Em uma tentativa de incrementar relações entre as nações, um consórcio japonês disponibilizou uma linha de crédito de USD 3.5 bilhões para a construção de submarinos para a Marinha Real Australiana. DCNS, grupo francês e Thyssen Krupp Marine Systems da Alemanha (TKMS), também ofereceram propostas, mas vários analistas acreditam que o Japão é o único concorrente com submarinos grandes o suficiente para atender às demandas da Austrália.
Consórcio do Japão inclui o governo japonês, Mitsubishi Heavy Industries e Kawasaki Heavy Industries.
Se conseguir o contrato, o Japão propôs construir um submarino no estado da arte, que seria maior do que seu submarino da classe Soryu de 4.000 toneladas, usando novos projetos e com construção no Japão, bem como Adelaide e em Perth. Além disso, o Japão ofereceu-se para treinar centenas de engenheiros australianos em Kobe, o seu centro de produção, bem como na Austrália.
A Austrália está à procura de um submarino de longo alcance, cerca de 4.000 toneladas, maior do que o Collins de 3.300 toneladas que atualmente emprega. Para competir contra o Soryu do Japão, o TKMS apresentou o Type 216 de 4.000 toneladas e a DCNS está oferecendo uma variante menor, não-nuclear de seu submarino da classe Barracuda com 5.300 toneladas.
A concordância em construir os submarinos na Austrália foi um dos pontos anteriores de contenção que apareceram para dar aos licitantes europeus uma vantagem nas negociações. DCNS e TKMS tinham anteriormente prometido construir submarinos inteiramente na Austrália, mas o Japão tinha sido lento em declarar essa intenção até recentemente.
Empregos na indústria tornaram-se uma questão política aquecida na Austrália, e o Ministério da Defesa japonês declarou recentemente que a sua opção híbrida de subs de construção na Austrália e no Japão seria a opção mais barata para os contribuintes australianos.
Interesse da Austrália no reforço da sua frota naval parece ser impulsionado pelo aumento da assertividade da China na região.
Em junho, Índia, Japão e Austrália participaram de um diálogo trilateral marítimo em Nova Deli. As negociações tiveram a participação de ministro das Relações Exteriores indiano Subrahmanyam Jaishankar, do vice-ministro das Relações Exteriores japonês Akitaka Saiki e do secretário australiano do Departamento de Relações Exteriores e Comércio Peter Varghese.
Dois submarinos chineses foram vistos perto de Sri Lanka e Paquistão em julho, o que atraiu críticas de nações à China.
A Austrália completou o AUSINDEX-15, seu primeiro exercício marítimo bilateral com a Índia, no mês passado. A Alta Comissão Australiana em Delhi, declarou que os exercícios incluem guerra anti-submarina e treinos anti-submarinos coordenados.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Noticiário Naval
Na minha humilde opinião a MB não deveria sonhar com impossível e sim fazer como a marinha australiana que é realista ao saber que não tem condições de ter um porta-aviões e um submarino nuclear terá dois navios de desembarque anfíbio novinhos (Classe Camberra) e uma frota bem mantida de submarinos convencionais (Classe Collins) que será substituída.
Na minha humilde opinião a MB não deveria sonhar com impossível e sim fazer como a marinha australiana que é realista ao saber que não tem condições de ter um porta-aviões e um submarino nuclear terá dois navios de desembarque anfíbio novinhos (Classe Camberra) e uma frota bem mantida de submarinos convencionais (Classe Collins) que será substituída.
O Brasil está indo muito bem, com a classe SNBR Alvaro Alberto, o BRASIL irá integrar o selecto grupo de 5 nações com assento no CS da ONU, são 6000 t de muita tecnologia, A aposta foi pesada, mas nem que tenhamos que comer grama, o SNBR vai emergir em 2023, pronto para defender os nossos mares.
