Projeto inclui a construção de cinco embarcações nacionais. Quatro delas devem estar prontas de 2017 a 2023
Com a construção das cinco embarcações que integram o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), do Ministério da Defesa, a Marinha do Brasil destaca a geração de energia elétrica, o desenvolvimento de novos materiais, a produção de radioisótopos para a medicina e a irradiação de alimentos para conservação, como alguns dos benefícios para a ciência e a tecnologia brasileira.
“Ao final desse programa, o País terá adquirido um conhecimento tecnológico muito grande para a nossa indústria, nossas universidades, e uma capacidade que poucos países no mundo têm”, avalia o coordenador geral do projeto, o Almirante Gilberto Max.
Somente na construção dos quatro submarinos convencionais, estima-se que cada uma das embarcações a serem produzidos no Brasil contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados por mais de 100 empresas brasileiras, incluindo a criação de sistemas, equipamentos e componentes, treinamento para o desenvolvimento e integração de softwares específicos e suporte técnico para as respectivas empresas durante a produção desses componentes.
A construção do submarino de propulsão nuclear, o SN-Br, está prevista para começar em 2016 e terminar em 2023, quando a embarcação passará por testes e provas de cais e de mar, sendo transferida, então, para o setor operativo da Marinha do Brasil em 2025.
Os quatro submarinos convencionais devem estar prontos no período de 2017 a 2023, sendo que o primeiro deve entrar em operação já em 2017.
Benefícios
Para a construção das embarcações, além da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), inaugurada em 1º de março de 2013 pela presidente Dilma Rousseff, encontra-se em construção um complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN) às margens da Baía de Sepetiba, no município de Itaguaí (RJ).
Em dezembro do ano passado, a presidente inaugurou o prédio principal do EBN, que permitirá a fabricação de até dois submarinos simultaneamente.
Na construção e no projeto dos quatro submarinos convencionais e o de propulsão nuclear serão gerados aproximadamente 5,6 mil empregos diretos e 14 mil, informa a Marinha do Brasil.
Na avaliação do órgão federal, isso representa um contingente de pessoas qualificadas em diversos níveis e especialidades, multiplicadores de conhecimento e integrados ao desenvolvimento econômico e social do País.
Dentro das iniciativas do Prosub, existem programas sociais para a região de Itaguaí, como cursos de formação de mão de obra para trabalhar no empreendimento, realizados no próprio canteiro de obras. Já foram formados 438 profissionais nas atividades de soldador, carpinteiro, eletricista, pedreiro, montador, armador e ajudante.
Defesa e soberania
Com quase 10 mil quilômetros de costa, o Brasil possui um dos maiores litorais do mundo. De acordo com a Marinha, os cinco submarinos agregam uma importância estratégica inegável para o País, causando um efeito dissuasório.
“O submarino é exatamente para o País não entrar em guerra, é para evitar a guerra”, explica o coordenador geral do projeto, o Almirante Gilberto Marx.
Uma das prioridades das embarcações é assegurar meios para negar uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. Além disso, elas contribuirão para a defesa das bacias petrolíferas brasileiras, com ênfase no pré-sal.
Dados da Marinha mostram que 95% do comércio exterior nacional é transportado por via marítima. Além disso, a extensa área oceânica, adjacente ao continente brasileiro, chamada “Amazônia Azul”, contém milhões de metros quadrados de incalculáveis bens naturais.
Segundo o Almirante Gilberto Marx, ao contrário dos submarinos convencionais, o SN-Br será empregado em mar aberto, nas chamadas “águas azuis”, acompanhando e neutralizando forças navais que ameacem a soberania.
FONTE: Portal Brasil
Prezado Gilberto,
O sistema de combate original dos submarinos da Classe “Tupi” e do “Tikuna” eram/são da Atlas e não da Thales. Este sistema vem sendo substituído pelo sistema de combate integrado AN/BYG 501 MOD 1D, da Lockheed Martin.
Como arma principal, os submarinos passam a empregar os modernos torpedos inteligentes do tipo Mk.48 MOD 6AT.
Classe Tamandaré e não Tamandará…
E lembrando a MB toca discretamente o programa Mod Sub onde os submarinos da classe Tupi quando alcançam o seu Período normal de Manutenção Geral (PMG) tem sido aproveitado para incorporar alguns avanços no Tikuna e atualização de recursos como a instalação do MAGE Defensor em substituição do equipamento original da Thales, troca da parte de processamento de sinal e eletrônica do sonar, novos equipamentos de comunicação, grupo destilatório de osmose inversa, equipamentos de auxílio ao combate, troca do elemento refrigerante do sistema de ar condicionado (ecológico) e várias outras modificações…
Mas a experiência com os IKL não foi perdida !
O S-34 Tikuna já é um “Mod Improved Classe Tupi” (IKL 209 modified).
