A guarda costeira norte-americana (USCG), conta com a disponibilidade de uma aeronave brasileira para situações emergenciais. Trata-se do Poseidon, avião da empresa brasileira Fototerra, disponibilizado para missões de busca e resgate, controle de fronteiras e fiscalização ambiental sob regime de acionamento dos Estados Unidos.
Especialista no setor de Sistema de Informações Geográficas (GIS), a Fototerra atua há 28 anos em serviços especiais em espaço aéreo nacional e internacional. A empresa brasileira é a única no meio civil que dispõe de tecnologia embarcada para missões críticas de incidentes com vazamento de hidrocarbonetos, uma das possibilidades de apoio a incidentes ambientais à disposição do governo norte-americano. Somente a aeronave Poseidon, que conta com esse tipo de tecnologia, já realizou mais de 700 missões. O avião também é único, graças à plataforma multissensorial que faz detecções e análises tanto de longo alcance, cobrindo faixas de dezenas de milhas, quanto de curto alcance, que possibilitam a investigação dos alvos detectados ainda no local.
“Todos os dados coletados pela aeronave são simultaneamente enviados para as orgãos contratantes de cada missão”, explica Guilherme Brechbuhler, CEO da Fototerra. “Diferentemente dos sistemas tradicionais, a tecnologia do Poseidon permite análises em tempo real, graças às funcionalidades de visualização on-line, gerenciamento, fusão de dados, armazenamento e transmissão”.
A comunicação da aeronave Poseidon se dá via streaming de vídeos, imagens, áudios, bancos de dados, comunicação via satélite, rádio-link e sistemas de chat e e-mails. O contato direto com equipes de resposta nos locais examinados facilita a obtenção de informações táticas,
“A aeronave Poseidon possui recursos adicionais que podem ser utilizados em missões de busca e resgate, apoio à fiscalização ambiental, monitoramento da vida selvagem, patrulha de pesca, reconhecimento de gelo, controle de fronteiras e resposta de emergência, além de operações de resposta e prevenção de derramamento de óleo. Seus dados também podem ser processados como mapas”, explica Luis Antonio de Lima, CTO da Fototerra.
Oito sensores
Conheça os oito diferentes sensores da aeronave:
- SLAR radar aerotransportado lateral: principal ferramenta para detecção de derramamento de óleo de ampla cobertura.
- Localizador de direção tático – DF
- Console central (MOC) de gerenciamento e processamento de dados a bordo em tempo real.
- Scanner de linha ultravioleta infravermelho IR / UV: detecção de derramamento noturno e diurno, usado para medições altamente precisas e análise de pontos quentes.
- Scanner de linha visual VIS: usado para aquisição de imagens RGB georreferenciadas altamente resolvidas.
- Radiômetro de micro-ondas MWR: gerador de imagens de varredura em linha para detecção de áreas espessas de derramamento de óleo, que permite a medição absoluta da espessura e do volume do derramamento.
- LFS Laser Fluorosensor: fluorescência LIDAR para detecção e classificação de óleo, produtos de petróleo e produtos químicos específicos.
- Infravermelho eletro ótico EO / IR: utilizado para identificação e documentação diurna e noturna, além de acusação e preservação de provas.
Já a transferência de informações e dados se dá pelo sistema de comunicação instalado na aeronave, o Maritime Broadband Radio (MBR). Ele pode integrar uma rede sem fio entre aeronaves, embarcações e veículos de terra, que facilitam contatos de inteligência em operações de resposta, atingindo velocidade de conexão de até 15 Mbps.
FONTE: Hafiki Comunicação
A matéria cometeu um deslize que pode levar a interpretação erronea de que a Fototerra é a fabricante do modelo, pois em nenhum momento cita que é um Embraer Emb110 Bandeirante. Se alguém não conhecia o modelo, ficou completamente vendido.