“O SNBR vai emergir em 2023”
Isso sim é uma “aposta alta”… Fico até aliviado, pois vamos ter “um” submarino movido a energia nuclear fazendo o papel de uma marinha toda… E vamos ter isso, nem que tenhamos que comer mais grama e assistir o resto da marinha ser sucateada… E em 2023 irá emergir das profundezas dos mais de 40 anos de projetos e megalomanias o mais poderoso, caro e único submarino convencional movido a energia nuclear do mundo…
Realmente o Brasil deveria se espelhar na Australia, más fazer o que né…
O Brasil está indo muito bem, com a classe SNBR Alvaro Alberto, o BRASIL irá integrar o selecto grupo de 5 nações com assento no CS da ONU, são 6000 t de muita tecnologia, A aposta foi pesada, mas nem que tenhamos que comer grama, o SNBR vai emergir em 2023, pronto para defender os nossos mares.
“O SNBR vai emergir em 2023”
Isso sim é uma “aposta alta”… Fico até aliviado, pois vamos ter “um” submarino movido a energia nuclear fazendo o papel de uma marinha toda… E vamos ter isso, nem que tenhamos que comer mais grama e assistir o resto da marinha ser sucateada… E em 2023 irá emergir das profundezas dos mais de 40 anos de projetos e megalomanias o mais poderoso, caro e único submarino convencional movido a energia nuclear do mundo…
Parabéns à Austrália, está acabando de terminar o processo de produção de suas novas fragatas tops de linha. E já vai começar a construir seus novos submarinos.
Esse trio India, Austrália e Japão já consegue fazer uma grande frente ante a China.
Com o tratado ecônomico do Pacifico TPP, O Obama quer a economia da China volte a ser quinta maior do mundo e não a segunda. Saindo todas as fabricas e indo para Vietnam, Brunei, Malásia, Thailandia.
Se acontecer isso, a China irá ficar com o pires na mão, irá se juntar com Brasil, Russia, Venezuela e Argentina com pires na mão.
Sds
Lhe sugiro se informar melhor, pois as empresas americanas já estão saindo da China, pelo motivo de que estas são obrigadas a pagar salarios cada vez maiores aos trabalhadores chineses, isso afeta a economia chinesa? Não, pois os chineses que deixam de trabalhar na industria vão trabalhar no setor de serviços, que tem uma representatividade maior do que a industria na economia chinesa.
Portanto a ideia de que a China vá sair com o “pires na mão” por causa da saida de empresas americanas é pura fantasia.
É muito fácil a China crescer mais independente das fábricas capitalistas situadas lá. Somente ela derubar o governo comunista e abrir todo país a liberdade econômica igual fez nas suas principais cidade como Hong Kong, Xangai, Shezen, Tiajin e Pequim.
Negócio na China está tão feio que já fez uma semana que sua bolsa de valores não opera, o indice Xangai, estranho??!! O ano novo chinês não é esta época, primeira vez que acontece isso, fez mesma tática do indice Athenas.
Sds
Novamente lhe sugiro se informar melhor porque apesar de seu governo ser comunista, a economia da China é capitalista portanto eles já tem a dita liberdade economica.
E levando-se em conta que a bolsa de Xangai fechou em alta de 1,27% nesta sexta-feira, e que a bolsa de valores chinesa ficou fechada por apenas dois dias, e não uma semana, e que esse fechamento se deveu aos seus feriados nacionais, e não porque a coisa está ”feia”, e que o ano-novo chines cai a cada ano em uma data diferente do calendario ocidental, portante não tem uma epoca especifica para começar, eu lhe aconselho a começar a usar argumentos de verdade ao inves de mentiras.
Realmente o Brasil deveria se espelhar na Australia, más fazer o que né…
Parabéns à Austrália, está acabando de terminar o processo de produção de suas novas fragatas tops de linha. E já vai começar a construir seus novos submarinos.
Esse trio India, Austrália e Japão já consegue fazer uma grande frente ante a China.
Com o tratado ecônomico do Pacifico TPP, O Obama quer a economia da China volte a ser quinta maior do mundo e não a segunda. Saindo todas as fabricas e indo para Vietnam, Brunei, Malásia, Thailandia.
Se acontecer isso, a China irá ficar com o pires na mão, irá se juntar com Brasil, Russia, Venezuela e Argentina com pires na mão.
