Por Luiz Padilha
Por ocasião de minha passagem por Brasília-DF, fui recebido pelo Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, Chefe do Estado Maior da Armada (CEMA), para uma entrevista sobre os projetos estratégicos atuais e futuros da Marinha do Brasil.
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80.000 efetivos sendo mais de 70% no RJ. Vao chegar em 2027 com 05…..vejam bem…05 escoltas operando e mesmo numero de submarinos de 17 anos atras…ai ficam com promessas vazias e devaneios pueris
Se espelhem na FAB.
Sobre a possibilidade de construção de mais dois classe Riachuelo para assegurar a continuidade do desenvolvimento do ProSub, o Almirante saiu pela tangente com esse papo de “o mundo muda, pode ser que num futuro próximo um ajuste de rumos neste programa”.
Lembro-me de um suposto susto que o almirantado levou ao saber da projeção de custo operacional de 1 bilhão em 5 anos para os 4 Riachuelo.
Aquela mesma pergunta: de que vale ao invés de comprar de prateleira por menos, gastar tanto a mais se todo o esforço e investimento não será continuado?
Foi afirmativo sobre a retomada de aquisição das 12 unidades do navio patrulha de 500T, mas sabe-se lá quanto tempo vai se passar do reinício do projeto até a entrega da última unidade, então as 5 OPV de 1.800T, só num “futuro próximo” a depender da “regularidade orçamentária”. Este “futuro próximo” seria coisa pra duas décadas à frente? ou mais?
Sobre as Tamandaré, serão só 4 mesmo e talvez “num futuro próximo”…a depender da “regularidade orçamentária”…, mais navios.
Seria muito bom que ao invés de citar desculpa esfarrapada de “regularidade orçamentária”, o Almirante falasse sobre mudanças estruturais buscando mais eficiência na aplicação do orçamento.
Lamentavelmente o que dá a entender é que as coisas continuarão como estão. As FAs torrando com pessoal 78% de um orçamento igual ao da Itália, US$27,8 bilhões, e maior que o de países como Austrália, Israel, Turquia, Espanha.
Basta ver o que as FAs destes países possuem para levarmos um choque.
Estes países, repletos de muitos meios modernos, não param de adquirir mais e conseguem manter tudo o que tem.
É Humilhante. É uma Afronta.
Nada pode justificar tamanho descaso, tamanha incompetência, tamanha falta de interesse em fazer das FAs brasileiras aquilo para qual foram criadas e não um clube de barões. É Revoltante.
Paulo Brics, concordo com você.
Perfeito Paulo! A grande pergunta é quando a MB vai revisar os seus absurdos gastos com pessoal. Quando vai sair a sua fundamental restruturação?
Discordo, O Padilha não perguntou isso que voce queria ouvir e sim, as FFAA dependem de dotação orçamentária perene e sem cortes. Problemas estruturais de pessoal toda União tem, não só as FFAA. A entrevista foi sobre os Projetos e não sobre Corte de pessoal, etc. Não que eu não queira um Estado mais enxuto, em todas as áreas, mas esse assunto de folha de pagto sem que se fala do orçamento militar já deu….
MARCELO, esse assunto “já deu” coisa nenhuma porque ele nunca foi resolvido e precisa de uma solução. E essa solução precisa ser dada pelo alto comando, que se mantem inerte, exceto para organizar coquetéis. Ter uma Marinha de terra é uma piada. Reduzir pessoal e investir em equipamento de ponta é urgente.
A capacidade da MB de investir em novos equipamentos, nunca esteve ligada a quantidade de pessoal que ela tinha ao longo da história, todas sempre houve um interesse político por trás de cada período de renovação de frota e aquisição de navios.
É o poder executivo quem determina se haverá a aquisição de novos navios, não o alto comando da MB, o que o alto comando faz é apresentar ao poder executivo a necessidade de novos navios e cabe ao poder executivo permitir ou não a aquisição deles e é o poder legislativo que libera a grana para isso.
E só para conhecimento geral, no orçamento público gastos com pessoal são obrigatórios e não podem ser convertidos em gastos discricionários(manutenção, aquisição, treinos) sem a autorização do ministério da fazenda e do poder legislativo.
Boa tarde Padilha a MB desistiu dos navios caça minas?
Obrigado
Abraço
Sim.