Por Lucas Silva
A Marinha do Brasil vem sofrendo com o envelhecimento da sua frota e a falta de recursos já a alguns anos e, apesar de ter lançado diversos projetos de renovação da frota, apenas o Prosub realmente está saindo do papel, enquanto que a frota de superfície continua envelhecendo e diminuindo sua operacionalidade a cada ano.
A MB lançou também o projeto Prosuper, que prevê a compra de 11 navios, entre fragatas de 6mil ton, navios de patrulha oceânica e um grande navio de assalto anfíbio, mas parece que este projeto vai se enrolar do mesmo modo que o F-X2 da força aérea, que demorou mais de 10 anos para ser decidido.
Recentemente foi noticiado que a MB estaria desenvolvendo uma variação da corveta classe Barroso ou classe Tamandaré, que utilizaria o mesmo casco com algumas melhorias, incorporando todas as tecnologias atuais. Foi então que pensei comigo mesmo: “Será que este não poderia ser utilizado para desenvolver os navios de superfície que precisamos?”. Na minha conclusão de leigo a resposta é sim! Então decidi botar isso no papel, ou melhor, na tela.
O navio seria propulsado apenas por motores a diesel, mantendo basicamente a mesma velocidade, mas aumentando o alcance para 6 mil milhas. Seria equipada com um radar 3D, sendo o I-Mast favorito porém, prefiro o thales MRR-NG, que apesar de ser um pouco inferior, continua sendo um bom radar, mais barato e mais leve que o primeiro.
O armamento de tubo será constituído de um canhão Oto Melara de 76mm, preferencialmente o SR (Super Rapid), e o canhão secundário deverá ser um Bofors Trinity de 40mm, que na minha opinião, poderia ser substituído por um canhão Denel dual de 35mm, que proporciona maior cadência de fogo e resistência em combate, melhorando assim a defesa aproximada.
Na guerra anti-navio, deverá ser equipada com mísseis Exocet, ou o MAN-1, que está sendo desenvolvido no Brasil. Essa nova classe deverá também receber mísseis de defesa aérea lançado de silos verticais, sendo que o modelo ainda não foi escolhido. Defendo que poderíamos desenvolver uma versão mar-ar do míssil A-Darter e instalar na nova corveta da MB, dando assim uma capacidade de defesa anti-aérea na faixa dos 15km, se fosse equipado com um booster. A guerra antissubmarino deverá ser feita através de torpedos Mk-46 e helicóptero orgânico, porém defendo que deveríamos nos equipar com o torpedo MU-90 (mais moderno). As dimensões seriam as mesma da classe Barroso atual, aumentando um pouco apenas o deslocamento.
No quesito Navio de Patrulha Oceânico (OPV), poderíamos ter esta variação, utilizando o mesmo casco da classe Barroso porém com dimensões reduzidas.
Este navio teria 93 metros de comprimento, 11,4 metros de boca e deslocaria aproximadamente 1.800 toneladas. A motorização seria a mesma da nova Barroso, diminuindo assim o custo de produção e, se necessário, levando o navio a velocidades mais elevadas, em torno de 30 nós, com alcance na faixa de 4 mil milhas náuticas.
O radar utilizado seria o mesmo da nova Barroso, o MRR-NG 3D com alcance de aproximadamente 180km. Não teria torpedos nem sistemas de defesa aérea, deixando esta função para o armamento de tubo, que seria constituído de um canhão de Oto Melara de 76mm SR, um canhão de 35mm Denel dual e duas metralhadoras .50, para ameças assimétricas. Teria um espaço reservado para receber até 4 mísseis anti-navio, em caso de necessidade, e capacidade para embarcar um helicóptero AH-11A Super Lynx ou um UH-12/13 Esquilo.
Com relação as Fragatas, o modelo também utilizando seria o do casco da nova classe Barroso, porém com maiores dimensões.
Esta Fragata teria 133 metros de comprimento, aproximadamente 17 metros de boca e deslocaria entre 4.500 e 5.000 toneladas. A planta de propulsão seria composta por 4 motores a diesel 20v 8000 M71L, produzindo um total de 48.000 hp, que a levaria a aproximadamente 30 nós. O alcance ficaria na faixa das 6.000 milhas náuticas em velocidade de cruzeiro. O radar seria o TRS-4D Aaesa, montado em 4 antenas fixas, com alcance de 250km e capacidade de monitorar até mil alvos simultaneamente. Teria também um sistema IRST.
A guerra de superfície seria feita por 8 mísseis anti-navio, sendo eles o Exocet block 3 ou MAN-1, além de um canhão Oto Melara de 127mm. Poderia ser desenvolvida também uma versão naval do míssil AVTM-300 Matador.
Para a defesa aérea, este navio seria equipado com pelo menos 32 mísseis de curto alcance A-Darter (já citado antes), e mais 32 mísseis anti-aéreos de longo alcance, que poderia ser o Marlin sul-africano que foi oferecido para ser desenvolvido em conjunto com o Brasil, tendo aproximadamente 100km de alcance com versões ar-ar, terra-ar e mar-ar, sendo este uma opção aos mísseis americanos sujeitos a restrições, e também aos caros mísseis da família Aster.