Sds
Lhe sugiro se informar melhor, pois as empresas americanas já estão saindo da China, pelo motivo de que estas são obrigadas a pagar salarios cada vez maiores aos trabalhadores chineses, isso afeta a economia chinesa? Não, pois os chineses que deixam de trabalhar na industria vão trabalhar no setor de serviços, que tem uma representatividade maior do que a industria na economia chinesa.
Portanto a ideia de que a China vá sair com o “pires na mão” por causa da saida de empresas americanas é pura fantasia.
É muito fácil a China crescer mais independente das fábricas capitalistas situadas lá. Somente ela derubar o governo comunista e abrir todo país a liberdade econômica igual fez nas suas principais cidade como Hong Kong, Xangai, Shezen, Tiajin e Pequim.
Negócio na China está tão feio que já fez uma semana que sua bolsa de valores não opera, o indice Xangai, estranho??!! O ano novo chinês não é esta época, primeira vez que acontece isso, fez mesma tática do indice Athenas.
Sds
Novamente lhe sugiro se informar melhor porque apesar de seu governo ser comunista, a economia da China é capitalista portanto eles já tem a dita liberdade economica.
E levando-se em conta que a bolsa de Xangai fechou em alta de 1,27% nesta sexta-feira, e que a bolsa de valores chinesa ficou fechada por apenas dois dias, e não uma semana, e que esse fechamento se deveu aos seus feriados nacionais, e não porque a coisa está ”feia”, e que o ano-novo chines cai a cada ano em uma data diferente do calendario ocidental, portante não tem uma epoca especifica para começar, eu lhe aconselho a começar a usar argumentos de verdade ao inves de mentiras.
Um ponto que deve ser levado em consideração a cerca dos submarinos da classe Soryu é que os mesmo são equipados com motores Stirling , estes motores produzem o maior rendimento, ou seja, a maior relação consumo X potencia dentre todas as máquinas motrizes, esta é a razão pela qual esta classe tem um dos maiores raios de ação entre todos os submarinos diesel elétricos do mundo…
Outro ponto importante é que esses submarinos também estão equipados com células de hidrogênio para seu sistema de geração de energia tipo AIP, que lhe confere capacidade de permanecer por longos períodos submerso.
Falando em índia, apesar de que o tema é submarino japonês, como vai os testes do submarino indiano lançado recentemente? Não se falou mais dele.
“Converter” submarinos nucleares em diesel ou AIP parece ser uma estratégia definitiva da França para vender submarinos. Mas tanto a França como a Alemanha não tem chances se a Australia quiser um exemplar em atividade como o Soryu.
Austrália é o país no qual a MB deveria se espelhar. Sem megalomanias os australianos vem renovando sua Royal Navy com embarcações de qualidade e constantemente… O que reflete um planejamento não visto na MB. E além das renovações de sua frota, é importante frisar o quadro de pessoal da RAN… Extremamente enxuto se comparado ao da MB, e isso que eles vivem em uma ilha, uma ilha gigante… Com um litoral tão grande quanto o nosso.
É sempre tentador e até válido comparar a marinha brasileira com
outras, mas, quanto à Austrália tenho algumas considerações:
Existe um pacto de defesa entre a Austrália e os EUA e como em todo
pacto existem direitos e deveres e a Austrália portanto precisa manter
um mínimo de navios relativamente novos e/ou modernizados para que
haja uma disponibilidade maior e a marinha da Austrália na verdade
encolheu pois conta e contará com 11 combatentes de superfície.
Também há de se lembrar que a Austrália é um imenso país esparsamente
povoado sem as necessidades ribeirinhas brasileiras e não há um
corpo de fuzileiros navais, os navios anfíbios australianos transportam
contingentes do exército.
Os australianos contam com uma grande dificuldade para tripular seus
navios especialmente seus submarinos, algo que ocorre faz anos e os
3 novos navios Aegis de projeto espanhol foram alvo de muitas críticas
pelo que estão custando e pelo atraso também.
