O projeto de aquisição de um Sistema de Artilharia Antiaérea visa atender às necessidades estratégicas do Estado brasileiro e propor medidas de fomento para ampliar a capacidade da indústria nacional e garantir a sua autonomia no fornecimento de produtos às Forças Armadas, em relação ao Sistema de Defesa Antiaérea, conforme estabelecido na Portaria Interministerial nº 1.808/MD/MCT/MDIC/MF/MP/MRE, de 12 de junho de 2013.
Para a aquisição deste sistema o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em atendimento ao Ministério da Defesa, criou uma ação orçamentária específica denominada 151D – Obtenção de Sistemas de Defesa.
A condução das tratativas para aquisição das Baterias Antiaérea de Média altura, conforme determinação do Ministério da Defesa, ficou a cargo da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate -COPAC.
Dizem as más e boas línguas que a FAB NUNCA disparou um Derby num tiro real. E alguém acha que vão treinar com um sistema cuja munição vai custar quase 2,4 milhões de Reais cada uma?
Ah, mas podemos usar um A-darter!
Aquele que vai ter zero verba até 2020?
Esquece, esse morreu antes de nascer.
Vamos continuar no faz de conta, tudo simulado, confiando em promessa de fabricante.
Arrisco que nem a MB, que sempre testa em condições reais suas armas, vai treinar com o CAAM, cuja munição é caríssima; e duvido muito que a MBDA vá permitir que se faça aqui algo além de tinta e adesivos desses mísseis.
Enquanto isso, pelo que se fala, a Rússia ofereceu fabricação local do Pantsyr (no mínimo das munições), que tá derrubando de tudo na Síria.
Esta notícia é uma piada de mal gosto.
As apreensões do amigo Wellington Góes também são minhas. Com a COPAC como definidora esqueça o atendimento dos interesses da nossa BID – Base Industrial de Defesa,
Lamentável.
Os sistemas aventados pelos comentaristas estão repletos de restrições…
O BAMSE não mais é produzido e está em vias de ser substituído na Suécia, unica nação utilizadora.
É monocanal, e possui um vetor com cabeça de guerra de apenas 1 kg. Isso mesmo, cabeça de guerra de MANPAD.
O sistema Spyder fracassou quando testado em combate. Não atingiu nenhum alvo na guerra da Ossétia do Sul em 2008.
Houve a atribuição de um abate duma aeronave SU-25, pelo sistema Spyder, mas quando submetido ao escrutínio de historiadores a alegação mostrou-se fantasiosa. O sistema exibe as limitações das adaptações de mísseis aerolançados em uso nas baterias terrestres: mesmo dotados de boosters não se mostram adequados.
O CAAM exibe custo por unidade proibitivo para um sistema de curto alcance. Um vetor calcado para alcances entre 10 e 25 km, hoje, estará fadado a dar combate a munições, que possuem baixo custo de produção. Um míssil como o CAAM terá guiagem ativa, o que impõe um custo por míssil acima dos 600.000 dólares americanos… Como tal míssil dificilmente dará combate contra um valiosíssimo caça-bombardeiro, terá de lidar com munições cujo custo pode ser inferior em uma proporção de 100 para 1…
E aí?
Entendam, portanto, os conceitos que abordados pelos russos para o sistema Pantsyr S-1 e TOR… Os veículos lançadores possuem sistemas autônomos de detecção e são móveis, promovendo uma autonomia total a ponto do veículo lançador se mostrar como uma bateria por si. isto agrega valor ao sistema, encarecendo-o, mas o vetor, razão de ser do sistema, é muito barato, pois os sistema de guiamento é simples tornando o valor unitário acessível. No caso do Pantsyr é radio dirigido, baratíssimo de se produzir.
Ora, tais sistemas, Pantsyr e TOR, são sistemas de defesa crítica, a última barreira contra o vetor inimigo. Precisam ser eficientes e baratos, visto que se espera o lançamento de muitos mísseis por plataforma em um cenário de combate.
Enfim…
Todos estes conceitos, todavia, não serão levados em conta pela COPAC. Vão pensar apenas na capacidade de embarque do sistema no KC-390 e que seja advinda de um fornecedor conhecido, por isso é fava contada que o SPYDER será o sistema escolhido, pouco importando a sua baixa performance, afinal, por estas bandas, o importante é o desfile do 7 de Setembro…
😉
Putz, ficou a cargo da COPAC?!?! Esquece!!! Especialmente se estiverem esperando algum desenvolvimento autóctone. Vão optar por comprar algum enlatado (caixa preta).
E aquele sistema AAE da Avibras com a plataforma do Astros 2020 ?
Acho que existe 3 sistemas que saem na frente, Spyder- SR que usa os mesmos misseis Derby e python que a FAB, o RBS 23 Bamse (da foto) que usa uma variação do míssil usado no sistema RBS 70 que é usado pelo Exército e a Marinha, e o mais provável a variação do CAMM usando a plataforma do Astro II MLRS.
Eu optaria por colocar o sistema Bamse no chassi do Astros e tal.
Espero, de coração, que ninguém do COPAC tenha lido seu comentário.
BANSE é horroso, sistema monocanal (só trava em um alvo) e possui apenas 15 km de alcance. É horrível, 2 mísseis já transforma isso numa pilha de metal queimado.
Sistemas de curto alcance devem, NO MÍNIMO, possuir mais de 3 canais para guiar mísseis contra 3 alvos.
Pode ser , mas escolherão um míssil com um alcance um pouco maior que 10Kms e farão uma propaganda espetacular desta capacidade , anotem aí !
DAN é a primeira vez que eu leio uma notícia em que dois ministérios trabalham juntos pra aquisição de um sistema de defesa. Isso é novo ou é bem comum?
Esta com a COPAC, blz
Qual o status ?
O status atual é o que está no texto. Está com a Copac. Dai pra frente só se a Copac atualizar. OK?