Para defesa aproximada, teria 2 canhões de 35mm Denel dual cobrindo 360 graus, além de 2 canhões de 20mm controlados remotamente.
Para a guerra ASW, estariam disponíveis 2 reparos triplos de torpedos MU-90 e capacidade para embarcar dois helicópteros orgânicos MH-16 Seahawk, além de poder ser equipada com um sonar rebocado.
NOTA DO EDITOR: Texto e imagens de Lucas Silva
Lucas Silva,
Eu estava pesquisando na net sobre sistemas de mísseis mar-ar e achei uma solução bastante interessante pela questão de espaço tanto para as CV e as Fragatas usando o mesmo casco da Barroso Mod que seria a instalação de um sistema VLS, como por exemplo o Sylver A35 de 4 t e com 16 mísseis de curto alcance na lateral do hangar como visto nessa arte aqui numa FREMM
Resolveria a questão de espaço tanto das CV e Fragatas.
Realmente Marcio, seria uma ótima solução na minha opinião.
Abraços
Felipe Salles comentou no Facebook –
Muito bem intencionado o esforço mas infelizmente as propostas do leitor não tem pé né cabeça, não atendendo nem as necessidades da MB, nem do MinDef, nem dos fornecedores estrangeiros, nem a da indústria nacional… O programa da terceira corveta brasileira está na sua segunda fase neste momento. Na primeira fase (plenamente controlado pela MB) ela deveria ser um programa de “baixo risco” e por isso seu projeto seria “de minima mudança em relação à Barroso”.
Foi nesta fase em que veio a intenção de se usar o I-Mast da Thales, unicamente como forma de se entregar todas as questões de interferência cruzada dos emissores e receptores de radio frequência do novo modelo a um único fornecedor o que contornaria todos so problemas vividos pela MB no ModFrag das Niteroi que usava hardware de diversos fornecedores e cuja tarefa de integração foi assumida pela própria MB.
Nesta fase o casco e a propulsão eram identicos à Barroso e a grande alteração ficaria na área da superestrutura que assumiria um design mais moderno stealth (sem mudar muito o escapamento e as chamines).
O redesign inicial da terceira corveta foi feito pelo CPN (Centro de Projeto de Navios) da MB e seu refinamento caberia à uma empresa nacional (ganhou a VARD de Niteroi subsidiária da Fincantieri italiana). O atraso do processo como um todo permitiu ver que o IMast 100 seria ainda muito pesado e caro para a nova corveta que reciclava o casco bem estreito da Barroso. O IMast demandaria uma estrutura mais pesada na superestrutura e isso complicava o programa especialmente em termos de estabilidade e das suas características marinheiras. Sem o IMast toda a parte de radares voltou ao ponto inicial o que permitiu à BRADAR bater no MinDef alegando que a Corveta deveria ser usada para alavancar a indústria local de defesa mesmo que isso impactasse no custo e no risco tecnológico aceitável para aquele programa.
Isto define a segunda etapa do programa. A Embraer (dona da BRADAR ganhou com seu argumento e agora os dois radares que disputam o espaço nas novas corvetas BAE Artisan e Thales SMART S têm que compor com a BRADAR visando ser escolhidos. Neste caso OU BAE ou Thales vão ganhar, mas é certo que independentemente é a brasileira BRADAR quem está 100% garantida que vai ganhar. Nos mísseis é a mesma coisa Raytheon e MBDA oferecem respectivamente os ESSM e o SeaCeptor para a Avibras atuar como parceiro local na área de armamento.
Finalmente, As corvetas não serão substitutas das fragatas de 6000 toneladas do Prosuper. Estes navios serão primariamente escoltas que protegerão os GTs do São Paulo e futuramente dos dois NAes em estudos pela MB. Uma fragata equipada apenas com motores a dísel JAMAIS atenderia aos requerimentos de ACELERAÇÃO do Prosuper o que impede que sejam usados no seu lugar. Adicionalmente as fragatas de 6000 tons precisam de um sistema de defesa aérea de grande alcance que seria totalmente impossivel de ser colocado num casco pequeno como o da Barroso. Pense em mísseis da classe do Aster 30 e do Standard, nunca em algo sumário e simplório como A-darters e R-darters reprojetados para uso em navios… Como eu disse. boa intenção de desenho mas nenhuma relação com as necessidades da indústria nacional, da MB ou do MinDef.
A MB tem uma demanda claramente identificada para 30 navios de escolta novos que serão divididos 12 na futura base naval do norte e 18 em Mocanguê. Deste 30 alguns serão fragatas de 6000 toneladas armadas com os radares e mísseis mais modernos e as demais serão as novas corvetas com um alto conteúdo de tecnologia nacional incluindo o missil MANSUP no lugar dos Exocet importados. As escoltas de 6000t, ao contrário, deverão usar o Exocet Bl3 de muito maior alcance como arma primária anti navio. Sob esta ótica o objetivo primordial da fragata do ProSuper é ser o meio da “qualidade” enquanto a da corveta é ser o da “quantidade” ao mesmo tempo em que abre uma janela na MB para estimular o desenvolvimento da tecnologia de mísseis sensores e sistemas embarcados plenamente nacionais. Um navio NÃO substitui o outro de forma alguma, eles são plenamente complementares, atendendo desta forma a requerimentos bem distintos.