Por fim há cerca de 2500 fuzileiros navais dos EUA permanentemente
baseados em território australiano através de um rodízio e mesmo planos
de navios anfíbios da US Navy serem baseados lá no futuro.
abs
Dalton, é muito bom receber suas críticas.
Não que a RAN seja a melhor marinha do mundo, pois não o é… Mas mesmo que essa tenha seus problemas técnicos, que opere com falta de pessoal ou que não possua algumas semelhanças com parte de nossas missões, como patrulhar o grande emaranhado de rios, ou como você bem disse, sustentar um corpo de fuzileiro e em último caso não lidar com a burocracia que nossa MB lida… Penso que eles fazem muito mais do que a MB, e com mais seriedade (pelo menos é o que se transmite, mas posso estar sofrendo do mal do jardim do vizinho…).
Mesmo que pese seus compromissos com os EUA , ou estar sobre o guarda chuva da US Navy, o que não é um demérito a meu ver, e sim um mérito, que demonstra as boas relações entre os países e o que favorece muitos acordos econômicos bem como sua segurança. Eles tem um planejamento bem definido de sues próximos passos e aquisições (vide planejamento para os Próximos 20 anos).
A MB também tem seus “planejamentos”, mas é uma bagunça e uma bagunça atrelada a boa vontade do governo e que demora muitas vezes décadas para sair do seu comodismo eleitoral… E que se comparada a boa vontade do governo australiano e seus compromissos com a defesa é lastimável. O exemplo mais escrachado disto é a situação atual da esquadra. Onde até teve-se um planejamento de substituições dos meios, mas… A realidade mostra o que se tem hoje.
A respeito dos Hobart´s, acredito que a crítica foi bem vinda ao projeto, e que esta dificultou a possível ação dos espertalhões, haja visto que será investigado o vultuoso encarecimento (~U$800mi até onde li) do consumo de verbas no projeto. Casos como este, para mim refletem que lá ainda se trata com seriedade a aplicação do dinheiro público e o encarecimento de projetos (mal muito comum e tratado como “normal” por estas bandas). Não consigo ver o mesmo por aqui.
Mas enfim, pode ser que o problema nem seja em a MB se espelhar na RAN… Mas em o MD se espelhar no Ministério da defesa australiano…
Bardini…
o que penso é que exatamente pela relação quase “carnal” entre Austrália e
EUA os australianos são “obrigados” a serem mais “coerentes” na falta de
palavra melhor com suas forças armadas.
Não apenas eles executam em conjunto uma série de exercícios dos quais o
mais importante é o RIMPAC como em 2013 a HMAS Sidney foi até o Japão
para durante alguns meses fazer parte da escolta do USS George Washington
então baseado lá.
Lá as coisas são levadas mais a sério porque o teatro de operações exige ao
contrário do que acontece por aqui em que pese a “cobiça” de certos países
pelas riquezas como muitos acreditam que culminará com a invasão do
Brasil etc, etc…o que não passa de uma fantasia ou seja aqui é muito mais
difícil justificar a compra de um navio novo, um mero “escolta” de 6000 toneladas na faixa de 1 bi de dólares quando pessoas estão morrendo por
falta de atendimento em hospitais.
Quanto ao “planejamento” da RAN basicamente é manter à atual estrutura com
um possível aumento no número de submarinos algo também ambicionado
pela marinha brasileira, não há muito segredo nisso, pois a RAN basicamente
é do mesmo tamanho hoje que décadas atrás.
Muitos acreditam que a marinha brasileira por exemplo recebe muito dinheiro do
governo apenas não sabe gerenciar o que na minha opinião não é verdade, e tem sido assim desde sempre, basta ler revistas e livros dos anos 80, quando,
plano após plano de reaparelhamento da marinha era “afundado” por crise após
crise.
Aquela “proposta” de duas frotas e 2 NAes, por exemplo, foi apenas uma resposta à pergunta do Ministério da Defesa do que a marinha acreditava ser
necessário, como o próprio Almirante Monteiro que também frequenta o DAN
nos contou e não um plano escrito em pedra.
Mesmo a US Navy também tem muitos furos em seus planos e vem fazendo
algumas adaptações interessantes para se adequar à falta de verbas e o mesmo ocorrerá na marinha brasileira.
