No dia 15 de fevereiro, o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar; e o Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, receberam o Presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), Luis Fernando Paroli. Durante o encontro, discutiram projetos estratégicos e conversaram sobre a cooperação entre as instituições e o potencial da energia nuclear.
Em sequência, houve uma reunião no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), organizada pelo seu Diretor, Vice-Almirante (EN) Guilherme Dionizio Alves, onde foram abordadas as condições de fornecimento do Urânio, nas suas diversas formas, no mercado internacional, o papel da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) no contexto nacional e maneiras da Marinha do Brasil contribuir para o Programa Nuclear Brasileiro.
Para o Diretor-Geral, essa visita foi importante porque aproximou, ainda mais, o setor de Ciência, Tecnologia e Inovação da ENBPar, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
“A sinergia resultante da colaboração entre as instituições tem potencial de impulsionar o desenvolvimento nuclear. Essa parceria não só contribui com a consolidação do pioneirismo em ciência e tecnologia de ambas as instituições, mas também pode beneficiar diretamente as diferentes camadas da sociedade”, disse o Almirante Petronio.
Segundo o Presidente da ENBPar, a parceria, por meio da INB, com a Marinha do Brasil deve ser priorizada e aprofundada, devido aos frutos positivos que tem trazido para a sociedade brasileira. Um dos exemplos mais recentes desse resultado foi a inauguração da primeira fase da Usina de Enriquecimento de Urânio, há pouco mais de um ano, em Resende (RJ). Com isso, a INB deu mais um passo na redução do grau de dependência na contratação do serviço de enriquecimento isotópico no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais. Esse avanço só foi possível com o conteúdo produzido pelo CTMSP e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), desenvolvedores da tecnologia de enriquecimento do urânio pelo processo da ultracentrifugação. A Marinha do Brasil é responsável pela fabricação, instalação e comissionamento das cascatas de ultracentrífugas usadas na Usina inaugurada pela INB, uma das empresas que compõem a holding ENBPar.
“Quanto mais próxima e construtiva for a relação entre a ENBPar e a Marinha do Brasil, melhores serão os resultados na produção de energia limpa a custo acessível. Assim, são fundamentais os encontros periódicos entre dois setores do governo que, por serem complementares, tornam o Brasil um dos 13 países do mundo que dominam o ciclo do combustível nuclear, com diferentes capacidades industriais de produção”, explica o Presidente Paroli.