Achei interessante copiar este comentário feito por esse leitor.
Concordo com praticamente tudo que o leitor disse, e sei dos projetos e pretensões da MB, apenas dei minha sugestão, pois sei que projetos como Prosuper demoram muito mais que o normal neste país, isso, se um dia ele for definido. Sei que já foram definidos os radares que vão concorrer para equipar a nova classe Tamandaré, e falei do MRR-3D por ser minha preferência pessoal, que infelizmente não está concorrendo, mas que não fica atrás dos selecionados. Novamente em relação as fragatas, foi minha opinião pessoal, pois não creio que o Prosuper se resolva tão rápido, isto se o mesmo sair do papel, e acredito ainda menos em 30 escoltas, que na minha opinião só seria possível se tivéssemos uma ameaça real em nossos mares, ainda mais em nossas condições atuais, em que mal conseguimos manter a frota operacional. A um tempo atrás foi amplamente cogitado, até pelo pessoal da MB, a compra de fragata type-22 B3 ou type-23 da Inglaterra, navios estes que ficam na faixa das 4 e 5 mil toneladas, então, se foi cogitado navios deste porte usados, creio que não seria nenhum absurdo projetarmos navios destas dimensões por aqui. Nossas forças sempre sofrem por falta de verbas, por isto, escolhi os sistemas e armas com base na redução de custos, não pensando necessariamente nas pretensões da MB e do Ministério da Defesa, que muitas vezes tem planos um tanto quanto fora da realidade, como por exemplo as 30 escoltas e 2 Naes, que realmente seriam ótimos, mas que provavelmente nunca teremos se o orçamento não for aumentado brutalmente. Penso que 8 fragatas como esta que propus e 8 corvetas da classe Tamandaré, estariam bem dentro da nossa realidade, além de nos deixar bem melhor armados do que estamos atualmente, apesar de não ser muito superior as 14 escoltas atuais, seria bem superior quando se trata de tecnologia e armamentos. Creio que 16 escoltas, 1 Nae, 2 Navios de assalto anfíbio, e pelo menos 8 submarinos modernos, além da aviação embarcada, estaria bem dentro da nossa realidade, além de proporcionar uma boa dissuasão. Quanto aos motores a diesel, dei a sugestão pensando no baixo custo, e baseado na classe iver huitfeldt de 6 mil ton, que utiliza esta motorização. Como disse, sou leigo no assunto, e não tinha conhecimento das desvantagens da propulsão somente a diesel, até que aqui me foi explicado pelos amigos que entendem mais que eu. Creio também que o A-Darter seria uma ótima escolha para defesa aproximada, caso existisse uma versão mar-ar, pois se trata de um dos mais modernos de sua categoria, além de ser super ágil, que somado a sua guiagem por calor, poderia ser uma excelente arma para proteger embarcações dos mísseis anti-navio supersônicos que estão entrando em operação mundo afora. Da mesma forma o míssil Marlin, que foi proposto para ser desenvolvido conjuntamente com o Brasil, não teria nada de antiquado, nem seria uma adaptação do U-Darter, mas sim uma arma nova, com alcance na casa dos 100km, e que usaria tecnologias desenvolvidas para os modernos mísseis Umkhonto, além de outras tecnologias desenvolvidas pela Denel, que é uma ótima empresa no setor de defesa, talvez até superior a qualquer empresa brasileira deste ramo. Mas esta é minha opinião pessoal, de leigo, pois creio que poderia ser uma alternativa mais barata e realista, não digo a ideal, mas certamente bem superior a tudo que temos hoje.
Abraços
A forma mais econômica de propulsão seria a utilização de motores de indução avançados (AIM) de grande potencia dotados de INVERSORES DE FREQUENCIA para o controle de velocidade alimentados por turbo-geradores movidos pelas turbinas a gás. Esse modelo de propulsão dispensa o uso de caixas de redução e transmissão mecanicas pesadas e de difícil manutenção, tornando o controle de velocidade do navio como o ajuste de volume de um radio, ou seja de 0 a 100%. As turbinas a gás derivadas de propulsores aeronáuticos geram calor que é convertido de energia mecânica em energia elétrica. Para fazer isso, elas inflamam ar comprimido em uma câmera de combustão. O jato de ar quente é forçado a se mover na direção de uma turbina que gira mecanicamente e aciona o eixo (Eixo de Alta) da turbina, um redutor mecanico diminui a velocidade de rotação e aumenta o torque do eixo que fica diretamente acoplado ao turbo gerador. O turbo gerador produz a energia consumida pelos motores elétricos que impulsionam a nave. A principal vantagem desse modelo é a redução do consumo de combustível pois a quantidade de força produzida pelo gerador elétrico é bem maior do que se estivesse acoplada diretamente a uma caixa de transmissão mecanica utilizando a mesma quantidade de combustível. Deve-se levar em consideração também a diminuição no peso do sistema assim como a redução do uso de lubrificantes. Os navios mais novos usam também propulsores de azimute, que são como casulos que abrigam as hélices. Os casulos podem se mover 360 graus e oferecem o máximo de manobrabilidade. Esses propulsores substituem os lemes e oferecem diversos benefícios em relação às hélices e eixos convencionais, entre os quais uma distância menor para parar e maior eficiência energética.