É mais ou menos o que penso tentando expor em palavras escritas o que
não é muito fácil.
grande abraço
Dalton, sou grato pela resposta.
Me fez refletir certos pontos.
Não que eu veja nossa marinha com maus olhos, ou que ache que todos os seus integrantes sejam um bando de incompetentes, muito pelo contrário, tenho um profundo respeito pelos profissionais de seu quadro. Mas a impressão que fica é a de que muitas vezes quem toma as decisões lá dentro acaba colocando os pés pelas mãos e passam a impressão de não gerenciar muito bem o meu dinheiro, coisa que eu pelo menos deu muito valor. O caso do PMG do Ceará, só para citar um exemplo, me deixou profundamente decepcionado.
Um ponto importante que você citou foi que muitos pensam que a marinha recebe muito e faz pouco. Não acredito que seja verdade, o que particularmente penso é que a MB deveria moldar-se entorno do que sempre foi recebido ano a ano, crise após crise, e enxugar melhor seu quadro de profissionais, zelar pela desativação programada de seus velhos navios que necessitam de muita mão de obra e uma dispendiosa manutenção, assim como verificar a real necessidade de se ter o atual contingente que o CFN abriga em tempos de paz.
O que não pode ser esquecido é que a marinha exerce hoje o papel de três forças, que em muitas outras marinhas do mundo são desvinculadas, como a guarda costeira e em alguns casos o corpo de fuzileiros. E isso, no final do mês sai caro e não sobra pra comprar algo novo, e olhe lá dar aquela de-mão de tinta…
Abraços
Bardini…
navio “velho” é sempre uma surpresa quando vai para manutenção
então não se pode “culpar” a marinha além do mais o PMG do Ceará que levou tantos anos foi feito à conta-gotas pois os recursos eram e continuam escassos.
A própria corveta Barroso foi construída a conta-gotas caso
contrário poderia ter sido construída na metade do tempo em
que foi, mas, significaria prejudicar outros projetos em
andamento.
Mesmo depois de tanto tempo em manutenção coisas podem
dar errado como aconteceu com o Ceará e faz parte infelizmente
da história de qualquer marinha.
Só como um comparativo que gosto de citar foi a última manutenção do USS Enterprise que está sendo inativado no
momento que custou 40% a mais e durou 8 meses a mais
do que originalmente planejado e isso que ele passou por
manutenção no mesmo local onde foi construído.
Navios velhos são dispendiosos, mas, ainda assim são
mais baratos do que adquirir um novo, apenas, a taxa de
disponibilidade é mais baixa algo que a marinha brasileira
pode se dar ao luxo, nossos navios não necessitam ir ao mar
tanto como o de certas marinhas.
Os fuzileiros navais são na minha opinião o que o Brasil tem
de melhor é como aquela máxima que li no livro do Alm.Maximiano,
“um fuzileiro pode fazer tudo que um soldado do exército faz, mas,
um soldado do exército não pode fazer tudo que um fuzileiro faz”
e mesmo os atuais navios não sendo capazes de longa permanência no mar podem transportar os fuzileiros para qualquer
ponto do nosso litoral portanto não vejo como excessivo o número
de fuzileiros navais.
Quanto à uma guarda costeira é um assunto que vem sendo debatido anos a fio pela marinha, mas, depende de vontade
política e dinheiro, o que não pode é sacrificar ainda mais o
orçamento da marinha e de outros ministérios para a criação
da guarda.
Obrigado pelo bom papo.
abraços
Dalton, eu é que tenho de lhe agradecer.
E parafraseando você, não existe marinha sem navio velho no fim das contas…
Uma ultima pergunta, para então parar de tomar seu tempo… Qual sua visão a respeito da criação da Guarda costeira e da desburocratização da marinha?
Eu particularmente penso que seria muito interessante se criássemos no Brasil um braço armado da polícia federal, para o papel de Guarda costeira, voltado-a ao cumprimento da lei nas águas territoriais do Brasil. Principalmente nas regiões de fronteira, e que coubesse a polícia o dever de patrulha destas. Acredito que liberaria a MB de missões de policiamento e que melhoraria e muito a qualidade do serviço prestado no policiamento bem como a integração de missões de investigação e combate ao crime por parte da polícia.
