Por Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) – Empresas norte-americanas ansiosas para explorar o crescente mercado de lançamentos de satélites de baixo custo podem se tornar as primeiras clientes quando o centro espacial brasileiro de Alcântara, no Maranhão, abrir uma base de lançamento espacial comercial, disseram executivos e autoridades brasileiras.
As gigantes aeroespaciais Boeing (BA.N) e Lockheed Martin (LMT.N) visitaram o centro espacial de Alcântara em dezembro, mas a base de lançamento da Agência Espacial Brasileira é especialmente atrativa para empresas menores, uma vez que sua localização equatorial corta em um terço os gastos com combustíveis.
Entretanto, o objetivo do Brasil de se tornar um importante novo centro da indústria espacial dependerá da negociação de um acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos para proteger lançamentos espaciais e tecnologias de satélite confidenciais norte-americanas. Sem um acordo, nenhum foguete dos Estados Unidos pode ser lançado a partir do Brasil.
O Brasil quer atrair clientes se promovendo como uma alternativa barata a Kourou, base espacial europeia localizada na Guiana Francesa, que lança principalmente grandes satélites. Autoridades brasileiras esperam concluir um acordo com os Estados Unidos ainda este ano, o que facilitaria a abertura da base espacial comercial.
No dia 22 de fevereiro, representantes do governo brasileiro, junto com companhias espaciais dos dois países, realizaram uma teleconferência com uma autoridade da Casa Branca que foi questionada se o governo Trump concordaria com um acordo de salvaguardas tecnológicas com o Brasil, de acordo com uma pessoa que participou do telefonema.
O acordo de salvaguardas pode ser concluído neste ano se o Departamento de Estado norte-americano receber permissão para negociar, segundo representantes da indústria.
Uma tentativa anterior de parceria espacial entre os Estados Unidos e o Brasil fracassou em 2003, quando o acordo de salvaguardas tecnológicas enfrentou resistência do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi rejeitado por parlamentares.
Especializada em pequenos foguetes, a Vector Launch Inc, do Estado norte-americano de Arizona, parece estar animada com a possibilidade de fazer lançamentos do Brasil. A empresa quer desbancar especialistas em grandes cargas, como a SpaceX, do empreendedor bilionário Elon Musk, ao lançar satélites individualmente em foguetes menores, cortando custos e tempo de espera para seus clientes.
“Nossa visão é lançar centenas de foguetes Vector em órbita para satisfazer o crescente mercado de microsatélites”, disse o vice-presidente da Vector, Alex Rodriguez, que visitou Alcântara em dezembro junto com a Boeing.
O Brasil abandonou planos de construir seu próprio foguete para transportar grandes satélites após uma explosão em 2003 em Alcântara que matou 21 pessoas. O país está desenvolvendo um foguete menor para microsatélites que será lançado de Alcântara no próximo ano.
FONTE: Reuters
FOTO: Ilustrativa
Mas como diz na manchete, QUEREM PARTICIPAR DA RETOMADA, é um eufemismo né, de fato estão é babando pra tomar de vez . . . mas pelo lado cultural até que pode ser bom, o cancioneiro do Nordeste pode agora olhar pra cima e compor canções em que nelas passam os foguetes . . .
Ainda bem que o Brasil se livrou de seu satélite geo, agora está com os americanos, que vão ter que deixar limpinho, limpar as janelas etc . . . ufa, agora eles que cuidem, escapamos de boa . . . .
Do jeito que vamos, e melhor esquecer que um dia existiu um país chamado Brasil, e fingir que aqui sempre foi território americano. Fica mesmo feio talvez.
Embraer, Alcântara, pré sal, Petrobrás em fatias, trabalhadores vide reforma trabalhista, os céus, a polícia federal, os três “poderes” as forças armadas, o que mais falta entregar àqueles desgraçados sem moral e sem escrúpulos?
Aonde queremos chegar com isso? Aonde iremos chegar se isso não parar?
Negócios são negócios, não se deve permitir a contaminação política ideológica do assunto, assim dão um distinto mais honroso aquele elefante branco!
Concordo, negócios são negócios, mas há sempre alguns “poréns”. Um deles é de que não traga incertezas sobre a segurança e interesses nacionais. De resto……..
Naquele outro elefante branco chamado PETROBRAS o jeito já está dado . . . .
O negócio é fazer negócio com todas. A Boeing quer. É empresa de aviação, aeroespacial, defesa.
O negócio é assinar com várias, ampliar e modernizar Alcantara. Aprenderemos muito com europeus, chineses, asiáticos e americanos. Até a Índia quer. Países do Golfo querem.
Tinha que ser mulher pra botar esse assunto pra andar.
O negócio é fazer parceria com um empresa dessas, de preferencia uma empresa civil que não mire o mercado militar
Senadora Ana Amélia tá cuidando do assunto. Tá indo bem.
Tá nas mãos da Ana Amélia? Então vou dormir sossegado, ela entende de foguete.