A adoção desse modelo de propulsão também demandaria a formação de marinheiros especializados em eletrotécnica e automação para fazer a manutenção do sistema e ajustes na sintonia de PID da relação entre as turbinas e carga (motor)
No Brasil existe todo o expertise necessário e empresas como a NG industria de base, WEG automação, Dedini entre outras poderiam fornecer todos os componentes e assim como treinamento e start-up dos navios.
Só complementando, essa tecnologia é nova e já está sendo usada no DDG 1000, a propulsão foi desenvolvida para ser silenciosa, promovendo uma furtividade acústica. Duas turbinas a gás Rolls-Royce MT-30 produzem 78 megawatts de força – as turbinas mais potentes já instaladas em um navio. Elas movimentam os geradores que alimentam o motor elétrico que é capaz de levar o DDG-1000 a uma velocidade máxima de 60 km/h (32,4 nós), além de alimentar os sistemas elétricos do navio por um sistema integrado de potência.
Sem falar na redução substancial da quantidade de engrenagens pesadas que demandam manutenção difícil e demorada em caso de quebra.
O projeto das novas escoltas Marinha do Brasil é novo e estará em serviço por pelo menos 40 anos e já que esse sistema de propulsão é a tendencia para o futuro deveria ser levado em consideração pois temos no país tecnologia para implantá-lo.
Olá pessoal.
A respeito dos motores a diesel, dei essa sugestão com base na redução de custos, pois sei que turbinas a gás são mais caras de se comprar e manter. Não sei ao certo como ficaria o desempenho, me chuto que ficaria na faixa das 30 nós, pois a classe Iver Huitfeldt da marinha da Dinamarca desloca um pouco mais de 6 mil toneladas, e atinge 28 nós utilizando este mesmo tipo de propulsão.
Decidi por equipar o Navio de Patrulha Oceânica com o mesmo radar 3D que sugeri para a nova classe Tamandaré para reduzir custos logísticos, além de equipar o NaPaOc com um bom radar, em vista de que ele poderia receber sistemas de armas mais avançados em casos específicos, como mísseis anti-navio e sistemas Simba-RC, que cairia como uma luva e acabei não citando, mas que concordo plenamente em sua instalação.
Coloquei que a versão fragata poderia operar até dois helicópteros MH-16 Seahawk pensando exatamente na classe Perry americana, que tem aproximadamente as mesmas dimensões e deslocamento e pode realizar esta operação.
Já em relação ao armamento anti-aéreo, também gosto dos sistemas russos como o Palma ou Pantsyr naval, porém acho bem difícil que sistemas de origem russa sejam adquiridos para a MB, além do que já está decidido que a nova classe Tamandaré será equipada com mísseis de defesa aérea lançados de silos verticais, por isso, de uma forma mais realista, defendi o desenvolvimento de uma versão mar-ar do A-Darter, que beneficiaria a nossa indústria, além de reduzir os custos logísticos, já que equiparia outras classes de navios também. Não acho que precisaríamos de uma escolta com maior tonelagem para poder acomodar tantos mísseis de defesa aérea, pois tamanho nem sempre significa espaço para armas, como pode ser visto por exemplo na Fremm italiana, que desloca 6 mil ton e leva 32 SAMS, enquanto que a classe Eliat da marinha israelense que desloca um pouco mais de mil toneladas pode levar até mais que 32 mísseis Barak. Sei que para acomodar esse total de 64 mísseis de forma individual, seria necessário muito espaço, mas o que pensei e talvez não tenha dito, foi em uma configuração semelhante ao lançador MK-41 com o míssil ESSM ou o lançador Sylver com o míssil Crotale, onde cada silo pode acomodar até 4 mísseis, ou seja, um único lançador de 8 células poderia acomodar até 32 mísseis, logo, apenas dois lançadores de 8 células, totalizando 16 células, poderiam acomodar todos os 64 mísseis, não que isso fosse necessário, mas seria uma capacidade bem vinda. Poderia ser equipada com apenas 4 lançadores de 8 células cada como nas fragatas Fremm, sendo 2 deles equipados com até 64 mísseis de defesa aérea, e os outros dois poderiam ser equipados com mísseis de cruzeiro ou até o sistemas ASW MILAS em sua capacidade máxima de armas. Não sei se precisamos de tanto, mas é uma capacidade que seria bem vinda em nossas escoltas de maior tonelagem.