Sds.
Bardini…
quanto a criação da Guarda Costeira a marinha sempre
viu com certa “inveja” outros países da América do Sul
como a Argentina que lá chama sua GC de Prefectura
Naval, mas, embora a marinha veja como necessária
não depende dela a criação de um GC.
Para tanto o orçamento da guarda costeira precisaria ser
desvinculado do orçamento da marinha mesmo ficando
sob controle dela, aí sim haveria uma grande economia
de recursos que poderiam ser empregados de melhor
forma, como por exemplo a redução de despesas com
manutenção de bases e meios das Capitanias dos
Portos.
abraços
Um ponto que deve ser levado em consideração a cerca dos submarinos da classe Soryu é que os mesmo são equipados com motores Stirling , estes motores produzem o maior rendimento, ou seja, a maior relação consumo X potencia dentre todas as máquinas motrizes, esta é a razão pela qual esta classe tem um dos maiores raios de ação entre todos os submarinos diesel elétricos do mundo…
Outro ponto importante é que esses submarinos também estão equipados com células de hidrogênio para seu sistema de geração de energia tipo AIP, que lhe confere capacidade de permanecer por longos períodos submerso.
Falando em índia, apesar de que o tema é submarino japonês, como vai os testes do submarino indiano lançado recentemente? Não se falou mais dele.
“Converter” submarinos nucleares em diesel ou AIP parece ser uma estratégia definitiva da França para vender submarinos. Mas tanto a França como a Alemanha não tem chances se a Australia quiser um exemplar em atividade como o Soryu.
Austrália é o país no qual a MB deveria se espelhar. Sem megalomanias os australianos vem renovando sua Royal Navy com embarcações de qualidade e constantemente… O que reflete um planejamento não visto na MB. E além das renovações de sua frota, é importante frisar o quadro de pessoal da RAN… Extremamente enxuto se comparado ao da MB, e isso que eles vivem em uma ilha, uma ilha gigante… Com um litoral tão grande quanto o nosso.
É sempre tentador e até válido comparar a marinha brasileira com
outras, mas, quanto à Austrália tenho algumas considerações:
Existe um pacto de defesa entre a Austrália e os EUA e como em todo
pacto existem direitos e deveres e a Austrália portanto precisa manter
um mínimo de navios relativamente novos e/ou modernizados para que
haja uma disponibilidade maior e a marinha da Austrália na verdade
encolheu pois conta e contará com 11 combatentes de superfície.
Também há de se lembrar que a Austrália é um imenso país esparsamente
povoado sem as necessidades ribeirinhas brasileiras e não há um
corpo de fuzileiros navais, os navios anfíbios australianos transportam
contingentes do exército.
Os australianos contam com uma grande dificuldade para tripular seus
navios especialmente seus submarinos, algo que ocorre faz anos e os
3 novos navios Aegis de projeto espanhol foram alvo de muitas críticas
pelo que estão custando e pelo atraso também.
Por fim há cerca de 2500 fuzileiros navais dos EUA permanentemente
baseados em território australiano através de um rodízio e mesmo planos
de navios anfíbios da US Navy serem baseados lá no futuro.
abs
Dalton, é muito bom receber suas críticas.
Não que a RAN seja a melhor marinha do mundo, pois não o é… Mas mesmo que essa tenha seus problemas técnicos, que opere com falta de pessoal ou que não possua algumas semelhanças com parte de nossas missões, como patrulhar o grande emaranhado de rios, ou como você bem disse, sustentar um corpo de fuzileiro e em último caso não lidar com a burocracia que nossa MB lida… Penso que eles fazem muito mais do que a MB, e com mais seriedade (pelo menos é o que se transmite, mas posso estar sofrendo do mal do jardim do vizinho…).
