O governo holandês retirou os estaleiros ThyssenKrupp da Alemanha e o Navantia da Espanha, da concorrência para comprar novos submarinos para a Marinha Real da Holanda.
O governo deve tomar uma decisão na próxima sexta-feira sobre a compra. A associação sueco-holandesa, Saab-Damen e o grupo francês Naval Group, são os únicos competidores restantes, relatou a Noordhollandsdagblad citando fontes anônimas, na semana passada.
“No meio do ano passado, as negociações pararam de repente”, diz Holger Isbrecht, da ThyssenKrupp Marine Systems. “A Holanda então criou uma nova Estratégia da Indústria de Defesa, na qual havia um grande esforço para proteger a indústria marítima holandesa.”
Para o estaleiro alemão, esse era o sinal de uma ofensiva contra Den Helder. Topman Rolf Wirtz chegou à Prefeitura de Helderse com Isbrecht em outubro para explicar ao Prefeito Schuiling e ao vereador do porto Visser quais eram os planos alemães.
Durante uma conferência de imprensa em Haia, Isbrecht anunciou na semana passada que a ThyssenKrupp queria construir os submarinos em Den Helder e que há cerca de 2.000 empregos envolvidos.
“Há preocupações sobre o parceiro alemão nos ministérios da defesa e assuntos econômicos”, diz uma pessoa que não está autorizada a se manifestar sobre o assunto. É um projeto a longo prazo, de trinta a quarenta anos. O governo prefere trabalhar com um parceiro confiável.”
Além disso, os círculos navais deixam claro que o submarino 212 CD da ThyssenKrupp não atende aos requisitos. Holger Isbrecht negou dizendo: “Somos flexíveis e queremos atender a todos os requisitos”.
Segundo o estaleiro alemão, a funcionalidade dos seus submarinos foi comprovada e isso tem que ser comprovado com a Saab-Damen.
FONTE: Defense.World.Net
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Eu diria de uma forma bem generica, que leva vantagem quem já esta no mercado a tempo e com produtos já testados, tudo que pode ser uma novidade aparenta ser um risco para o comprador, por isso as dificuldades em colocar produtos novos no mercado. No caso da Holanda vemos que o U-212 que é um exelente submarino e salientou-se a flexibilidade para modificações desejadas foi descartado, causou-me surpresa (pelo menos para mim). Quem tem mais tradição ai é o Naval Group, não vejo a Suécia como um grande exportador de submarinos, porem a sua associação é capaz de defini-la como vencedora, aguardemos…
As escolhas estão se tornando cada vez mais politicas, acredito que a retirada da Navantia tem explicação, é um retorno da retirada dos espanhois do projeto conjunto com os holandeses de uma fragata uns 10 ou mais anos atras por divergencias no projeto entre as partes. No que se refere a ThyssenKrupp, é ser ler a declaração de Holger Isbrecht, ou seja, o que quiserem nos fazemos…
A Navantia apresentou qual projeto? O S-80 que não flutua ou o S-80 que não cabe na doca?
É uma piada, piada pronta.
Muitos percalços nesse desenvolvimento, sem dúvida, mas levando em conta que é um projeto próprio, o AIP também, não chegam a ser novidade os problemas encontrados e solucionados entretanto, seguindo criterios mundiais apresentaram o resultado abaixo em relação ao projeto.
http://www.ieee.es/Galerias/fichero/docs_opinion/2019/DIEEEO03_2019AUGCON-submarinos.pdf
O custo unitário já passou da casa de 1 bilhão de euros e tende a aumentar de acordo com os imprevistos e atrasos. A pesquisa que você postou usa dados de 2006, estamos em 2019. Não há como o S-80 competir contra o Scorpéne ou os submarinos alemães, não com esse preço, sem credibilidade ou confiança de que o produto seja tão bom quanto mostra-se nos papéis.
Acho que a Damen/Saab leva essa, quem poderia atrapalhar, que era os alemães, foram retirados da concorrência. O engraçado é que os espanhóis foram tirados justamente hoje, quando saiu na mídia espanhola varias matérias sobe a proposta espanhola para a Holanda