Também gosto do radar Ceafar, porém , mesmo tendo mais alcance que o TRS-4D, acredito que não seja tão moderno nem tenha a capacidade de acompanhar tantos alvos simultaneamente
Obrigado aos leitores pelas sugestões e correções, e obrigado aos administradores do DAN por terem publicado minha sugestão, fiquei bem feliz em ver meu trabalho em um site tão bom e sério.
Abraços a todos.
Lucas Sena,
O problema da adoção única de motores a diesel não seria a velocidade final em si, e sim como manter a velocidade máxima ( ou atingir a maior velocidade possível ) em situação adversa. A questão que me faz discordar da adoção unica dos motores a diesel é especificamente a perda de rendimento em mares bravos, que é consideravelmente maior do que seria com turbinas. Isso, em se tratando de uma ação ( perseguição a um submarino, por exemplo ), pode ser crucial em mares abertos…
No caso específico da fragata dinamarquesa, creio que a geografia possa explicar. Suas áreas de operação seriam, em primeira instância, a região do Báltico, Kattegat, e apenas ocasionalmente o Mar do Norte e o Atlântico. Em outras palavras, esse navio estará a maior parte de seu tempo navegando em águas mais fechadas e sob proteção aérea ( quando não da própria Dinamarca, o será de seus aliados da OTAN ). Na situação específica dos dinamarqueses, grandes arrancadas em velocidade para qualquer lugar que seja não faz muito sentido, ainda mais tendo consciência de o país domina o acesso ao Báltico e que quaisquer navios ficarão ao alcance da aviação naval baseada em terra de uma forma ou de outra… Quando em missões até a Groenlândia ou Ilhas Faroe, esse navio provavelmente deverá atuar sozinho; sem a necessidade de reabastecer-se para chegar ao seu destino. Nesse caso, os motores a diesel se mostram uma escolha mais interessante para uma embarcação dessa tonelagem.
No caso específico do Brasil, de fronte a águas bastante abertas e propensas a toda a sorte de mar, então deverá haver uma turbina para grandes arrancadas e melhor rendimento a velocidades maiores. Serão raras as vezes nas quais as embarcações brasileiras deixarão suas águas, haja visto as posses ultramarinas brasileiras estarem todas no Atlântico Sul. Por tanto, o arranjo único de motores diesel não seria fundamental como no caso dinamarquês.
Quanto a armamento, tudo depende das dimensões dos mísseis. Se for feito um arranjo apenas pensando em mísseis do porte de um Barak 1, então concordo que seria realmente possível dotar as fragatas de até 64 mísseis. Contudo, para um navio cuja necessidade é prover escolta e realizar missões longe da costa e muitas vezes independente da frota, haveria a necessidade de algo com maior alcance. Por tanto, uma certa quantidade de células deveria ser ocupada por um míssil que certamente seria de maiores dimensões, inviabilizando o total de 64.
Obrigado pela explicação _RR_.
A respeito do armamento.
Li em alguns locais que está prevista a substituição dos Barak 1 pelo Barak 8 na classe Eliat israelense, sendo que o Barak 8 é um míssil relativamente grande, possuindo 4,5m de comprimento, 540mm de diâmetro, e 275kg. Alguns sites dizem que a mesma poderia levar de 32 a 64 destes, isso em um navio de 85 metros de comprimento e 1.200 toneladas, por isso achei aceitável uma classe de aproximadamente 133 metros de comprimento e em torno de 5 mil toneladas levar a mesma quantidade com certa folga, isso claro se, fosse possível levar 4 deles por célula, como é o caso dos ESSM. Li que o míssil Marlin, que foi oferecido para ser desenvolvido em conjunto com o Brasil, poderia ser usado nas arenas ar-ar, terra-ar e mar-ar. Sei que mísseis ar-ar pesados não são bem vindos em aeronaves de combate, pois limitam seu alcance, velocidade, e prejudicam a aerodinâmica, por isso creio que o famoso Marlin terá o tamanho aproximado de um míssil Meteor, algo em torno de 3.6 metros de comprimento, 180mm de diâmetro e 180kg já que ambos teriam um alcance na casa dos 100km. As versões lançadas de terra e mar deveriam receber um booster para manter o longo alcance, e, no meu entendimento de leigo, creio que este booster não teria um diâmetro maior que 254mm, que é o mesmo diâmetro de um míssil ESSM, e que por sua vez pode ser acomodado até quatro unidades por alvéolo do lançador MK-41, por isto creio que acomodar 32 destes, mais 32 do porte do A-Darter não seria problema.
Abraços, e obrigado mais uma vez pela explicação, deu pra aprender bastante coisa.
Lucas, apenas para te posicionar. Motores a Diesel não conseguem colocar uma fragata de 6.000t a 30 nós. Ela pode até atingir essa marca, mas não sustenta por muito tempo, e, o mais importante, leva uma ETERNIDADE para chegar aos 27/28 nós.
Por isso as turbinas são fundamentais. Elas aceleram rapidamente o navio, e uma vez em combate, essa ACELERAÇÃO fará TODA diferença.
Sei que é mais econômico, mas na hora H, não serve.
