A marinha da Índia sonha com um porta-aviões nuclear. A possibilidade de equipar o segundo porta-aviões de construção própria com um motor a energia nuclear foi anunciada a jornalistas indianos pelo diretor do Design Bureau Marítimo, o vice-almirante Atul Saxena.
No entanto, uma decisão final ainda está pendente. O novo porta-aviões, embora já tenha recebido o nome de Vishal, ainda está em estado de desenvolvimento de projeto.
Atualmente, construtores navais indianos estão construindo no estaleiro de Cochin o primeiro porta-aviões indiano, o INS Vikrant. Planeja-se que ele entrará em serviço no final de 2018 e irá substituir o já ultrapassado porta-aviões de construção britânica INS Viraat. Hoje, a nau capitânia da marinha da Índia é o porta-aviões INS Vikramaditya, construído na Rússia.
Os dirigentes da marinha da Índia estão planejando criar três grupos de porta-aviões – um no leste, um no oeste, e um de reserva. A presença na marinha do país de um navio nuclear será determinada principalmente pelos objetivos estratégicos da frota, acredita o primeiro vice-presidente da Academia russa de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov: “Se está sendo construído um navio com propulsão nuclear, então isso implica que tal navio irá operar ao redor do mundo, muito distante de sua base. Se a Índia pretende conduzir a sua política naval fora do oceano Índico – no Pacífico ou no Atlântico – então um navio desses é necessário. Mas, se as tarefas da frota forem limitadas a operações no oceano Índico, então um navio nuclear é supérfluo. Além disso, há que lembrar que em caso de danos de combate, o reator nuclear pode ser um grande perigo tanto para a tripulação quanto para o meio ambiente”.
Antes de decidir que tipo de propulsão terá o terceiro porta-aviões indiano – de turbina a gás, diesel-elétrico ou nuclear – especialistas estão estudando a experiência de outros países, principalmente da França e da Grã-Bretanha.
Hoje em dia, quem tem navios de superfície nucleares são os Estados Unidos e a França, que equipou com um reator nuclear seu porta-aviões Charles de Gaulle. Já a Grã-Bretanha, se recusou a instalar em seu porta-aviões Queen Elizabeth um reator nuclear por causa do custo excessivo de tal instalação. Além do custo, há que considerar também a complexidade da fabricação dos mesmos, lembra Konstantin Sivkov: “Dentro de um prazo razoável – trata-se dos próximos 10 a 15 anos – na Índia não será criado um navio nuclear de superfície, pois simplesmente porque os indianos ainda não têm as tecnologias necessárias”.
Peritos militares dizem que os estados com armas nucleares primeiro criavam reatores nucleares para suas frotas de submarinos, e só depois para navios de superfície. A Índia está atualmente seguindo uma prática semelhante. No centro de pesquisa nuclear Bhabha foi projetado e criado um reator de água leve, em miniatura, para o primeiro submarino nuclear indiano, o INS Arihant. Agora, este submarino nuclear está passando por testes finais no mar.
FONTE: Voz da Rússia
FOTO: INS Vikrant
A Índia surpreendendo sempre. Nesta semana , colocaram uma sonda espacial na órbita do Planeta Marte. E isto na primeira tentativa. O submarino nuclear indiano está em provas de mar. Fazer um porta-aviões nuclear para eles será ” melzinho na chupeta”. Podem fazer como os EUA fizeram com o primeiro porta-aviões nuclear deles, onde usaram oito reatores nucleares iguais, ao do primeiro submarino nuclear Nautilus. E o Big E , ( Enterprise ) serviu a US Navy , por 50 longos anos.
Não foram reatores iguais ao do Nautilus que equiparam o Big E. O Nautilus utilizou o S2W baseado no protótipo
terrestre S1W enquanto o Big E foi equipado com o A2W baseado no prototipo A1W.
Foram os franceses que equiparam o NAe Charles de Gaulle com dois reatores K 15 idênticos aos que equipam seus grandes submarinos com misseis balisticos.
Enquanto eles estão construindo um novo que fica pronto em 2018 o nosso vai para reforma de 5 anos sinceramente ele só vai mais não volta mais é igual aquele doente que está em estado terminal o cara tem um recaída e levado para o hospital somente para levar todo mundo sabe que não sai vivo de lá.
Além do custo benefício tem de ser levado em conta a questão logística em si, se caso necessário operar no oceano pacífico em caso de confronto com a China manter uma rota de navegação segura para vários tanqueiros abastecerem o porta aviões seria muito mais complicado e envolveria muitos outros meios de escolta que poderiam estar cumprindo outras missões além das escoltas necessárias para o próprio NAe e caso essa linha de abastecimento fosse rompida o NAe estaria em sérios apuros, enquanto se a propulsão fosse nuclear não haveria esse problema, a limitação de operação seria apenas de mantimentos para a tripulação a bordo.
Um porta aviões da classe Forrestal por exemplo “esvaziava” o tanque de combustível a cada três dias necessitando um grande esforço logístico para mantê-lo numa incursão longe do território.
Para um submarino um reator faz todo o sentido, a discrição é fundamental. Já para um navio de superficie não tem muito sentido, simplesmente porque é mais barato comprar uma frota de navios tanque para abastacer um porta aviões no mundo inteiro do que manter um reator a bordo. Claro que existem vantagens, mas o custo benficio é duvidoso.
“Se a Índia pretende conduzir a sua política naval fora do oceano Índico – no Pacífico ou no Atlântico – então um navio desses é necessário. Mas, se as tarefas da frota forem limitadas a operações no oceano Índico, então um navio nuclear é supérfluo”
Negativo, mesmo se eles optarem por manter sua estratégia de defesa apenas no Oceano Índico a autonomia incomparável da propulsão nuclear é vantajosa da mesma forma. Se eles tiverem condições financeiras e tecnológicas para isso com certeza o farão.