Mesmo que pese seus compromissos com os EUA , ou estar sobre o guarda chuva da US Navy, o que não é um demérito a meu ver, e sim um mérito, que demonstra as boas relações entre os países e o que favorece muitos acordos econômicos bem como sua segurança. Eles tem um planejamento bem definido de sues próximos passos e aquisições (vide planejamento para os Próximos 20 anos).
A MB também tem seus “planejamentos”, mas é uma bagunça e uma bagunça atrelada a boa vontade do governo e que demora muitas vezes décadas para sair do seu comodismo eleitoral… E que se comparada a boa vontade do governo australiano e seus compromissos com a defesa é lastimável. O exemplo mais escrachado disto é a situação atual da esquadra. Onde até teve-se um planejamento de substituições dos meios, mas… A realidade mostra o que se tem hoje.
A respeito dos Hobart´s, acredito que a crítica foi bem vinda ao projeto, e que esta dificultou a possível ação dos espertalhões, haja visto que será investigado o vultuoso encarecimento (~U$800mi até onde li) do consumo de verbas no projeto. Casos como este, para mim refletem que lá ainda se trata com seriedade a aplicação do dinheiro público e o encarecimento de projetos (mal muito comum e tratado como “normal” por estas bandas). Não consigo ver o mesmo por aqui.
Mas enfim, pode ser que o problema nem seja em a MB se espelhar na RAN… Mas em o MD se espelhar no Ministério da defesa australiano…
Bardini…
o que penso é que exatamente pela relação quase “carnal” entre Austrália e
EUA os australianos são “obrigados” a serem mais “coerentes” na falta de
palavra melhor com suas forças armadas.
Não apenas eles executam em conjunto uma série de exercícios dos quais o
mais importante é o RIMPAC como em 2013 a HMAS Sidney foi até o Japão
para durante alguns meses fazer parte da escolta do USS George Washington
então baseado lá.
Lá as coisas são levadas mais a sério porque o teatro de operações exige ao
contrário do que acontece por aqui em que pese a “cobiça” de certos países
pelas riquezas como muitos acreditam que culminará com a invasão do
Brasil etc, etc…o que não passa de uma fantasia ou seja aqui é muito mais
difícil justificar a compra de um navio novo, um mero “escolta” de 6000 toneladas na faixa de 1 bi de dólares quando pessoas estão morrendo por
falta de atendimento em hospitais.
Quanto ao “planejamento” da RAN basicamente é manter à atual estrutura com
um possível aumento no número de submarinos algo também ambicionado
pela marinha brasileira, não há muito segredo nisso, pois a RAN basicamente
é do mesmo tamanho hoje que décadas atrás.
Muitos acreditam que a marinha brasileira por exemplo recebe muito dinheiro do
governo apenas não sabe gerenciar o que na minha opinião não é verdade, e tem sido assim desde sempre, basta ler revistas e livros dos anos 80, quando,
plano após plano de reaparelhamento da marinha era “afundado” por crise após
crise.
Aquela “proposta” de duas frotas e 2 NAes, por exemplo, foi apenas uma resposta à pergunta do Ministério da Defesa do que a marinha acreditava ser
necessário, como o próprio Almirante Monteiro que também frequenta o DAN
nos contou e não um plano escrito em pedra.
Mesmo a US Navy também tem muitos furos em seus planos e vem fazendo
algumas adaptações interessantes para se adequar à falta de verbas e o mesmo ocorrerá na marinha brasileira.
É mais ou menos o que penso tentando expor em palavras escritas o que
não é muito fácil.
grande abraço
Dalton, sou grato pela resposta.
Me fez refletir certos pontos.
Não que eu veja nossa marinha com maus olhos, ou que ache que todos os seus integrantes sejam um bando de incompetentes, muito pelo contrário, tenho um profundo respeito pelos profissionais de seu quadro. Mas a impressão que fica é a de que muitas vezes quem toma as decisões lá dentro acaba colocando os pés pelas mãos e passam a impressão de não gerenciar muito bem o meu dinheiro, coisa que eu pelo menos deu muito valor. O caso do PMG do Ceará, só para citar um exemplo, me deixou profundamente decepcionado.