Abs
Obrigado pelas explicações. Juntando agora a explicação de vocês, e analisando um pouco os projetos da atualidade, as coisas começam a fazer mais sentido, rsrs.
Uma dúvida que tenho á algum tempo: As fragatas da classe Niterói deslocam pouco menos de 4 mil ton e utilizam 2 turbinas, que se não me engano chegam na casa dos 56.000 hp juntas. e isso a leva á velocidades de aproximadamente 30 nós. Alguns projetos recentes como as fragatas da classe Fremm, a f-124 e a f-125, que deslocam de 6 mil ton para mais, são propulsadas apenas por uma turbina a gás, esta, que geralmente produz uma potência na casa dos 26.000 hp, e estes navios conseguem um desempenho semelhante ao da classe Niterói, com exceção da f-125, que é um pouco mais lenta em velocidade máxima. Esse rendimento semelhante, em um navio mais pesado e com metade da potência se deve a tecnologia das turbinas, desenho moderno dos cascos diminuindo a resistência hidrodinâmica, ou á algum outro fator?
Abraços.
E os motores elétricos, Padilha? A que nível de viabilidade podemos chegar? Obrigado desde já pela resposta.
Os Azipods atualmente não são compatíveis para um Escolta pq não atingem as velocidades exigidas. Mas quem sabe no futuro, com a evolução, não sejam uma boa opção.
Será que nossas futuras escoltas precisam de 64 lançadores de mísseis? Desconfio de que os atuais navios não tem mísseis suficientes para todo os seus lançadores, que não são muitos.
Ops,quis dizer MAN-1 e não MAR-1
Parabéns Lucas Silva pelo bom texto.
Os NpaOc poderiam operar em vez de um helicóptero tipo Lynx um sistema Vant como por exemplo o S-100 Camcopter em avaliação pela MB, e disponibilizando os Helicópteros Lynx para as corvetas e fragatas. Já o armamento poderia adicionar dois reparos para o Mistral RC que tem grande capacidade contra mísseis com perfil de voo baixo e contra ameaças assimétricas. E mantendo o espaço para colocar mísseis MAR-1 se caso for preciso.
Já as corvetas Barroso Mod acho que a defesa anti-aérea não poderia ficar só dependendo de armamento de tudo e sim um sistema VLS como a MB quer.
Já o armamento das fragatas como o caro _RR_ falou e concordo acho difícil comporta 32 células para mísseis de curto alcance e mais 32 células para mísseis de longo alcance para uma fragata de 4.500 á 5.000 t pela falta de espaço. Uma solução na minha opinião poderia ser 32 células para os mísseis Marlin e um sistema CIWS tipo Palma nas laterais do hangar numa configuração igual as da classe Krivak IV russa. O armamento anti-navio e anti-submarino ficaria o mesmo mencionado.
A MB podeira também ter uma escolta de maior tonelagem para AAW tipo destroyer para defesa dos dois futuros NAes da MB. Poderia ter como base uma versão alongada das F-105 da Navantia desenvolvida em conjunto ,adicionando uma sessão atras do hangar para acomodar mais 32 células para mísseis Marlin ou mísseis de cruzeiro tipo Scalp Naval ou do AV-MT-1000 (versão de maior alcance da versão terrestre de 300 km). O radar seria o CEAFAR.
Ops,quis dizer MAN-1 e não MAR-1 no meu comentário sobre os NPaOc.
Caro Lucas Silva.
Texto muito legal. Parabéns.
Eu realmente considero que toda e qualquer iniciativa nacional é interessante. A Barroso prova que o Brasil é capaz de soluções própria.
Contudo, gostaria de tecer algumas considerações nesse exemplo de fragata que considerou em seu texto.
Sobre propulsão:
Os motores a diesel são realmente mais econômicos, permitindo elevado alcance. Sua instalação também seria mais simples e barata do que outros sistemas de propulsão mais complexos, reduzindo a necessidade de espaço por se dispensar sistemas necessários a caldeiras. Mas existem certas desvantagens para o uso a que se destina, nesse caso.
Primeiramente, seria difícil alcançar e manter uma velocidade de 30 nós apenas com motores a diesel, pois eles não possuem um bom rendimento para elevadas velocidades, mesmo considerando a potencia pretendida nesse caso ( falando de uma maneira geral ). Condições de mar adverso ou qualquer situação na qual se aumente a carga da embarcação ou a resistência do mar para com a embarcação podem cobrar caro no rendimento desse tipo de propulsão, com uma perda de rendimento/velocidade maior do que seria com turbinas ou motores elétricos. A vibração também se mostra um problema em elevadas velocidades, para motores a diesel. Em suma, creio que o uso de somente motores a diesel não seja o mais adequado para um navio cujo propósito deve ser prover escolta a tipos maiores e que podem ser igualmente rápidos ( como porta-aviões ), ou dar caça a submarinos capazes de elevadas velocidades ( SSN ).
No meu entender, se se procura boa velocidade de cruzeiro com possibilidade de se prover uma velocidade elevada de forma constante em qualquer mar, o sistema de propulsão deveria ser CODOG ( combinação de motor diesel e turbina a gás ), para que se possa adequar a planta propulsora para a melhor regime de velocidade de acordo com a situação em que determinada máquina gera o melhor rendimento.