Mesmo os Scorpène convencionais no ProSub já foram encomendados com modificações especificadas pela MB e diferem significativamente dos Scorpènes chilenos e indianos.
Toda experiência se dá cumulativamente aumentando a capacidade tecnológica do País.
A decisão de projetar um submarino convencional ficará para futuro no momento a MB tem dois projetos um é o submarino nuclear e o outro (opcional) é a possibilidade de após conseguir o seu submarino nuclear a MB pode decidir projetar um sistema de AIP de tecnologia nacional e adaptado as nossas necessidades e disponibilidade de recursos e instalar nos Classe Tamandará (Scorpène BR) uma vez que além de estendidos no comprimento (e maior número de baterias) o projeto foi feito prevendo a inclusão de mais uma pequena seção adicional onde poderá instalar o um futuro AIP nacional (se desejado).
Prezado Gilberto , segundo a própria MB , o tamanho maior , ( 75m ) de comprimento dos futuros S-Br é para dar mais conforto à tripulação. Eu prefiro acreditar que é para futura nuclearização dos mesmos. Pois eles tem exatamente as mesmas dimensões dos submarinos nucleares franceses da Rubis.
Eu acho que não, os alemães só perderam porque o U-214 não atende os requerimentos de uma marinha oceânica como pretende ser a nossa, uma marinha de aguas azuis têm que operar um submarino nuclear, e a thyssen krupp marine systems só lançou o HDW Class 216 o ano ante-passado, logo com um deslocamento aproximado a 4000t, mas para você ter uma ideia o SNBR terá provavelmente um deslocamento aproximado de 6000t , a MB deixou de ser uma marinha costeira, para ser uma marinha oceânica, e tudo passa pelo acordo PROSUUB com a frança, A alemanha não atende aos nossos requisitos…
Claro que parte da independência que nós hoje temos no PROSUB foi adquirida na classe TUPI, muita coisa que se faz hoje , é feito porque aprendemos com os alemães, mas vamos aprender mais ainda com os franceses, lembro que foram mais de 30 anos de espera, para lançarmos o projecto de construção o SNBR, não há duvidas de que vamos alcançar esse objectivo, não há duvidas, e se houver dinheiro vamos fabricar TIKUNAS somente para a exportação, da mesma forma que a frança fez com o SCORPENE, o Brasil vai fabricar TUPIS somente para a exportação.
A experiência adquirida com a construção de submarinos alemães foi perdida? Há risco da experiência adquirida com a construção dos submarinos franceses se perder? O que fazer para não perdê-la?
Segundo o almirante Moura, não projetamos a classe Tupi apenas construimos em território nacional tal classe: “sabiamos que tinhamos capacidade de construir submarinos, mas sabiamos que não tinhamos a capacidade de projetar”. Portanto a experiência que vc se refere é apenas de montar os navios.
pelo que explicaram n foi perdida, mas os subs franceses são construidos com a mesma tecnologia dos subs nucleares, e essa tecnologia que o brasil precisa
Boa pergunta, à qual acrescento: será que após a aquisição de experiência na construção dos IKL e agora dos Scorpène, não seria viável o país projetar e construir seus próprios submarinos, e não a partir de um projeto já pronto? Com certeza isso iria alavancar ainda mais o nível tecno-científico do país, com o domínio completo de todas as fases desse importante vetor naval. Além de o país tentar incorporar tecnologias próprias a serem desenvolvidas com muito investimento no setor, a exemplo das ultracentrífugas nacionais de enriquecimento de urânio, as quais, dizem os especialistas, são únicas no mundo (fico imaginando o desenvolvimento de um propulsor nuclear com baixíssimo nível de ruído e atrito, mudando toda a concepção em torno dos SSN, cujos motores são mais ruidosos que os de propulsão elétrica).
Ricardo , no caso do nuclear, a MB não está partindo de um projeto pronto. Nem mesmo os S-Br são iguais aos Scorpènes franceses. O País está pagando para aprender projetar e construir submarinos.
Além disso, Aurélio, o Brasil ainda tem que construir mais submarinos, tanto para alcançar a meta de 15 diesel além de 6 nucleares, como para substituir a médio prazo a classe Tupi. Nessa nova fase não terá participação estrangeira ja por causa do objetivo principal do prosub que é projetar e construir esses meios independentemente.
O Brasil ja teve seu próprio plano de submarinos, mas só projeto não é suficiente para materializar um navio: tem que ter verba! É por isso que estamos tão atrasados nesse setor. Os criticos do prosub culpam tão somento do governo pela falta de investimento, mas tem as pressões externas que prejudicam o Brasil também. Só lembrar o caso do CC Osório. Quem estava no governo quando da construção da corveta Barroso?
Claro que queremos que o Brasil tenha a melhor Fragata possivel , o melhor submarino, etc; mas essas coisas não são tão faceis assim para o Brasil como fazem parecer.
você têm toda razão, as pessoas não são sérias.