Por Miriam Rezende Gonçalves (*)
Após anos de debates e planejamento, o governo federal apresentou oficialmente, na última semana, um projeto pioneiro: a criação da Alada – Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A.. Essa nova estatal nasce com a missão de fortalecer a indústria aeroespacial nacional e maximizar o potencial estratégico do país no setor.
A iniciativa pretende alavancar oportunidades únicas oferecidas pelo Brasil, com destaque para o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, cuja localização privilegiada permite lançamentos mais eficientes e competitivos. A Alada chega para impulsionar inovações tecnológicas, estimular parcerias internacionais e consolidar o Brasil como um player relevante no mercado global de soluções aeroespaciais.
Com esse passo, o governo busca não apenas fomentar o desenvolvimento industrial, mas também posicionar o país na vanguarda de um setor essencial para o futuro, unindo ciência, tecnologia e soberania econômica.
Congresso Nacional analisará criação da Alada, empresa pública para impulsionar setor aeroespacial
A proposta de criação da Alada – Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A., assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foi enviada ao Congresso Nacional para análise. O governo aposta que a nova estatal liderará a exploração econômica da infraestrutura aeroespacial, fortalecendo o posicionamento estratégico do país nesse setor.
Entre os serviços e projetos estratégicos da Alada estão a operação de foguetes suborbitais – capazes de alcançar o espaço sem entrar em órbita –, além da integração de motores aeronáuticos e VLMs (veículos lançadores de microssatélites) em parcerias com fornecedores especializados. A empresa terá um papel fundamental nos serviços de lançamentos espaciais e no gerenciamento de projetos de sistemas aeroespaciais, promovendo a inovação no setor. Entre os serviços e produtos estratégicos da ALADA estão o lançamento e a comercialização do VSB-30 – capaz de alcançar o espaço sem entrar em órbita -, além do gerenciamento de projetos de motores aeronáuticos e de VLMs (veículos lançadores de microssatélites), em parceria com empresas especializadas
Além disso, a Alada ficará responsável pela obtenção de patentes, promovendo a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias estratégicas. Com essas atribuições, a estatal busca atrair investimentos e ampliar o protagonismo brasileiro na indústria aeroespacial global.
Alada será subsidiária da NAV Brasil e promete impulsionar o Programa Espacial Brasileiro
A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou que a recém-proposta Alada – Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. terá a missão de coordenar projetos e equipamentos aeroespaciais e prestar apoio ao controle do espaço aéreo e outras áreas correlatas. A empresa será uma subsidiária da NAV Brasil, estatal vinculada ao Ministério da Defesa e criada em 2020 para assumir operações que antes eram responsabilidade da Infraero, como o gerenciamento de radares e a medição meteorológica.
De acordo com a FAB, a Alada terá papel estratégico na promoção do Programa Espacial Brasileiro, ampliando a flexibilidade da atuação estatal em parcerias com instituições nacionais e internacionais. A localização privilegiada do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), considerado um dos melhores do mundo para lançamentos espaciais, é um dos trunfos da nova estatal para atrair novos investimentos e projetos.
Além de gerenciar lançamentos e desenvolver tecnologias aeroespaciais, a Alada buscará incentivar a transferência e nacionalização de tecnologia, gerando empregos qualificados e capacitando profissionais para consolidar a autonomia do Brasil no setor aeroespacial. O governo federal aposta que a empresa será fundamental para colocar o país na vanguarda da exploração espacial e promover um ciclo de inovação e desenvolvimento sustentável.
(*) Miriam é Jornalista, Escritora e Pesquisadora com mais de duas décadas de pesquisa sobre o Programa Espacial Brasileiro e colaboradora do Defesa Aérea & Naval.
Mais uma estatal é criada e só por este fato já estamos vendo um monte de comentários negativos, entendo a ira de muitos e compartilho de parte das frustrações envolvidas.
Mas vamos ver se esta realmente trabalhe em benefício de um maior desenvolvimento do setor espacial brasileiro, não posso chamar o Brasil nem ao menos de player relevante dada a falta de investimentos em programas voltados a pesquisa e afins. Temos cursos de formação mas que não alimentam o setor da maneira adequada e boa parte do material humano ou sai do país procurando novas oportunidades profissionais ou são desviados para outros setores, quem fica merece uma salva de palmas.
A estatal já nasce vinculada a outra (NAV) mas ao menos para mim ficou confuso estes vínculos e tudo o que envolve, se é para fazer que esta tenha uma maior indepedência e assim possa seguir os caminhos mais coerentes. O que vejo é que temos um potencial e tanto mas ao mesmo tempo não investimos pesado na formação de pessoal bem como em projetos para alimentar as nossas necessidades e também de outros trabalhando assim processos que nos levariam a negociações mais amplas.
Precisamos ir além mas para isso ocorrer é necessária uma mudança de postura, enviar estudantes mundo afora e procurar parcerias com nações que estão despontando no deenvolvimento pode ser um dos caminhos mais atrativos e de menores custos. E em paralelo ir construindo uma estrutura capaz de lidar com projetos sejam eles quais forem, não precisamos ser ou ter uma NASA ou ESA porque isso seria impossível diante da nossa realidade.
O que precisamos é dar passos firmes e contínuos para que a médio/longo prazos todo o investimento começe a fazer sentido para a nação.
Sabiam que existe desde 2012 uma empresa estatal para modelar o trem bala no Brasil, alguém já andou nessse trem? Vai ser igual, brasileiro é tonto e governantes são corruptos. Daqui a dez anos e bilhões gastos ningém vai se lembrar desta empresa. e nenhum lançamento.
Desvio de verba…. O problema nunca foi empresas capacitadas no Brasil, mas de falta de seriedade no trato dos projetos.
Mais investimento do Estado nele mesmo. Mais concursos, mais apadrinhados, mais dinheiro torrado em pessoal, etc…
Parabéns.
Grande iniciativa.
Viva a ALADA!!!!
Acho desnecessário a criação dessa empresa, esse trabalho de fomentar a indústria aeroespacial já é da AEB, a comercialização do vsb-30 idem. É só colocar dinheiro no AEB para a construção dos foguetes em parceria com empresas privadas, esse deveria ser o caminho e não a criação de mais uma estatal. Enquanto continuarem com isso o programa espacial brasileiro nunca vai para frente.
O que de util produziram ate agora o VLM? O q produziu o prograna espacial?
So mais dinheiro jogado fora.
E a culpa é de um povo ignorante, mau caráter e acomodado.
O Brasil nunca…nunca será relevante
Mais uma estatal pros cumpanheiros.
Mais uma empresa estatal… Até quando? Pelo menos poderia ser uma empresa de economia mista. O Estado brasileiro não suporta mais tantas empresas estatais deficitárias, que será o caso dessa SpaceBRAS.
Mais uma estatal pra jogar fora o dinheiro dos impostos. No final das contas essa estatal vai servir pra cabide de emprego pra Brigadeiro da reserva e vai gerar um rombo igual das estatais ligadas à Marinha. A gente não vai aprender nunca.
Antes tarde do que nunca.
Esperemos que seja estabelecido um compromisso em relação a constância no aporte de recursos financeiros para que possa ser estabelecida uma linha de progresso sem interrupções.
Acho que seria muito interessante buscar uma parceria com algum país já avançado neste setor, e a Índia me parece o parceiro ideal para conseguir alguma transferência de tecnologia.