A rigor, considero que a propulsão única a diesel é para navios que devem percorrer grandes distâncias a velocidades moderadas, e que, portanto, não tem uma necessidade específica de desenvolver e manter uma velocidade elevada. No tocante a navios de guerra, seria interessante para aqueles cuja missão é a patrulha em águas longínquas e/ou que deva permanecer várias semanas no mar por conta própria…
Quanto a armamento:
Considero ser extremamente difícil para um navio de 4500 a 5000 toneladas apresentar espaço suficiente para a instalação de células para 32 mísseis A-Darter e mais 32 mísseis de alcance maior. De fato, navios dessa faixa de tonelagem normalmente acomodam entre 16 e 32 células de lançamento verticais ( de capacidades diversas ). Enfim, mesmo que se consiga espaço, se fossem ser acomodados mísseis de maior peso e tamanho que um A-darter, creio ser difícil que se tenham 64 mísseis disponíveis. As FREMM francesas, por exemplo, não apresentam mais que 32 células, que acomodam 16 Aster-15 e 16 mísseis SCALP; e são navios maiores, com cerca de 6000 toneladas.
A capacidade ASW está boa, e seria excelente contar com dois helicópteros ASW do porte do Sea Hawk, embora creio ser difícil acomoda-los. Até onde sei, navios dessa tonelagem dificilmente levam mais que um vetor desse tipo. Salvo engano, a classe Perry americana leva dois Seahawk. Com essas dimensões pretendidas, creio que haveria espaço de sobra para um hangar capaz de acomodar dois Sea Lynx, o que poderia tornar a operação mais comoda.
Considero que o canhão de 127mm é realmente adequado, embora preferisse um calibre menor nesse caso. E no lugar da miscelânea de peças de 35mm e 20mm, colocaria apenas um CIWS sobre o hangar e duas peças de 20mm em reparos em ambos os lados do passadiço.
Quanto aos sensores, a escolha é interessante. O TRS-4D é um equipamento bem capaz. O IRST também viria a ser particularmente útil.
Saudações.
Não podemos copiar pois, como o resto do mundo respeitamos as patentes criadas! Exceto a China, que não respeita nada! Inclusive já, também exportou armas químicas e biológicas, banidas por tratados internacionais! Mas podemos copiar e melhorarmos nossos próprios projetos! Se a Barroso pode visitar outros países e participar de exercícios mundo afora, então pode, operar mundo afora, como essas Barroso-MOD! Teríamos então o que se poderia chamar de ” Fragatas leves”! Outra sugestão que dou é usarmos o BRAHMOS, com 300 km e MACH 2,5 e, com um hangar maior, usarmos o EC-725, já começando a ser fabricado aqui usando o MANSUP ou Exocet e torpedos/cargas de profundidades, como o Chile faz com algumas de suas fragatas usando Super Pumas! Isso nos faria a marinha mais respeitada do hemisfério sul!
Pois é Ricardo Santos, infelizmente ainda existem pessoas com essa mentalidade de piratear, passar por cima das patentes, roubar projetos dos outros, é lamentável! Sempre essa história de copiar dos outros sem investir em pesquisa, infelizmente as pessoas não esquecem a Lei do Gerson, depois reclamam que o Congresso Americano não aprova venda de armamento avançado para o Brasil, depois reclamam que os americanos boicotam venda de outros países ao Brasil, depois reclamam que usamericanus são maus…Nunca seremos nada enquanto alguns mantiverem essa mentalidade de que fazer pirataria é melhor.
Só não entendi a necessidade de adaptação e desenvolvimento de um novo NAPAOC, visto que no contrato de aquisição dos três existentes (ex-Trinidad) foi mencionado e posteriormente confirmado a inclusão do licenciamento (fornecimento dos projetos) para a construção local de até mais 09 unidades idênticas e/ou modificadas.
Qual a finalidade de um radar 3D em um NPaOc sem armamento anti-aéreo ???
Os nossos engenheiros navais não tem capacidade para projetar uma fragata ou até mesmo fazer igual os chineses copiar. Podia-mos seguir o exemplo chines compramos apenas uma e copiamos.
Não não. Fiz a pergunta ao Centro de Projetos navais. Pensei a mesma coisa. Eles tem sim total condção de desenvolverem fragatas com suas 4000-5000ton de deslocamento. Não fazem por que a marinha não quer.
Excelente trabalho! Ficou muito bom! O caso do NaPaOc a boa velocidade, montagem completa do Super Rápido 76mm (quem sabe com um radar de tiro compatível, entendi que uma alça optrônica seria básico) com previsão para a instalação de míssies Mar-Mar é para mim condição mínima para termos um Guerreiro rapidamente adaptável para caso de crise. Faltaram também locais para colocar um lançador de Mistral (simbad) ou equivalente e Lançadores de Chaff e Flare, novamente somente previsão, Isso tudo seriam lições aprendidas do conflito do Atlântico Sul de 82 posso citar o caso do aviso ARA Sobral atacado por Dois Linkx quando em auxilio à navegação dos pilotos da FAA e em resgate do pessoal de Vôo de um Camberra abatido.
