O Brasil participou do lançamento do James Webb, o maior telescópio espacial da história. A Estação de Telemedidas do CLBI, localizada em Parnamirim/RN, participou do rastreamento do Veículo ARIANE VA-256, lançado do Centro Espacial Guianês (CSG), localizado em Kourou, Guiana Francesa no Natal (25).
O CLBI atuou como estação remota ao Centro Guianês fazendo rastreamento em Telemedidas de eventos como a extinção e separação do terceiro motor, ignição do quarto motor, entre outras ações. A participação brasileira exigiu um esforço muito grande da equipe, de forma que, às 22 horas do dia anterior (24), já começaram a preparação da Estação.
De acordo com a Tecnologista do CLBI, Maria Goretti Dantas, Coordenadora da Interface com o Centro Espacial Guianês, o lançamento mostrou a eficiência e capacidade dos profissionais do Centro: “Temos uma equipe técnica muito profissional, capacitada e envolvida plenamente nos processos do rastreio. O CLBI deixa a sua marca na história espacial internacional diante do evento que o mundo aguardou ansiosamente”, disse.
Ao todo são 5 estações de Telemedidas envolvidas num rastreamento equatorial (Galliot na Guiana Francesa, Natal no Brasil, Ascension na ilha no Atlântico Sul, Libreville no Gabão e Malindi no Quênia.) Cada estação rastreia eventos específicos em sua visibilidade, mas Natal é essencial e indispensável porque acompanha o foguete ainda em fase propulsada.
O Diretor do Centro, Coronel Aviador Erivando Pereira Souza, ressaltou a relevância do Centro para o segmento espacial brasileiro: “Mais uma vez o CLBI cumpriu sua missão e comprovou a capacidade do DCTA e da Força Aérea Brasileira de continuar contribuindo para o Setor Espacial, para a ciência e para a tecnologia”.
O Telescópio James Webb, é um empreendimento conjunto da Nasa, a Agência Espacial Européia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), sendo considerado o sucessor do Telescópio Hubble. Trata-se de uma missão para explorar nosso próprio sistema solar, bem como planetas orbitando outras estrelas, chamados exoplanetas. O Telescópio tem como destino uma estação de observação a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Nessa viagem o telescópio vai acionar seu espelho primário de 6,5 metros de diâmetro e um escudo para proteger suas observações do cosmos da luz e do calor do Sol. O objetivo é obter imagens dos primeiros objetos que se formaram após o Big Bang detectando eventos que ocorreram a mais de 13,5 bilhões de anos.
As equipes de solo começaram a receber dados de telemetria de Webb cerca de cinco minutos após o lançamento. O foguete Ariane 5, que levou o telescópio até o espaço, teve o desempenho esperado, separando-se do observatório 27 minutos após o início do vôo. O Telescópio James Webb foi lançado a uma altitude de aproximadamente 870 milhas (1.400 quilômetros). Aproximadamente 30 minutos após o lançamento, Webb desdobrou seu painel solar, e os gerentes da missão confirmaram que o painel solar estava fornecendo energia para o observatório.
“O James Webb representa a ambição da NASA e nossos parceiros em nos impulsionar para o futuro. A promessa de Webb não é o que sabemos mas o que iremos descobrir; é o que ainda não entendemos ou ainda não podemos compreender sobre o nosso universo”, disse o atual Administrador da Nasa, Senador Bill Nelson.
A tecnologia revolucionária do telescópio promete explorar todas as fases da história cósmica, seja de dentro do nosso sistema solar às galáxias observáveis mais distantes no início do universo, e tudo que está entre os dois. O objetivo são novas e inesperadas descobertas para a humanidade compreender as origens do universo.
“O CLBI já participou de outros lançamentos históricos mas a missão James Webb deixou a sensação de um nascimento inusitado de uma criança espacial entregue ao conhecimento científico”, finalizou a tecnologista Maria Goretti Dantas do CLBI.
FONTE: AEB
Sinto orgulho de ser brasileira, Parabéns Brasil!
Grande feito nacional ! É de se encher de orgulho com a nossa participação…
O Brasil também teve uma participação na construção do telescópio. A Thales daqui teve papel relevante na parte ótica deste equipamento feita pela equipe de engenheiros brasileiros. Aqui se tem cérebros capazes. O que falta é oportunidade, coisa que as empresas estrangeiras dão pois sabem da qualidade técnica dos que aqui nascem e conseguem estudar. Não ficamos à dever nada nem para americanos, alemães, japoneses, coreanos e chineses.
Verdade, nós brasileiros somos muito bons com tecnologia.
Trabalho na área de TI numa empresa internacional que possui mais de 80 fabricas (filiais) pelo mundo, e na equipe de TI na sede nos EUA a maior parte (70%) do time de 350 pessoas é composta por indianos e chineses, aqui no Brasil nosso time de TI tem cerca de 60 pessoas (todos brasileiros) e cuidamos de 8 fabricas aqui no Brasil, mesmo com um time reduzido somos referencia quando o assunto é inovação e desenvolvimento, é raro quando um projeto de fora (das outras unidades) vem para ser implantado ou divulgado aqui nas fabricas do Brasil, mas é bem comum os projetos que fazemos aqui no Brasil no mínimo ser apresentado a liderança das fabricas de outros países.
Obs.: temos filiais (fabricas), nos EUA, China, Rússia, Índia, Polônia, Alemanha, Paquistão, México, Ucrânia, França e Inglaterra.