O Cebri produz igualmente informação e conhecimento específico na área externa e propostas para a elaboração de políticas públicas. Linhas de pesquisa resultam em estudos, boletins, relatórios, newsletters e outros produtos específicos para instituições e empresas patrocinadoras.
XI Conferência do Forte de Copacabana
Data: 10 de outubro de 2014
Horário: 9h30 às 19h
Hotel Windsor Atlântica: Av. Atlântica, 1.020, Leme, Rio de Janeiro