Senhores, bom dia.
O interessante da discussão é perceber que existem alternativas, que poderiam ser melhor desenvolvidas – seja para a presente janela de oportunidade, seja para uma futura -, ao que existe de mais concreto no horizonte próximo. E também se percebe, SMJ, que a nossa dependência externa, ao menos no que se refere aos meios de superfície, não é tão grande quanto alguns gostariam que pensássemos que fosse.
A escolha, como sempre, muito além das especificações técnicas, é sobretudo política.
Gostaria de propor mais à essa proposta! Poderiam ser em número de, talvez, 16 ou 18! Pois com isso padronizaríamos a logística e reduziríamos os custos e, assim, conseguiríamos substituir todos os nossos escoltas, repondo nosso défcit de meios (há algum tempo atrás de 18 navios contra apenas 14 hoje), sendo 2 para escolta de nosso NAe. Impulsionando ainda mais nossa indústria naval e dando-nos tempo de pensarmos e projetarmos vasos maiores no futuro. Poderíamos usar a versão naval do Pantsir, o Palma, conjugados com outros sistemas, anti-submarinos e anti-superfície, sendo a, já citada, utilização do MANSUP (se este fosse baseado no Exocet block 3, logicamente) e do AVMT-300 e um helicóptero orgânico.
Rapaz, eu nem sabia que existia o Palma!
Numa pesquisada rápida foi possível descobrir que ele já existia em discussões em fóruns desde 2005! É um irmão menor do Kashtan. Na descrição informa que o míssil usado seria subsônico(!!).
http://forum.keypublishing.com/showthread.php?44411-Better-CIWS-Palma-Kashtan-AK630-GoalKeeper-or-Phalanx
De qualquer maneira, seria bastante interessante se o Lucas Silva também pudesse apresentar concepções gráficas das corvetas utilizando esta alternativa. Pessoalmente sou mais a favor deste tipo de armamento (Goalkeeper, Kashtan, Phalanx) para CIWS do que os Trinity usados na MB, ou mesmo os Denel sugeridos no post. Oferecem mais alternativas de ação. A considerar peso e custos.
Abs
Os EUA, Russia, França, Alemanha, Espanha e Suécia (esqueci alguém?) farão de tudo para continuar vendendo navios e sistemas de armas ao Brasil. Contam, para isso, com dois grandes aliados no País: o apetite dos políticos para contrair vultuosos financiamentos no exterior – sem qualquer interesse pessoal, é claro… – e o imediatismo da maioria dos nossos chefes militares (tudo é “para ontem”). Resultado: o Brasil acaba importando ovos desses paises, ao invés de criar galinhas e exportar os ovos.
Segundo o site Alide a marinha não adotará o I-Mast da Thales nas corvetas por razões de peso+custos.
http://www.alide.com.br/joomla/component/content/article/75-extra/4634-radar-das-corvetas-cv3-da-mb-comecam-a-tomar-forma
Realmente é triste constatar que o ProSuper esteja prestes a seguir o mesmo caminho que o F-X (1 e 2) trilharam…… Infelizmente me parece que a MB está numa situação pior do que a da FAB no que se refere a seus meios, pois não cabe sequer a possibilidade de uma modernização como a FAB fez com seu principal vetor. As Type.22 já estão no limite e as Niteroi já foram modernizadas na decada passada.
A proposta de um “ProSuper” nacional é interessante e, acredito que seja mais do que possível sim que a MB projete e construa suas proprias escoltas, recorrendo a sistemas estrangeiros apenas nos casos em que não contarmos com algo desenvolvido pela industria brasileira. Se formos ver por este lado, estamos em vias de desenvolver um missil antinavio nacional (MANSUP) e não seria dificil adotar misseis ar-ar produzidos no Brasil para a função SAM.
A MB acertou em dar inicio ao projeto e construção de uma nova classe de corvetas derivado das Inhauma/Barroso, porém acredito que em lugar das quatro unidades, poderiamos ampliar o numero para oito, de maneira que elas poderiam facilmente (e a um custo menor) repor a lacuna deixada pelos CT Classe Pará e ainda permitir a desativação das FF Type 22 sem que a esquadra fique desfalcada. Considerando o poder de fogo que as novas corvetas terão, seria um grande incremento na capacidade da MB que teria, considerando as FF Niteroi, quatorze escoltas plenamente capazes de combater ameaças submarinas, de superficie e aéreas.
Matéria interessante e o melhor: perfeitamente tangível!
Fica uma pergunta para os leitores: por acaso está havendo uma ‘troca’ gradativa de meios superficiais maiores para meios superficiais menores? Se olharmos pra nossa marinha nos anos 80, notaremos navios (ainda que mais antigos) de maior deslocamento do que nossas Fragatas atuais. Os colegas não acham que o Brasil deveria obter vasos mais pesados?
Sds.