O presidente da AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), Julio Shidara, passou parte da semana passada em Brasília (DF) participando de reuniões estratégicas para potencializar a indústria nacional do segmento aeroespacial. Shidara esteve presente em sete importantes reuniões com representantes de órgãos públicos ligados ao Programa Espacial Brasileiro (PEB), como parte da busca incessante por melhores condições de competitividade para as empresas brasileiras do setor.
Na quinta-feira, dia 30 de setembro, a AIAB participou do VI Workshop de Revisão do PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) para o decênio 2022-2031, na sede da AEB (Agência Espacial Brasileira). O PNAE é o documento que norteará as ações do Programa Espacial Brasileiro nos próximos 10 anos.
Além de Shidara, também representaram a AIAB no workshop os associados João Paulo Campos, presidente da Visiona, e Célio Costa Vaz, presidente da Orbital. Entre os participantes do evento estavam o Sr. Sérgio Freitas de Almeida, Secretário Executivo do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações); Major Brigadeiro do Ar R1 Ricardo César Mangrich, Assessor Especial do MCTI; Carlos Augusto Teixeira de Moura, presidente da AEB, e o Brigadeiro do Ar Rodrigo Alvim de Oliveira, presidente da CCISE (Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais).
Na reunião, Shidara fez um pedido de especial atenção para a necessidade de contratação contingencial de projetos junto à indústria brasileira, tendo em vista a grave solução de continuidade na demanda industrial, sem precedentes na história recente, visando à manutenção de tecnologias estratégicas para o futuro do PEB.
Ele destacou, ainda, a importância de o PNAE contemplar missões estratégicas para atender às necessidades de um país com as características do Brasil, independentemente do histórico de investimento insuficiente no PEB, citando, para sustentar tal posição, a afirmação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na publicação “The Space Economy in Figures”, de que a preeminência de objetivos de Estado permanece um aspecto chave na maioria dos programas espaciais atuais e que continuará sendo dessa forma pelo futuro previsível.