Um ponto importante que você citou foi que muitos pensam que a marinha recebe muito e faz pouco. Não acredito que seja verdade, o que particularmente penso é que a MB deveria moldar-se entorno do que sempre foi recebido ano a ano, crise após crise, e enxugar melhor seu quadro de profissionais, zelar pela desativação programada de seus velhos navios que necessitam de muita mão de obra e uma dispendiosa manutenção, assim como verificar a real necessidade de se ter o atual contingente que o CFN abriga em tempos de paz.
O que não pode ser esquecido é que a marinha exerce hoje o papel de três forças, que em muitas outras marinhas do mundo são desvinculadas, como a guarda costeira e em alguns casos o corpo de fuzileiros. E isso, no final do mês sai caro e não sobra pra comprar algo novo, e olhe lá dar aquela de-mão de tinta…
Abraços
Bardini…
navio “velho” é sempre uma surpresa quando vai para manutenção
então não se pode “culpar” a marinha além do mais o PMG do Ceará que levou tantos anos foi feito à conta-gotas pois os recursos eram e continuam escassos.
A própria corveta Barroso foi construída a conta-gotas caso
contrário poderia ter sido construída na metade do tempo em
que foi, mas, significaria prejudicar outros projetos em
andamento.
Mesmo depois de tanto tempo em manutenção coisas podem
dar errado como aconteceu com o Ceará e faz parte infelizmente
da história de qualquer marinha.
Só como um comparativo que gosto de citar foi a última manutenção do USS Enterprise que está sendo inativado no
momento que custou 40% a mais e durou 8 meses a mais
do que originalmente planejado e isso que ele passou por
manutenção no mesmo local onde foi construído.
Navios velhos são dispendiosos, mas, ainda assim são
mais baratos do que adquirir um novo, apenas, a taxa de
disponibilidade é mais baixa algo que a marinha brasileira
pode se dar ao luxo, nossos navios não necessitam ir ao mar
tanto como o de certas marinhas.
Os fuzileiros navais são na minha opinião o que o Brasil tem
de melhor é como aquela máxima que li no livro do Alm.Maximiano,
“um fuzileiro pode fazer tudo que um soldado do exército faz, mas,
um soldado do exército não pode fazer tudo que um fuzileiro faz”
e mesmo os atuais navios não sendo capazes de longa permanência no mar podem transportar os fuzileiros para qualquer
ponto do nosso litoral portanto não vejo como excessivo o número
de fuzileiros navais.
Quanto à uma guarda costeira é um assunto que vem sendo debatido anos a fio pela marinha, mas, depende de vontade
política e dinheiro, o que não pode é sacrificar ainda mais o
orçamento da marinha e de outros ministérios para a criação
da guarda.
Obrigado pelo bom papo.
abraços
Dalton, eu é que tenho de lhe agradecer.
E parafraseando você, não existe marinha sem navio velho no fim das contas…
Uma ultima pergunta, para então parar de tomar seu tempo… Qual sua visão a respeito da criação da Guarda costeira e da desburocratização da marinha?
Eu particularmente penso que seria muito interessante se criássemos no Brasil um braço armado da polícia federal, para o papel de Guarda costeira, voltado-a ao cumprimento da lei nas águas territoriais do Brasil. Principalmente nas regiões de fronteira, e que coubesse a polícia o dever de patrulha destas. Acredito que liberaria a MB de missões de policiamento e que melhoraria e muito a qualidade do serviço prestado no policiamento bem como a integração de missões de investigação e combate ao crime por parte da polícia.
Sds.
Bardini…
quanto a criação da Guarda Costeira a marinha sempre
viu com certa “inveja” outros países da América do Sul
como a Argentina que lá chama sua GC de Prefectura
Naval, mas, embora a marinha veja como necessária
não depende dela a criação de um GC.
Para tanto o orçamento da guarda costeira precisaria ser
desvinculado do orçamento da marinha mesmo ficando
sob controle dela, aí sim haveria uma grande economia
de recursos que poderiam ser empregados de melhor
forma, como por exemplo a redução de despesas com
manutenção de bases e meios das Capitanias dos
Portos.
abraços